Sucesso além de Sinner: Itália vive grande Roland Garros

Jasmine Paolini (Foto: FFT)

Matheus Dalcim
Da redação

A terça-feira tem sido muito especial para todo o tênis italiano. Afinal, pela primeira vez na história o país terá um número 1 do mundo, com a chegada de Jannik Sinner à liderança do ranking da ATP  a partir do próximo dia 10 de junho. Aos 22 anos, o tenista nascido em San Candido, no norte da Itália, será o 29º homem a ocupar o posto desde que a lista foi criada em 1973.

De fato, Sinner é o nome mais representativo da Itália na atualidade e tem tudo para se tornar o maior italiano de todos os tempos, principalmente se igualar ou superar os dois títulos de Grand Slam de Nicola Pietrangeli, bicampeão de Roland Garros em 1959 e 1960, e também considerado um dos três melhores do mundo naquela época.

Mas ele não é o único tenista da “Squadra Azzurra” que vem destacando em 2024 e tampouco nesta edição de Roland Garros. Além do próximo número 1 da ATP, que já está garantido na semifinal, a Itália é o único país com representantes nas quartas de simples e duplas do Grand Slam francês, tanto no masculino quanto no feminino, o que comprova o ótimo momento deles na modalidade.

Paolini vive melhor fase da carreira

Entre as oito mulheres que chegaram às quartas de final no saibro parisiense está Jasmine Paolini, que aos 28 anos vive os seu melhores dias no circuito. Atual número 15 do mundo, ela chegou à 12ª posição no mês passado e com isso só fica atrás de outras cinco compatriotas na história do tênis feminino italiano: Francesca Schiavone (quarta colocada em 2011), Sara Errani (quinta em 2013), Flavia Pennetta (sexta em 2016), Roberta Vinci (sétima em 2016) e Silvia Farina (11ª em 2002).

A ascensão de Paolini acontece numa temporada em que conquistou o maior título da carreira, no WTA 1000 de Dubai em fevereiro, e também registra suas melhores campanhas em Grand Slam, com as quartas em Paris e as oitavas no Australian Open. Antes, nunca havia vencido duas partidas seguidas no mesmo Slam em 16 participações.

Duplas também chegam longe

Já nas chaves de duplas, os italianos contam com mais quatro representantes nas fases finais de Roland Garros. No masculino, Simone Bolelli e Andrea Vavassori não são nenhuma grande surpresa e não à toa entraram como a 11ª principal parceria do torneio. Algozes do gaúcho Rafael Matos e do mineiro Marcelo Melo na estreia, eles também passaram pelos bons australianos Max Purcell e Jordan Thompson na rodada seguinte.

Agora, o desafio será ainda maior diante dos cabeças 3, o norte-americano Rajeev Ram e o britânico Joe Salisbury. Porém, os atuais campeões do ATP 250 de Buenos Aires formam um time de peso no saibro, tendo feito semifinal em Roma e quartas em Monte Carlo e Madri.

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No feminino, Sara Errani e Jasmine Paolini repetem um dueto de sucesso e também estão nas quartas de final. Juntas, elas possuem três títulos no circuito, conquistado em Monastir no ano passado e em Linz e Roma na atual temporada. Únicas cabeças de chave sobreviventes no quadrante de cima, elas têm tudo para pleitear um lugar na decisão.

Mais experiente, Errani já foi campeã em Paris em 2012 e fez outras duas finais nos dois anos seguintes. Ao todo, possui outros quatro troféus de Slam nas duplas, sendo dois no Australian Open (2013 e 2014), um em Wimbledon (2014) e um no US Open (2012). Paolini tinha até então apenas duas oitavas em Melbourne no currículo.

Chuva de italianos no juvenil

A chave masculina do torneio juvenil é a que tem mais representantes da Itália ainda vivos na disputa, com três nomes garantidos nas oitavas de final: o cabeça 7 Federico Cina e os estreantes Lorenzo Carboni e Andrea De Marchi. Semifinalista do último US Open, Cina foi superado naquela ocasião pelo carioca João Fonseca, que viria a conquistar o título na sequência. O italiano de 17 anos é o atual número 9 no ranking da ITF, mas já foi o quarto colocado em janeiro.

Por sua vez, Carboni e De Marchi sequer figuram no top 40, com o primeiro aparecendo sem ranking no momento e o outro ocupado o 41º lugar. Os dois, no entanto, já superaram alguns favoritos na atual campanha e enfrentam adversários não cabeça na próxima fase. Além do trio, o 52º colocado Daniele Rapagnetta parou na segunda rodada na capital francesa.

2 Comentários
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Gisele Matias
Gisele Matias
5 meses atrás

Gosto da Paolini mais acho que ela não vai tão longe no circuito

Carlos Alberto Ribeiro da Silva
Carlos Alberto Ribeiro da Silva
5 meses atrás

A Rybakina é uma grande jogadora e já mostrou isso várias vezes. E para quem acha que ela seria a jogadora ideal que iria vencer a Iga Swiatek, lembro que primeiro ela precisaria passar pelas quartas de final, depois semifinal e se classificar para a final. Resumindo, ela precisa fazer a sua parte para chegar na final. Só a torcida dos anti-Iga Swiatek não é suficiente para levá-la à final. A Iga ainda não se classificou para a final mas tem grandes chances de conseguir isso. Parabéns para a Paolini pelo grande resultado. Mostrou que teve uma grande evolução tanto na parte técnica quanto na mental.

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