Surpresa em RG se recupera de grave lesão e aposta em realidade virtual

Lois Boisson (Foto: Nicolas Gouhier/FFT)

Paris (França) – A francesa Lois Boisson é a principal surpresa na segunda semana de Roland Garros. Convidada para o torneio, a jogadora de 22 anos e apenas 361ª do ranking desafia a norte-americana Jessica Pegula nesta segunda-feira, por volta das 7h30 (de Brasília). Durante a campanha, ela já venceu a belga Elise Mertens, a ucraniana Anhelina Kalinina e a também francesa Elsa Jacquemot.

Estreante no Grand Slam parisiense, Boisson já poderia ter atuado na edição passada, se não fosse uma grave lesão de ligamento cruzado no joelho, que comprometeu sua evolução. Ela estava com o melhor ranking da carreira, no 152º lugar, e havia acabado de vencer um torneio da série 125 da WTA, quando se machucou e precisou ficar oito meses sem jogar. Ela voltou ao circuito em fevereiro e tenta recuperar espaço no ranking jogando torneios menores.

Boisson está plenamente consciente de que, nesse nível, os pequenos detalhes costumam fazer a diferença. Por isso, quando seu preparador físico Sébastien Durand apresentou um método de treino neurovisual com base científica para melhorar o desempenho, ela rapidamente aceitou a ideia.

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“É muito difícil de explicar, mas é tanto visual quanto físico, e você faz alguns exercícios de maneira diferente”, disse a Boisson, em entrevista ao lado de Durand, para o site de Roland Garros. “Você conecta o cérebro aos olhos, e então tudo fica mais rápido, entende? Isso é realmente ótimo para o tênis. Foi depois da minha cirurgia. A gente começou a fazer esse trabalho e eu consegui voltar mais rápido”.

“No mais alto nível, tudo gira em torno dos pequenos detalhes. Quanto mais conseguimos otimizar, melhores são nossas chances de sucesso. Fazer esses exercícios melhorou muito a minha capacidade de reação, e agora isso acontece de forma natural”, acrescenta a francesa, que vai saltando para o 170º lugar do ranking e pode atingir sua melhor marca se vencer mais uma.

Durand, que também colabora com o búlgaro Grigor Dimitrov, desenvolveu os exercícios em parceria com a ortoptista Angela Ragaigne. “Enquanto os olhos e a saúde visual não estiverem em dia, é difícil alcançar desempenho”, afirmou Durand. “Sabendo que 80% das informações que um atleta recebe do ambiente vêm da visão, desenvolvemos um processo, um método e exercícios específicos, criando um tratamento neurovisual sob medida, adaptado às necessidades, ao histórico e ao esporte de cada atleta”.

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Carlos Alberto Ribeiro da Silv
Carlos Alberto Ribeiro da Silv
2 dias atrás

Parabéns aos profissionais pela idéia, pela iniciativa e pela inovação. E parabéns para a tenista que se dispôs a testar os novos métodos e a união dos profissionais de ortopedia e educação física com a atleta começaram a trazer os primeiros frutos. Que todos tenham sucesso nessa empreitada.

Marcos Ribeiro
Marcos Ribeiro
2 dias atrás

Já li o Sinner falando de algo parecido, que melhorou usando algo eletrônico, mas não me lembro precisamente o que.

25 GS
25 GS
2 dias atrás

Parabéns a Boisson a ao preparador físico pela recuperação dela. Mesmo convidada está fazendo um belo torneio, mais jma daquelas histórias escritas para se contar no futuro.

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