Moyá acredita que Alcaraz não fará história se não mudar mentalidade

Foto: Rolex Monte-Carlo Masters

Madri (Espanha) – As confissões do espanhol Carlos Alcaraz em um documentário sobre sua carreira recentemente lançado na Netflix continuam rendendo assunto. Nesta segunda-feira, o espanhol Carlos Moyá afirmou que acredita ser viável que o compatriota continue vencendo Grand Slam com sua filosofia de dar o melhor de si em quadra e aproveitar a vida, mas acha que isso dificilmente o levará a se tornar o melhor da história.

“Querer ser o melhor da história dessa forma, eu acho algo muito improvável. Já é duro apenas tendo uma vida normal. Dos três (Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic) que conseguiram chegar a esse patamar, nenhum foi assim. Mas de repente ele pode ser um pioneiro e conseguir”, refletiu Moyá em declarações à imprensa após participar de um evento em Madri.

Segundo Moyá, essa abordagem é uma opção viável se você quiser ganhar Grand Slam no curto prazo. “Mas no longo prazo é mais complicado, porque, no final das contas, essa é uma corrida de longa distância”, afirmou o ex-número 1 do mundo. Apesar disso, ele não descarta que, com o tempo e a maturidade, Alcaraz não possa mudar sua mentalidade.

“É impossível ganhar o que ele ganhou até agora sem disciplina e trabalho. Ele tem 21 anos e tem o direito de viver. O que está dizendo não está machucando ninguém. É sustentável a longo prazo? Eu acho muito difícil, mas ele já tem sua equipe, que o aconselha e o orienta. Talvez ele se canse um pouco do que diz sobre viver a vida e atinja a maturidade”, comentou Moyá.

Questionado sobre quem é o favorito para vencer a próxima edição de Roland Garros, Moyá citou Alcaraz, Jannik Sinner, Casper Ruud e também Djokovic. “Ele é um grande da história, e grandes nunca devem ser descartados para nada.. Contudo, talvez se sinta um pouco vazio depois de ter completado o ciclo nos Jogos Olímpicos”, falou o espanhol, destacando também a motivação menor após a aposentadoria de Nadal e Federer.

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Fernando Venezian
Fernando Venezian
18 horas atrás

Carlos sempre falou que quer ser um dos gigantes, mas ele já percebeu que o preço é caro! Aproveitar os prazeres da juventude ou respirar tênis todos os dias durante quinze anos? Quem fala que é uma decisão fácil, sabe de nada!

Neto
Neto
18 horas atrás
Responder para  Fernando Venezian

É que falar que quer é fácil. Ele é de outra geração e essa geração não tem tanto apego a nada. Eles são muito suscetíveis e mudam de objetivos facilmente. O oba oba é bem mais interessante e dá a chance de sair de fininho.

Paulo Sérgio
Paulo Sérgio
16 horas atrás

Mais um obcecado por recordes?
Kkkkk

Tim
Tim
16 horas atrás

Não fará história? Ele já fez história. 4 Grande Slans nao é pra qualquer um.

Leonardo
Leonardo
15 horas atrás

Quando se olha a historia dos grandes, Federer, Nadal, Djokovic. Vemos que esses caras enquanto profissionais, respiraram somente tenis. Todos casaram com locais, e não modelos famosas, ninguém foi festeiro. Ao contrario, jogadores como Rafter e Safin ganharam 2 GS cada mas podiam ganhar muitos mais. Borg se aposentou aos 26 com 11 GS, McEnroe tirou 6 meses sabaticos também aos 26 depois nunca mais ganhou nenhum GS. Curtiram a vida, não tem certo ou errado, mas se quer estar entre os maiores de todos os tempos, esquece desfrutar a juventude. Vai desfrutar depois dos 35.

Luciano
Luciano
13 horas atrás

Gosto muito do Alcaraz, porém já disse aqui que não o vejo ultrapassando a barreira de 20 Slams. Talvez até menos que vinte. Ele é fenomenal, mas acho que não será o maior da história. Minha modesta opinião. Mas só o tempo dirá isso.

Rodrigo
Rodrigo
13 horas atrás

Carlos está certo em querer aproveitar um pouco daquilo que conquistou. Já escreveu o nome dele na história. Na Espanha, somente está atrás de Rafael Nadal. E tem apenas 22 anos. Que aproveite dos muitos milhões de dólares que conquistou. Errado não está.

José Andrade
José Andrade
12 horas atrás

Carlos já ganhou o suficiente pra viver amabescamente pro resto da vida. Talvez não esteja tão preocupado em bater recordes. Pode continuar aumentando sua fortuna por um bom tempo, curtindo e desfrutando dela desde já. E ninguém tem nada com isso.

Sergio
Sergio
12 horas atrás

Concordo plenamente com o Moya. Perfeitas as suas colocações. Achei desnecessária essa exposição do Alcaraz no documentário em questão. Ninguém estava ou está discutindo o direito do espanhol de ter a sua vida particular da forma que ele achar melhor. Não é isso. A questão é o porquê de “enfatizar” que quer curtir a vida. Federer, Nadal e Djokovic tem cada um sua vida particular. Mas nunca – pelo menos eu nunca vi – ficaram falando de baladas e coisa e tal. Desnecessário. Só para atrair a atenção de todos sobre sua vida pessoal?! Se o Alcaraz quer ser um grande campeão ele precisa sim focar nos treinamentos, no seu descanso, etc. Atletas de alto nível fazem isso o tempo todo. E todos os (as) atletas de alto nível também têm os seus momentos de descanso e de lazer. O que me soa estranho é querer enfatizar que ele gosta de baladas e tal. Pra quê isso?! Sim, ele tem o direito de viver os seus momentos de lazer da forma que ele achar melhor. Mas não vejo nenhuma necessidade de fazer um documentário enfatizando isso. Fica parecendo que ele quer mostrar que pode viver na balada e ainda assim ser um grande atleta. Desculpe, mas não faz sentido.

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