Alcaraz oscila menos, amplia sequência contra espanhóis e vai para a final

Foto: Corinne Dubreuil/ATP Tour

Monte Carlo (Mônaco) – Abrindo as semifinais do Masters 1000 de Monte Carlo neste sábado, o espanhol Carlos Alcaraz oscilou menos do que em suas partidas anteriores e derrotou o compatriota Alejandro Davidovich Fokina em sets diretos, marcando parciais de 7/6 (7-2) e 6/4 para garantir um lugar na decisão do torneio depois de 2h09 de batalha.

Alcaraz espera agora pelo vencedor do embate entre o australiano Alex de Minaur e o italiano Lorenzo Musetti, que se enfrentam na sequência. Ele leva vantagem no retrospecto contra os dois possíveis oponentes, bateu De Minaur nas três vezes que se enfrentaram e venceu Musetti em quatro dos cinco encontros.

Na primeira semifinal 100% espanhola em Masters 1000 desde 2022, quando Alcaraz foi derrotado por Rafael Nadal em Indian Wells, o jovem tenista não perdeu mais para compatriotas e a partir de então vem em uma sequência que agora é de 13 vitórias contra tenistas de seu país, ampliando a série ao derrubar Davidovich Fokina.

O atual número 3 do mundo vai disputar sua 23ª final de ATP, a segunda na temporada, depois do título em Roterdã. Ele se tornou o 12º espanhol a alcançar a decisão em Monte Carlo e assim empatou com David Ferrer entre os tenistas do país com mais finais de Masters 1000, ambos com sete e atrás somente de Nadal, que tem 53.

Esta é a terceira final consecutiva de Alcaraz no saibro, que venceu 16 das últimas 17 partidas disputadas neste piso. Neste período, ele venceu Roland Garros e foi medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Paris. O atleta de 21 anos vai em busca de sua sexta conquista em Masters 1000, a terceira no saibro neste nível e a primeira desde que levantou a taça em Indian Wells no ano passado.

Começo bom e oscilações no 1º set

Tônica de sua campanha até então no torneio, Alcaraz desta vez não repetiu as partidas anteriores com um começo bem lento. Ele até levou um susto no primeiro game e teve que salvar três break-points, mas respondeu rápido e obteve uma quebra no segundo, abrindo 3/0 na sequência. Porém, a oscilação seguiu perseguindo o segundo favorito no torneio e veio no sexto game, quando levou a quebra de volta.

Alcaraz tratou de reagir prontamente e logo no próximo game anotou mais uma quebra para cima do compatriota, abriu 5/2 e só não fechou o set no oitavo game porque Davidovich Fokina salvou dois set-points com o saque e sobreviveu. O jovem espanhol teve mais um set-point sacando em 5/3, mas amargou um break contra e acabou precisando jogar um tiebreak antes de fazer 1 a 0.

Firmeza na reta final para fechar o jogo

Na segunda parcial, Alcaraz foi bem mais firme, principalmente com o saque, venceu 75% dos pontos e não cedeu um break-point sequer ao compatriota. Além disso, ele pressionou bastante Davidovich Fokina e teve 14 chances de quebra, convertendo apenas uma, logo no primeiro game. Depois disso, bastou administrar a vantagem até o final para selar a vitória.

O desempenho superior de Alcaraz em quadra se refletiu também nos números, com ele conseguindo duas bolas vencedoras a mais que Davidovich Fokina (21 a 19) e anotando 12 erros não forçados a menos (40 a 28). Seu saque também foi superior, com 64% de aproveitamento contra 54% do adversário.

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Duda
Duda
21 horas atrás

¡ yupi!

José Afonso
José Afonso
16 horas atrás
Responder para  Duda

Cálmate, Dudinha

M. Lima
M. Lima
21 horas atrás

Ay, cariño!! Vamooooos, campeão já tem nome e sobrenome, e é o seu!

José Afonso
José Afonso
12 horas atrás
Responder para  M. Lima

Contra Musetti, as coisas ficam mais fáceis devido ao seu mental frágil e inexperiência em finais de Masters 1000.

Mas realmente estamos numa entressafra do saibro. Tsitsipas e Ruud caíram muito, Nadal se aposentou… não tem nenhum saibrista no top 10.

Roland Garros tem tudo pra ficar entre Tevez Jr. e Novak, com Sinner e Zverev no segundo escalão das chances.

M. Lima
M. Lima
9 horas atrás
Responder para  José Afonso

Vamos recapitular esse épico rapidinho: a única vez que o Carlitos perdeu pro Musetti foi naquela final em Hamburgo, 2022 — e ainda assim foi um daqueles dias em que os astros se alinham errado, Mercúrio retrógrado, sei lá. Porque depois disso? Três encontros, três esculachos. O espanhol não só não perdeu set, como basicamente não deixou o Lore sair do banco. Era ponto, game, set, match e tchau. O pobre do Musetti virou estatística.

E agora vem o José Afonso querer enfiar o Djokovic na conversa de Roland Garros como se fosse 2015. Pelo amor de Atena, desce pra Terra. O Novak atual tá mais pra “Viagem ao Centro do Departamento Médico” do que pra contender de slam. O homem tá suando sangue em melhor de três contra gente que nem sabe soletrar Philippe Chatrier. Em melhor de cinco? Ele vai precisar de fisioterapia ao vivo, um desfibrilador na quadra e talvez a benção do Papa. Segunda semana? Só se for como comentarista.

José Afonso
José Afonso
8 horas atrás
Responder para  M. Lima

Minha querida M. Lima, cada vez gosto mais de você, pois gosto de ser desafiado, kkkk. Entrou para o clube de que participam Sérgio Ribeiro e JCláudio, seus colegas fãs do espanhol e haters de Novak.

2015? Eu poderia apresentar pra vc o texto pronto que tenho mostrando o desempenho dele nos Slams dos últimos 4 anos. Se quiser, copio e colo aqui, não é muito grande. Só pra dar um exemplo, ele não perde na Philippe Chatrier desde 2022, para o rei daquele torneio. Lembrando que ano passado foram dois torneios lá e ele derrotou justamente seu Carlitos na final do segundo.

Mas, em vez disso, vou te fazer proposta de aposta semelhante a que fiz ao Sr. Victório Benatti (ele realmente é um senhor, segundo ele) durante o Miami Open, quando muitos diziam que ele seria logo eliminado.

Que tal o seguinte: se ele só for derrotado na semi ou final de Roland Garros, vc passa a chamá-lo de GOAT dourado até o fim de Wimbledon, tentando comentar todas as matérias dele. Por outro lado, se ele for derrotado nas quartas ou antes, eu passo a chamar o Alcaraz de GOAT, até o fim de Wimbledon, tentando comentar todas as matérias dele. Em caso de desistência por lesão, ficamos no empate.

Que tal, aceita a aposta? Estou aberto a contrapropostas, rs.

M. Lima
M. Lima
6 horas atrás
Responder para  José Afonso

Vamos esclarecer de uma vez: não tô falando isso do Novak porque ‘ai, não gosto dele’. Tô falando porque tô vendo com esses dois olhos que a terra há de comer. O homem foi um monstro? Foi. Mas hoje em dia tá mais pra sombra do que pra lenda. Pique? Zero. Paciência? Menos ainda. Três horas de jogo no saibro e ele já tá negociando com Deus e o fisioterapeuta. Então, José Afonso, meu querido, aceito sua aposta e todos os termos — inclusive o direito de te lembrar disso depois, com toda a classe que a ocasião exigir. Rs

Sebastião
Sebastião
20 horas atrás

esse foquinha é um zero a zero mds.

Luis Vanderley Santana
Luis Vanderley Santana
20 horas atrás

Bom de mais,acho q vem o sexto master 1000

Fernando Venezian
Fernando Venezian
20 horas atrás

Carlos sabia que se oscilasse hoje era um abraço! O Fokina estava fazendo um torneio impecável! A tendência é que venha o De Minaur! Ou seja, será uma grande final!

Antonio Brasil
Antonio Brasil
20 horas atrás

Só precisou e lá elevar o nível um pouquinho para vencer seu compatriota.

Garcia adriano
Garcia adriano
20 horas atrás

Para a grande inveja de uns alcaraz rumo a mais um masters 1000

José Afonso
José Afonso
16 horas atrás
Responder para  Garcia adriano

Sem enfrentar nenhum top 10 pelo caminho fica muito mais fácil

José Alexandre
José Alexandre
20 horas atrás

Pronto, motor pegou, vai até o fim de Wimbledom agora.

Aristóteles
Aristóteles
18 horas atrás

Se o DeMenor perder, Carlos é campeão. Na minha opinião.

José Afonso
José Afonso
16 horas atrás

Sem enfrentar nenhum top 10 pelo caminho, fica muito mais fácil.

M. Lima
M. Lima
10 horas atrás
Responder para  José Afonso

Top 10 caindo igual dominó e a culpa é de quem tá ganhando? Ele tá entregando tudo, se os outros tão em modo turista, aí já não é com ele.

José Afonso
José Afonso
8 horas atrás
Responder para  M. Lima

É verdade. Miami foi do mesmo jeito.

Mas não significa que não fica muito mais fácil, rsrs. Abs!

M. Lima
M. Lima
5 horas atrás
Responder para  José Afonso

Bobeou, dançou! Kkkkk Se o meu Charly passou por cima dos algozes dos cabeças de chave, então tá tudo certo, sim. Porque vamos combinar: se esses ditos top 10 não deram conta nem dos ‘mais fracos’, quem garante que teriam fôlego pra encarar o espanhol — o melhor saibrista do circuito no momento? Spoiler: não teriam. E essa é a parte que dói. Pensa nisso com carinho.

Sergio
Sergio
16 horas atrás

Alcaraz acho que é o favorito.

Waldenyr Caldas
Waldenyr Caldas
14 horas atrás

Alcaraz não é apenas um grande talento que surgiu, é também um jovem muito educado e extremamente profissional. Será, indiscutivelmente, em futuro muito breve, um jogador do nível de Roger Federer e de Rafael Nadal. Foi muito precocemente, o número um do ranking da ATP e até agora penso que em nada mudou em sua trajetória como tenista. Ainda bem, ele tem boa cabeça e é bem humorado.

Mesmo assim, quem gosta de tênis, deve estar sentindo muita falta das antológicas partidas entre Federer e Nadal. Nelas, víamos a técnica refinada se aliar à força mental de ambos os tenistas. Enfim, eram verdadeiras obras de arte feitas por esses grandes jogadores em sua época.

José Afonso
José Afonso
12 horas atrás
Responder para  Waldenyr Caldas

Esqueceu só do que aquele superou esses dois, mesmo largando bem atrás.

Pra chegar a esse patamar, Tevez Jr. tem que comer muito feijão com arroz, muito mesmo.

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