Milão (Itália) – Pouco mais de três anos após sua separação de Jannik Sinner, o técnico Riccardo Piatti falou pela primeira vez sobre o trabalho com o atual número 1 do mundo em entrevista ao Corriere della Sera. Ele relembrou o rompimento com o tenista e italiano, mostrou confiança sobre a volta após a suspensão por doping e também falou sobre as opções de treinador para substituir Darren Cahill.
“Quando terminei com Jannik, admito que fiquei alguns meses confuso, depois fui na direção que eu gosto: ensinar tênis. Foi um clique mental, as prioridades mudaram, mas o tênis continua no topo dos meus pensamentos”, disse o treinador ao rememorar o fim da parceria com Sinner. Ele agora está focado nos pequenos tenistas que recebe em seu centro de treinamento.
Apesar da boa relação com Sinner, com quem trabalhou desde muito novo, Piatti explica que os dois se mantêm cada um na sua. “Raramente tenho notícias de Jannik, mas no dia 8 de novembro ele me enviou desejos de feliz aniversário. Estávamos na véspera do ATP Finals. Divirta-se e faça com que nos divirtamos, foi o que escrevi de volta para ele”.
O ex-treinador do atual líder do ranking destaca em Sinner sua capacidade de entender as situações e mostrar confiança acima de tudo. “Sinner sabe quem ele é desde o começo. O Big 3 sempre soube disso, (Carlos) Alcaraz sabe disso todos os dias. (João) Fonseca sabe disso?”, comentou Piatti, destacando por tabela a jovem promessa brasileira.
Piatti acredita que o italiano possa fechar o Grand Slam este ano e destaca a suspensão como algo que tem chance de acabar beneficiando sua condição no decorrer da disputa em 2025.. “Ele chegará ao final da temporada revigorado. Ele voltará cheio de energia e motivação, sempre foi assim”, comentou o treinador.
Sobre o trabalho com o número 1 do mundo, ele comentou que sua prioridade era fazer com que se tornasse independente e por isso sabia que um dia a parceria iria terminar. “Mas com ele eu tinha que ser o treinador rigoroso, às vezes rígido: esse era o meu papel”.
Olhando para o futuro, Piatti elencou alguns nomes que enxerga como os melhores para substituírem Cahill ao lado de Sinner. “Eu pensaria em Carlos Moya, que foi número 1 e conhece o circuito. Humanamente ele é uma grande pessoa, como Darren. Renzo Furlan, agora que parou com Paolini , está livre. Há também (Ivan) Ljubicic e (Boris) Becker, mas trabalhar com Boris é mais complicado”.