Matheus Dalcim
Da redação
Com o anúncio da retirada de Novak Djokovic em Roland Garros, após realizar exames no joelho direito nesta terça-feira em Paris, pela primeira vez na história a Itália terá um número 1 do mundo. Isso porque Jannik Sinner ultrapassará o sérvio na lista a ser divulgada após o Grand Slam francês e se tornará o novo líder da ATP a partir do dia 10 de junho.
Aos 22 anos e 299 dias, Sinner será o 29º jogador a encabeçar o ranking masculino, criado em 1973, e o 14º mais jovem. Vivendo a melhor fase da carreira, ele alcança o topo numa temporada espetacular em que soma até aqui 33 vitórias em 35 jogos disputados, com títulos no Australian Open, Roterdã e Miami, além de fazer semi em Indian Wells e Monte Carlo e quartas em Madri.
Djokovic por sua vez deixará o posto de número 1 após 39 semanas consecutivas, tendo retomado a coroa em setembro do ano passado, ao levantar seu quarto troféu do US Open e ultrapassar Carlos Alcaraz. No total, o sérvio de 37 anos já acumula 428 semanas na ponta, recorde absoluto entre homens e mulheres.
Sinner segue colecionando marcas no tênis italiano
A chegada ao topo é a cereja do bolo de um momento extremamente especial na carreira de Jannik Sinner. Herói do bicampeonato da Itália na Copa Davis em 2023, quase cinco décadas depois do primeiro título, ele se tornou em janeiro deste ano o terceiro homem do país da bota a vencer um Grand Slam, o segundo na Era Aberta, repetindo Nicola Pietrangeli, bicampeão de Roland Garros em 1959 e 1960, e Adriano Panatta, vencedor em Paris em 1976.
Em termos de ranking no tênis profissional, Sinner já havia sido o primeiro italiano a alcançar a terceira posição e também a vice-liderança, deixando para trás o então recordista Panatta, que ocupou o quarto lugar em agosto de 1976. Ainda na fase amadora, Pietrangeli figurou entre os três melhores do mundo de 1959 a 1961.
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Considerando apenas os jogadores em atividade, outros dois italianos também chegaram ao top 10: Matteo Berrettini foi número seis em 2022, ano em que alcançou a final de Wimbledon, e Fabio Fognini atingiu o nono posto em 2019, temporada na qual venceu o Masters 1000 de Monte Carlo.
Já no feminino, a recordista é Francesca Schiavone, campeã de Roland Garros em 2010 e quarta colocada da WTA no início da temporada seguinte. Outras top 10 foram Sara Errani, número 5 em 2013; Flavia Pennetta, que chegou ao sexto lugar em 2015 após o título do US Open; e Roberta Vinci, que assumiu o sétimo lugar após o vice em Nova York para a compatriota. Atualmente, a melhor italiana é Jasmine Paolini, 15ª colocada, mas que já foi 12ª há um mês e está nas quartas de final de Roland Garros pela primeira vez.
Eu pensava que essas 428 semanas eram diretas, mas ele foi ultrapassado pelo alcaraz e aí continuou contando? N entendi, alguém me explica
Não, Arthur. Essas 428 semanas são a somatória de todo o período no qual Djokovic esteve na liderança do ranking, considerando desde a primeira vez que ele assumiu a ponta, em julho de 2011, e todas as vezes que ele retomou o posto em algum momento. Já a atual sequência é de “apenas” 39 semanas, iniciadas em setembro do ano passado.
O recorde de semanas seguidas é de Federer. É um recorde praticamente imbatível.
E todos os demais e mais importantes são de Djoko.
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