Wild busca virada e vai às quartas no saibro austríaco

Foto: Alexander Scheuber/Generali Open

Kitzbuhel (Áustria) – O paranaense Thiago Wild segue firme no ATP 250 de Kitzbuhel e já está nas quartas de final da competição disputada no saibro austríaco. Nesta quarta-feira, o número 1 do Brasil precisou mostrar poder de reação depois de perder o primeiro set para o sérvio Laslo Djere e buscou uma grande virada, marcando as parciais de 4/6, 6/3 e 6/2, em 2h08 de partida.

O triunfo é uma revanche do brasileiro, que no ano passado havia sido superado pelo mesmo adversário também nas oitavas de final do torneio, caindo em sets diretos naquela ocasião. Esta também foi a primeira vitória de Wild contra Djere após três derrotas nos primeiros encontros, todos no saibro.

Com a campanha até aqui, Thiago vai dando um bom salto no ranking, saindo do atual 72º para o 63º lugar. Com mais uma vitória nesta semana ele pode subir ainda mais e igualar sua melhor marca, o 58º posto obtido em maio deste ano.

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Na busca pela segunda semifinal de ATP da carreira, o campeão de Santiago em 2020 terá pela frente o alemão Yannick Hanfmann, algoz do paulista Gustavo Heide, que entrou de última hora como lucky-loser no lugar do argentino Tomas Etcheverry, em jogo simultâneo nesta quarta-feira.

Hanfmann levou a melhor no único duelo já realizado em chaves principais na elite do circuito, justamente no saibro da capital chilena em 2022. Ele e Wild também se encontraram outras duas vezes, com uma vitória para cada lado. O brasileiro levou a melhor no challenger de Montevidéu em 2019 e o alemão ganhou no quali do próprio torneio de Kitzbuhel em 2018.

Wild sai atrás, mas reage e vira com autoridade

Em um primeiro set equilibrado e com números bem parecidos entre os dois jogadores, Laslo Djere fez a diferença ao aproveitar sua única oportunidade de quebra em toda a parcial, ainda no terceiro game da partida. O sérvio seguiu firme no serviço até o fim e só encontrou dificuldades na hora de fechar o set, precisando salvar dois break-points antes de fazer 1 a 0 no placar.

Melhor em todos os quesitos na parcial seguinte, principalmente com o segundo serviço, cujo aproveitamento subiu de 44% para 71%, Wild tomou as rédeas da partida e pouco foi incomodado com seu saque, enfrentando uma única igualdade no set, já no sétimo game. O brasileiro conseguiu a quebra necessária ainda no quarto game e depois apenas administrou a vantagem para empatar a partida.

O terceiro e decisivo set não poderia começar melhor para Thiago, que aproveitou o bom momento no jogo para sufocar o rival do outro lado da quadra, ganhando oito dos 12 primeiros pontos disputados no saque do sérvio. Com isso, rapidamente abriu confortáveis 4/0 no placar. Com tamanha vantagem, bastou ao brasileiro se manter firme até o final para garantir a vitória, o que ele fez com tranquilidade.

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Odir Cunha
Odir Cunha
3 meses atrás

Vitória magnífica do Thiago Wild! Laslo Djere, o segundo tenista da Sérvia, é experiente e bem regular. Virar o jogo após perder o primeiro set é um sinal de confiança e amadurecimento do brasileiro, que não se deixou abater após perder dois break points no último game da primeira série.
É essa mentalidade que pode fazer o talentoso Wild ir mais longe na carreira.

JONY MARCIO SANTOS
JONY MARCIO SANTOS
3 meses atrás
Responder para  Odir Cunha

Vc é o Odir Cunha jornalista? Se for, eu sempre acompanhava suas matérias nos anos 80 e 90 e é muito bom te ver comentando por aqui também.

Alexandro de Morais
Alexandro de Morais
3 meses atrás
Responder para  JONY MARCIO SANTOS

se for, é uma pena que a fama o fará ficar restrito a comentários água com açúcar, como esse

Odir Cunha
Odir Cunha
3 meses atrás
Responder para  JONY MARCIO SANTOS

Sou eu mesmo, Jony. Tênis e futebol são meus esportes favoritos. Tenho ficado em casa, concluindo a biografia de Maria Esther Bueno, e acompanhando o noticiário pelo TenisBrasil. Continuo um torcedor do tênis brasileiro. Abraço!

JONY MARCIO SANTOS
JONY MARCIO SANTOS
3 meses atrás
Responder para  Odir Cunha

Grande Odir. Um dos melhores jornalistas esportivos do nosso país e grande conhecedor do tênis também. Acho que naquela época nossas referências aqui no Brasil eram Mattar, Motta, Oncins, Niege, Dadá Vieira entre tantos outros. Depois vieram Guga, Meligeni, Sareta, Ricardo Mello e hoje temos essa geração que vem conquistando grandes resultados também. Bom mesmo te ver por aqui. Quando sair a biografia da Maria Esther dá um toque aqui pra gente. Grande abraço.

Odir Cunha
Odir Cunha
3 meses atrás
Responder para  JONY MARCIO SANTOS

Darei, Jony. Agradeço pelas palavras. Quando comecei a cobrir tênis, para o Jornal da Tarde, em 1977, os melhores do Brasil eram Thomaz Koch, Carlos Alberto Kirmayr, Marcos Hocevar… Maria Esther faria seus últimos jogos em outubro.

JONY MARCIO SANTOS
JONY MARCIO SANTOS
3 meses atrás
Responder para  Odir Cunha

Época de ouro mesmo. E tínhamos tantos outros se destacando, sempre beliscando chaves principais de Slam: Givaldo Barbosa, Júlio Góes, João Soares, Patrícia Medrado. Grande época do tênis nacional.

Odir Cunha
Odir Cunha
3 meses atrás
Responder para  JONY MARCIO SANTOS

Sim, assisti a grandes jogos e tive a sorte de entrevistar astros e estrelas internacionais, como Rod Laver, Jimmy Connors, Manuel Orantes, Martina Navratilova, Billie Jean King.
Mas o melhor torneio de Grande Slam para o tênis brasileiro ocorreu em 1963, em Forest Hills (hoje US Open). Maria Esther Bueno foi campeã; o carioca Ronald Barnes chegou à semifinal e o gaúcho Thomaz Koch alcançou as quartas.

Odir Cunha
Odir Cunha
3 meses atrás
Responder para  JONY MARCIO SANTOS

Sim. Givaldo, Meca (Júlio Góes), João Soares, dono do melhor saque brasileiro na época (depois surgiram Luiz Mattar e Cássio Motta, grandes sacadores). E ainda havia Roger Guedes, Ivan Kley, César Kist, enfim, muito tenista que ficou ou tinha potencial para ficar entre os 100. O que facilitava era o fato de o Brasil ter muitos torneios. Houve temporada em que só Estados Unidos e Itália tinham mais torneios masculinos que o Brasil.

Paulo A.
Paulo A.
3 meses atrás
Responder para  Odir Cunha

Vitória brilhante. O próximo jogo não é impossível de ganhar.

Jorge Luiz
Jorge Luiz
3 meses atrás

Grande Wild, próximo desafio com boas chances de avançar

CARLOS LIMA
CARLOS LIMA
3 meses atrás

Vitória importante pra ver se dá uma animada. O alemão é ganhavel

JONY MARCIO SANTOS
JONY MARCIO SANTOS
3 meses atrás

Grande vitória do Wild e uma excelente oportunidade de chegar na primeira semi de ATP 250 desde o título de Santiago em 2022. O ano vem sendo meio de altos e baixos e uma semi agora pode marcar uma arrancada pra até que enfim atingir o Top 50, posição que todos aqui concordam que ele já poderia ter alcançado pelo potencial que tem. E jogando muito numa semi, provavelmente contra Berretini ou Tabilo, quem sabe não alcança a segunda final da carreira?

JONY MARCIO SANTOS
JONY MARCIO SANTOS
3 meses atrás
Responder para  JONY MARCIO SANTOS

Título de Santiago em 2020*

Matheus Ferreira
Matheus Ferreira
3 meses atrás

Boa Wild, vitória pra dar moral pro restante do torneio,quem sabe buscar uma final,pra cima deles Wild.

Refaelov
Refaelov
3 meses atrás

Não assisti mas pelos n°s, foi uma atuação muito firme do Selvagem msm, elevando o desempenho a cada set, QF acessível contra o Hanfmann q é um cara habilidoso e com um currículo razoável em ATPs mas, q n vem em bom momento(tanto q saiu do top 100).

Como disseram abaixo: boa chance de voltar a uma SF de ATP após o caneco em Santiago e de quebra salvar essa última gira de saibro em termos de pontuação(com uma SF praticamente igualaria oq o Monteiro somou nos 3 torneios). Bora por mais!

Scott
Scott
3 meses atrás

Que os críticos comecem…

Leandro Antonio
Leandro Antonio
3 meses atrás
Responder para  Scott

Mimadinho perde na próxima.

Ramiro
Ramiro
3 meses atrás

puff … vamos contra o próximo… e menos mal que o pesadelo de Etcheverry saiu pelo fundo (além de evitar o caminho do Wild tbm permitiu mais um capítulo ao Heide).

James Garcia
James Garcia
3 meses atrás
Responder para  Ramiro

Tem mais um pesadelo em uma possível final se o Baez confirmar o favoritismo e chegar lá, argentino número 1 da América do Sul

Refaelov
Refaelov
3 meses atrás
Responder para  James Garcia

A despeito de ranking, o nome mais forte vivo na chave é, com muitas sobras, o Berretini..

Ramiro
Ramiro
3 meses atrás
Responder para  James Garcia

verdade. Mas pelo menos são amigos (até formaram dupla)…. ai, no pior dos casos, será “fogo amigo”….rsrsrs

Leonel
Leonel
3 meses atrás

É isso que esperamos ver dos nossos atletas. Esquece o ranking e joga com fome de bola. PARABENS. É favorito contra o alemão. Agora , pensando como é prazeroso ver o Heide ganhando terreno(casca). O retorno do Wild selvagem acordou todo mundo. Do fundo do poço Wild saiu com força total, trouxe o Monteiro e agora o Heide. Sem contar o Fonseca que já está a caminho(craque também)..Na minha opinião Wild voltando das cinzas deu vigor a todos. Bora Wild/Meligeni/monteiro/Fonseca/Heide(nossos atletas de ATPs) e que venham mais.

Claudio Marçal
Claudio Marçal
3 meses atrás

Grande jogo de recuperação do Wild! Tanto que o sérvio sentiu o físico e pediu atendimento médico no terceiro set! Depois do jogo duro que fez pra ganhar do Heide, esse Hanfmann pode ser a próxima vitória!

trackback

[…] depois de perder o primeiro set. Mais intenso e agressivo a partir da segunda parcial, o número 1 do Brasil conseguiu a virada e saiu de quadra bastante satisfeito com a mudança de atitude para buscar a […]

Saulo Sérgio
Saulo Sérgio
3 meses atrás

grande Seyboth Selvagem…

Paulo Mala
Paulo Mala
3 meses atrás

O Wild é diferenciado. Muito distante de um Guga, mas é o melhor que temos em muitos anos, pra nao dizer década.
Ainda não tem os 4 atps do Bellucci, mas o vejo como um tenista ckm potencial de ser mais confiável. É novo, tem tempo para o superar.

James Garcia
James Garcia
3 meses atrás

Tá muito acessível esse título, de adversários da elite apenas Berrettini/Tabilo que estão se enfrentando e o Baez que está no top 20 mundial e número 1 no continente e campeão do Rio Open esse ano, mas que em um dia inspirado do Wild da pra nivelar o jogo com o argentino que é muito forte no saibro. Tá aí uma chance muito grande do tênis masculino brasileiro voltar a ter um um título ATP

Refaelov
Refaelov
3 meses atrás
Responder para  James Garcia

Cara o Berretini é um top 10 jogando nesse torneio, n está nessa faixa de ranking pq n anda conseguindo jogar regularmente o circuito mas, é um tenista duma prateleira acima dos demais disputando esse torneio.. clr q pode ser vencido mas é com sobras o mais forte candidato..

Última edição 3 meses atrás by Refaelov
Cleanto Farina Weidlich
Cleanto Farina Weidlich
3 meses atrás

… o Thiago está adquirindo maturidade e com isso muitas vitórias, que já não surpreendem, virão @@!

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