Comesana vira contra Zverev e vai à semifinal do Rio Open

Francisco Comesana (Foto: Fotojump)

Rio de Janeiro (RJ) – Principal atração desta edição do Rio Open, o alemão Alexander Zverev está eliminado do torneio carioca. Com mais uma atuação sem brilho, o atual número 2 do mundo foi surpreendido nas quartas de final pelo argentino Francisco Comesana, 86º do ranking, caindo de virada pelo placar de 4/6, 6/3 e 6/4, em 2h31 de partida.

Aos 24 anos, Comesana consegue a maior vitória da carreira e a segunda sobre top 10. No ano passado, ele já havia derrotado o russo Andrey Rublev, então número 6 do mundo, na primeira rodada de Wimbledon. O argentino alcança assim sua primeira semifinal de ATP e sairá do Brasil com o melhor ranking da carreira. Neste momento, ele está saltando do 86º para o 67º lugar do ranking, superando o 84º posto obtido em novembro de 2024.

Com esse resultado, a Argentina garante ao menos três representantes na penúltima fase do Rio Open e pode colocar mais um, caso Francisco Cerúndolo vença o francês Alexandre Muller no duelo que fecha a programação desta sexta-feira e que definirá o próximo adversário de Comesana. Além deles, a outra semifinal será disputada por Sebastian Baez, atual campeão do torneio, e o lucky-loser Camilo Ugo Carabelli.

Por sua vez, Zverev sofre sua segunda derrota no saibro para um jogador de fora do top 50 desde Roland Garros em 2023. Nesse período, o alemão disputou 25 jogos sobre a terra batida contra adversários abaixo da 50ª colocação e só havia sido superado pelo chileno Cristian Garin, então 106º colocado, nas quartas de final de Munique, no ano passado.

Disputando pela primeira vez na carreira a gira sul-americana de saibro, o tenista de 27 anos termina sua participação com três vitórias em cinco jogos, tendo sido eliminado nas quartas de final em Buenos Aires e no Rio de Janeiro. Mesmo assim, ele segue firme na vice-liderança do ranking, mantendo 625 pontos de distância sobre o espanhol Carlos Alcaraz, atual terceiro colocado. No entanto, a diferença para o número 1, Jannik Sinner, é de 3.195 pontos.

Comesana não se entrega e elimina o número 2 do mundo

Em mais uma apresentação de altos e baixos no Rio Open, Alexander Zverev deixa a competição sem encantar a torcida brasileira. Na partida desta sexta-feira, o alemão novamente oscilou e chegou a ter quebra à frente no terceiro set, mas acabou tendo um apagão e levou a virada.

Sascha até começou o jogo muito bem, vencendo nove dos dez primeiros pontos e abrindo 2/0 no placar. No entanto, Comesana não deixou o número 2 do mundo curtir a vantagem por muito tempo e tratou de reagir ainda no quarto game, empatando a partida. O argentino ainda teve break-point a favor no game seguinte, mas não aproveitou a chance e logo depois teve o seu serviço superado por Zverev pela segunda vez. A partir daí, o alemão soube administrar a vantagem e fechou a parcial em seu segundo set-point.

Mesmo à frente no placar, o alemão não embalou e, depois de cinco games de domínio dos sacadores, foi Comesana quem obteve a primeira e única quebra da parcial. O argentino ainda precisou salvar dois break-points e jogar quatro set-points no nono para enfim empatar a partida e levar a decisão para o terceiro set.

Assim como no primeiro set, Zverev começou a parcial decisiva com tudo, imprimindo bom ritmo e fazendo a diferença com bons saques. O alemão obteve a primeira quebra cedo e chegou a 4/1, antes de baixar o nível e sofrer o empate. No nono game, Zverev chegou a salvar dois break-points e teve um smash fácil na mão para ganhar a vantagem, mas Comesana conseguiu se defender e aplicou uma passada de slice no alemão na sequência do ponto.

Com isso, o argentino chegou a mais uma chance de quebra e contou com uma dupla falta do rival para pular à frente no placar. Bastava então apenas confirmar o saque para selar a maior vitória da carreira, e ele não titubeou, vencendo o game derradeiro de zero, sem dar a mínima chance de reação ao número 2 do mundo.

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SANDRO
SANDRO
18 horas atrás

A ARGENTINA domina as semifinais do RIO OPEN… Os caras são feras quando a matéria é jogar tênis!

André Borges
André Borges
18 horas atrás

Achei que a preguiça ia chegar nas oitavas, ainda chegou nas quartas…..

Ramiro Cora
Ramiro Cora
18 horas atrás

Pois é… uma escola de tradição no tênis, Uma legião (se cae um fica o outro)… Não se trata de uma estrelinha promissória… só
Para entender e aprender

Última edição 18 horas atrás by Ramiro Cora
Andrade
Andrade
17 horas atrás
Responder para  Ramiro Cora

A estrelinha foi campeão lá em Buenos Aires, na casa deles, derrotando 4 argentinos…kkkkkk

Ramiro Cora
Ramiro Cora
16 horas atrás
Responder para  Andrade

verdade… é isso, justamente… foi o que falei…. só quando os astros se alinham…uma vez no meio do nada…
E claro que o João é melhor que os atuais top-100 argentinos… sem dúvida. Mas é isso… só (um ponto fora da curva, na solidão histórica… e ainda o rapaz tendo que carregar a mochila de heroi nacional)
Olha diferencia, por exemplo com o caso da Mirra Andreeva: ainda mais jovem, 17 anos, mas escoltada por uma legião de russas em patamares similares (Shnaider, Kasatkina, e mais 5 tenistas…. 8 top-100 de alto nível)

Por cá não tem nenhum “kkkkk”, mesmo com uma justa alegria merecida (porém passageira e fugaz)

Última edição 16 horas atrás by Ramiro Cora
Fernando Romero
Fernando Romero
18 horas atrás

Agora o Cerundolo tira o francês e o Rio Open vira Buenos Aires Closed.

Horacio
Horacio
18 horas atrás

“O Rio de Janeiro continua lindo”
(para los argentinos)

Paulo Lude
Paulo Lude
17 horas atrás
Responder para  Horacio

El Río de Enero, diria.

eduspacca
eduspacca
18 horas atrás

Acho que a passagem do Zverev pelo Rio Open – sim, passagem, porque jogar tênis não foi o que se viu- pode ser definida com uma palavra: patética

João
João
18 horas atrás

ATP 500 com cara de 250 fraco. Saudades do torneio de Itaparica, nos anos 80, onde realmente se jogava tênis.

Rafael Lucena
Rafael Lucena
18 horas atrás

Vi uns pedaços dos jogos do Zverev nas rodadas anteriores e já era esperado que não fosse vencer o torneio. Jogando numa má vontade claríssima, uma preguiça que só. Foi só a passeio pra pegar o cheque pela participação e agora deve curtir o final de semana tranquilo no RJ.

Paulo Lude
Paulo Lude
17 horas atrás
Responder para  Rafael Lucena

Nem acho que o Zverev vá curtir o fim-de-semana. Penso que já esteja com a cabeça em Acapulco, onde joga na próxima semana outro ATP 500, em quadra dura, tentando esquecer esta breve passagem pelo saibro, mirando os Masters 1000 de Indian Wells e Miami logo na sequência. Rune e Musetti abreviaram ainda mais sua aventura sul-americana e já devem estar indo encontrar Zverev e os norte americanos em Acapulco.

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
15 horas atrás
Responder para  Paulo Lude

Na mosca , meu caro. Só que ele veio substituir Alcaraz. Este cravou 700 pontos nos dois Torneios nas duras…Abs!

Ricardo Schwery
Ricardo Schwery
18 horas atrás

Será que valeu a pena aquele caminhão de dolares para trazer esse alemão? Nunca demonstrou um pingo de vontade em jogar tenis. Por outro lado, deve ter uns poucos apostadores rindo a toa com essa ‘zebra’ argentina. Esse Brasil Open certamente não vai deixar saudades!

Paulo Lude
Paulo Lude
16 horas atrás
Responder para  Ricardo Schwery

Não acho que seja falta de vontade de jogar tênis, mas há uma questão logística complicada nesta gira de saibro sul-americana. Tenistas de ponta, que têm alguma pretensão nos Masters 1000 de Indian Wells e Miami, normalmente jogam os torneios anteriores em quadra dura na Europa/Oriente Médio ou na América do Norte. Os aventureiros que, por incentivo financeiro ou ou outro motivo, resolvem jogar no saibro sul-americano, normalmente vão para Acapulco como preparação para o Sunshine Double norte-americano. Só que o ATP 500 de Acapulco é um torneio com “chave cheia” (não tem bye), então um tenista como Zverev não deve ter o menor interesse em jogar a final no Rio no domingo à tarde/noite, encarar uma longa viagem até o México e jogar em Acapulco desde a primeira rodada, com grande risco de comprometer a preparação para os torneios seguintes mais importantes.
Resumindo, a gira sul-americana é para sul-americanos e alguns saibristas de carteirinha. Se a agenda do Rio Open pudesse ser um pouco espremida, fazendo a final no sábado, talvez melhorasse um pouco.

Maior geração tenis chego
Maior geração tenis chego
18 horas atrás

Eu sei que perder jogos é normal ,Federer djokovic Nadal no auge perdiam também, porém estou achando q zverev está desistindo de ficar ali brigando pra ganhar slam e ser líder do ranking, já está com certa idade e acho q ele já viu q será difícil pq essa geração ten muita concorrência e acho que ele vai começar a focar menos treinar menos ,curtir mais a vida pq pra ficar sempre no quase não compensa, acredito q ele será aquele jogador top 8 9 daqui a pouco e ficar ali a carreira inteira

Matheus Ferreira
Matheus Ferreira
18 horas atrás

Festa argentina no Rio de janeiro,a legião ataca novamente.

Danilo Jeolás
Danilo Jeolás
18 horas atrás

Zverev saiu reclamando e no ano passado tivemos a lesão de Alcaraz, além da falta de sorte com Rune e Musetti.

Piso irregular, um calor desgraçado e saibro um pouquinho antes de começar as quadras duras americanas.

Infelizmente o Rio Open tende a se esvaziar ainda mais. Já teve cara de 250 neste ano.

É torcermos para Fonseca realmente despontar em alto nível e servir de chamariz bem forte para 2026.

Oscar Riote
Oscar Riote
9 horas atrás
Responder para  Danilo Jeolás

Fonseca não deve jogar muitos anos aqui se ele chegar no mais alto nível do tenis, pois precisara priorizar Indian Wells e Miami.

Rogério
Rogério
17 horas atrás

No segundo semestre do ano passado Comesana e Camilo Ugo Carabeli estavam disputando Challengers pela América do Sul. Hoje ambos estão na semifinal de um ATP. Ano passado ocorreu a mesma coisa com Diaz Acosta e Navone. Os argentinos tem muita estratégia e se dedicam ao esporte. Estão de parabéns.

Paulo Lude
Paulo Lude
15 horas atrás
Responder para  Rogério

Realmente, concordo que o tênis argentino sempre esteve degraus acima dos demais países sul-americanos, com o Brasil (e talvez o Chile) num segundo patamar. Mas também contribui para seu sucesso nos torneios ATP sul-americanos a fraca concorrência.

JClaudio
JClaudio
17 horas atrás

Dizem que Zverev recebeu de cachê cerca de 1 milhão de dólares (dinheiro público).
O que dizer?

José Nilton Dalcim
Admin
16 horas atrás
Responder para  JClaudio

Verba incentivada não pode ser usada para pagamento de premiações ou cachês. E esse valor é dividido com Buenos Aires.

JClaudio
JClaudio
15 horas atrás
Responder para  José Nilton Dalcim

Olá Dalcim…
Desde 2019, no governo Witzel, foi criada a lei 8266/2018.
A lei concede isenção fiscal para patrocinadores, aqui no caso a Claro (desconto do ICMS devido do patrocinador).
Enquanto a nova lei cuida do setor privado na isenção fiscal (dinheiro de impostos, que deveria ser usado na educação, saúde e segurança, já que o Rio de Janeiro anda necessitado).
Na outra ponta, como a IMM não pode captar dinheiro público, usa o Instituto Carioca de Tênis, seria uma empresa “barriga de aluguel”, serve apenas para driblar a lei, todos os patrocinadores do Rio Open tem isenção fiscal, muitos com o Instituto servindo para legalizar a operação.
Quando vemos o Medina, o Luciano Hulk, estrelas da tv e do futebol assistindo um jogo do Fonseca, estão ali a custa do dinheiro público (são convidados de empresas que investem dinheiro no torneio com isenção fiscal, ao invés de pagar impostos necessidades básicas do cidadão, usam o dinheiro para o glamour do tênis).
A Rio Open tem um gasto aproximado de 15 milhões para o cofre público do Rio de Janeiro.
Algo inadequado, ainda mais para um estado que sofre em todas as suas necessidades.
Um esporte de ricos, que sobrevive com dinheiro público.
Considero algo imoral.
Li a pouco o seu testo do blog sobre o torneio, nada contra, acho merecedor ter um torneio 500 da ATP no Brasil.
Agora, o setor privado, deveria pagar a conta, não ficar usando o estado para pagar a festa do mundo tenistico brasileiro.
Algo assim, era para ser noticiado e informafo e nunca celebrado.
Assunto vasto…
Abs

JClaudio
JClaudio
7 horas atrás
Responder para  JClaudio

Texto***

Horacio
Horacio
14 horas atrás
Responder para  José Nilton Dalcim

Bom, o dinheiro é fungível. Não dá pra determinar se a verba pública de incentivo foi para pagar cachê ou premiação ou foi para manutenção das quadras, honorários dos árbitros, compra de bolas, alojamento, pago a colaboradores, …

DENNIS SILVA
DENNIS SILVA
17 horas atrás

99% da turma desse torneio não passaria da primeira rodada de Dubai. Infelizmente um torneio muito esvaziado. Se a ATP mudasse o piso seria ótimo.

Gilvan
Gilvan
6 horas atrás
Responder para  DENNIS SILVA

99% dos saibristas não passariam da 1a rodada de um dos torneios com uma das quadras mais rápidas do circuito? Pois é, digo o mesmo da turma que estava em Dubai. Por isso uns estão lá e outros estão cá.

Rafael
Rafael
16 horas atrás

Das piores performances do Zverev no saibro!!! Sem animo, apático, deixou claro que não veio ao Rio para jogar…

Tom França
Tom França
15 horas atrás

Caramba! Um país seis vezes menor do que o Brasil!

Luciano
Luciano
2 horas atrás

Realmente, pra um número 2 do mundo, ficou a desejar. Quando saiu as chaves com os jogadores, achava que ele chegaria na final, mas no primeiro jogo já senti que seria difícil. Jogou muito aquém do jogo que ele possui.

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