Felipe Priante
Rio de Janeiro (RJ) – Vindo de cinco derrotas seguidas, o paranaense Thiago Wild aproveitou a força da torcida e o fator casa para encerrar com a sequência negativa e superar a estreia no Rio Open. Após a vitória de virada sobre o chileno Alejandro Tabilo na última partida desta segunda-feira, o número 1 do Brasil destacou a importância do apoio do público no resultado final.
“Eu ganhei por causa de todo mundo que estava torcendo por mim, eu não comecei bem no jogo, não diria que tenso, um pouco mais lento do que gostaria. Consegui mudar para o segundo set, logo no primeiro game, usei a energia do público e saí com a vitória. É uma vitória muito importante para dar um pouco mais de confiança”, comentou Wild.
Outro ponto chave na virada foi a mentalidade adotada a partir do segundo set. “O mais importante foi jogar ponto a ponto independente do placar. Seu que estava ‘tomando um pau’ e queria poder aproveitar um pouco mais do jogo com o público que estava lá. Acho que foi isso que virou a chave para mim no segundo set, aproveitei um ou outro erro que ele não estava tendo e passei na frente dele”.
Wild afirmou que os resultados negativos não afetam apenas ele, mas também todo seu entorno, que foi fundamental neste momento de baixa. “Conseguimos manter uma rotina de trabalho muito boa e treinar bem apesar dos resultados não serem aqueles que a gente esperava. Eles ficaram do meu lado e nos momentos em que eu estava mais para baixo me deram energia e devo essa vitória a eles”, disse.
“Não sou uma pessoa fácil de lidar no dia a dia, tenho plena consciência disso e eles têm a medida certa de lidar comigo, sabem quando me apertar, quando me ajudar, quando me motivar e quando me cortar as asinhas para colocar os pés no chão. Foram eles que fizeram esse trabalho comigo, mas ainda falta bastante. falta estabilidade se quiser subir muito mais no ranking, não posso ter um set inteiro de um nível baixo de tênis como hoje. O tênis varia, mas a intensidade a gente pode controlar”, complementou Wild.
O paranaense garantiu que o jogo logo na estreia não será uma questão para a próxima rodada, em que terá pela frente o espanhol Jaume Munar. “De físico eu estou bem, foi um jogo longo, mas venho treinando bastante. Morei bastante tempo aqui, estou acostumado com o clima, quando nós brasileiros jogamos no calor temos que aproveitar essa situação”, observou o número 1 do Brasil.
Sobre o retrospecto com Munar, que o venceu nos três embates anteriores, Wild mostrou não se preocupar muito. “Acho que e jogo a jogo, para o Tabilo também tinha perdido duas seguidas, inclusive uma em que tinha ‘tomado um pau’, mas isso indifere. Sempre tem uma primeira vez e espero que seja aqui no Rio. Vou trabalhar para isso”, finalizou.
Wild tem um volume de jogo muito maior do que o heide por exemplo, ele é nitidamente talentoso, só que no 1º set ele perdeu pra ele mesmo: estava jogando tudo pra fora, exagerando na velocidade pra definir os pontos, dando deixadinha em momentos que não pegava o Tabilo de surpresa etc. Quando o Wild conseguir jogar todos os jogos como ele jogou aí no 2º e 3º set, desconcentrando o mínimo possível, tendo noção do que está fazendo de certo ou errado, aí ele vira top 20 mundial, porque tem bola pra isso.
Muito mais que o Monteiro, diria até que do Bellucci, se ele acertar a cabeça…… tem golpes excelentes , força,
nao tem mais jogo que o bellucci. Tomara que fure o top 50, mas acho que ficará no máximo nisso.
Concordo que não mostrou mais do que o Bellucci jogou. Parece que as pessoas esquecem o quanto o Bellucci jogava. Só ficou a imagem do final de carreira, que foi sim melancólico. Acho que se o Wild trabalhar com muito afinco e vontade pode ser um TOP50. Mais que isso díficil prever. Teria que mudar muito e evoluir bem mais.
Wild tem que subir muito o nível e ganhar muita coisa pra chegar perto do Bellucci, comparação sem qualquer base!
Parece que ganhou um grand slam….
Se não tem nada inteligente pra comentar, nem comenta. Wild devia já estar agoniado de ficar perdendo pra Delliens da vida qdo tem bola pra vencer até grandes jogadores. Qq vitória num ATP 500 vale bastante ponto, grana e pra muitos tenistas cbega a ser ápice da carreira, como o Monteiro q conseguiu fazer QF no Rio uma vez. Se o Wild ganhar do Munar já são 100 pts o q equivale a título de challenger.
Falando do jogo do Heide. Assisti uma parte e vejo que o Heide também igual o Wild precisa ter acompanhamento psicológico. Heide não vibra com os pontos ganhos, não vi nele a energia de quem está no Rio Open. Tem que cuidar. Técnica ele tem.
Realmente, não vi esse jogo mas reparei Já essa questao no Heide. Nao precisa de toda irreverência do Fognini ou da bocarra da Alcaraz, mas dá pra tirar prazer em jogar. Se alegrar com a experiência. É trabalho psicológico mesmo.
Heide parece que entra na quadra obrigado e já morto de cansado. Ontem ele teve a cara de pau de bocejar em quadra. Atitude péssima, blasé e negatividade pura. O cara tem tudo, talento, físico, estrutura e apoio mas falta gana e sangue! Se não mudar drasticamente a forma como se prepara e encara a carreira vai ficar por anos entre os 150 e 300!
Boa vitória do Wild número 1 do Brasil e não do mundo como está aí na matéria, agora é tentar a primeira vitória pra cima do espanhol!!!
Uma das melhores maneiras para o desenvolvimento é o reconhecimento dos nossos pontos fortes e os de melhoria, o Wild já começou bem essa curva de ascenção por ter essa mentalidade realista.
Exato! Fiquei positivamente surpreso com o tom da entrevista pós jogo, parece plenamente ciente q precisa diminuir essa montanha russa de oscilações(dentro de um jogo e numa sequência de jogos) se quiser subir mais no ranking..
Isso foi realmente positivo. Parece que está ciente que precisa evoluir. Resta ver se vai mesmo por em prática e trabalhar com dedicação. Entender que se quer mais, precisa continuar trabalhando e avançar.
Wild é um caso para ser estudado. Fica evidente que tem um temperamento difícil, e uma cabeça complicada. Seu jogo tem muitas oscilações dentro de uma mesma partida, e o tênis atual não permite oscilar tanto. Fez um primeiro set sofrível, e melhorou muito no segundo e terceiro sets. Ontem, foi suficiente, resta saber se contra Munar, que tem 03 vitórias contra ele, em 03 confrontos, será também. Tem jogo e bola para ganhar não só de Munar, como de outros jogadores mais qualificados, mas, a cabeça precisa melhorar muito… Vamos torcer para estar num dia bom do início ao fim do jogo…
Gostei da autocrítica! Nesse caminho, o Wild pode evoluir mais!
—-> Não sou uma pessoa fácil de lidar no dia a dia, tenho plena consciência disso e eles têm a medida certa de lidar comigo, sabem quando me apertar, quando me ajudar, quando me motivar e quando me cortar as asinhas para colocar os pés no chão. Foram eles que fizeram esse trabalho comigo, mas ainda falta bastante. falta estabilidade se quiser subir muito mais no ranking, não posso ter um set inteiro de um nível baixo de tênis como hoje. O tênis varia, mas a intensidade a gente pode controlar”, complementou Wild.