Schiessl estreia bem no Recife, Guto perde no tiebreak do 3º set

João Schiessl (Foto: João Pires/Fotojump)

Recife (PE) – O paranaense João Schiessl, de apenas 20 anos e atual 555º da ATP, é o primeiro brasileiro a garantir vaga na segunda rodada do Brasil Tennis Classic, torneio ITF M15 disputado nas quadras de saibro do Lagoa Azul Tênis Clube. Schiessl derrotou na estreia o catarinense Bruno Fernandez por 6/3, 5/7 e 6/4,

“Foi um dia sofrido, não joguei meu melhor tênis, nem ele. Mas o tênis também tem esse lado de saber ganhar jogos sem estar no seu melhor dia, então estou feliz por ter conseguido. E sei que tenho que melhorar para a próxima rodada. Principalmente a consistência de manter o nível alto por mais tempo. Venho melhorando, mas preciso de mais”, falou Schiessl, cabeça de chave 5 da competição. Ele pode enfrentar o mineiro Pedro Rodrigues ou o argentino Bautista Vilicich.

Já o juvenil Guto Miguel, de apenas 15 anos, quase marcou seu primeiro ponto no ranking de simples da ATP. A partida parecia perdida depois que o argentino Sean Hess fechou o primeiro set e ainda liderou o segundo por 4/1, mas Guto forçou o terceiro set. E ficou muito perto da vitória, chegando a sacar para o jogo e ter dois match-points, mas Hess fechou por 6/2, 6/7 (4-7) e 7/6 (7-5).

Guto relatou ter sentido cãimbras. Sem conseguir sacar como gostaria, buscou o apoio da torcida e arriscou até um saque por baixo, mas não evitou a derrota. “Eu tive dois match-points mas não consegui fechar. Senti cãimbras, mas acho que foi mental. Preciso parar de me pressionar para marcar o primeiro ponto na ATP, vai acontecer uma hora dessas. Essa derrota foi doída, mas agora senti o gostinho, vi que dá e quero mais. Vou tirar duas semanas de folga, descansar, para começar a pré-temporada para 2025”, disse o jovem tenista que ainda joga duplas em Recife.

Natan cai na estreia, sete brasileiros furam o quali

Ainda nesta terça-feira, o baiano Natan Rodrigues perdeu por 6/1 e 6/0 para o argentino Guido Justo, cabeça 3. Também foram definidos os oito tenistas que passaram pelo quali e sete deles são brasileiros. Os classificados foram Matheus Bueres, que venceu Eugenio Almeida Jr. por 6/2 e 6/4; Enzo Lima, que superou Gabriel Tumasonis por 6/2 e 6/3; João Victor Loureiro, que venceu Luka Ono por 6/2, 4/6 e 10-6; Lucca Pinto, que eliminou Glauco da Cruz Jr. por 6/1 e 6/3; Gabriel Batagin, que passou pelo argentino Tobias Franco por 6/3, 4/6 e 11-9; Cristian Oliveira, que tirou da chave o argentino Joel Lucero por 6/1 e 7/6(5); e Enzo Kohlmann, que venceu Bruno Oliveira por 6/0 e 7/5.

“Estou muito feliz; quali é sempre duro. Vim para cá muito focado e consegui jogar muito bem hoje. No segundo set, o Bruno elevou o nível, ficou mais difícil, mas me mantive focado no meu saque e levei o jogo no finalzinho. Essa quadra também me ajuda, gosto de um jogo mais agressivo e rápido, e aqui isso me favorece”, contou Kohlmann.

Principais favoritos estreiam nesta quarta em Recife

Os principais favoritos ao título do Brasil Tennis Classic entram em quadra amanhã para completar a primeira rodada da chave de simples. Serão 12 jogos, com destaque para a estreia do cabeça 1 Pedro Sakamoto contra o argentino Valentin Basel, e do campeão de 2022 e cabeça 8 Eduardo Ribeiro contra Fernando Yamacita. Em outro duelo nacional, Gilbert Klier enfrenta Gustavo Almeida, que entrou na chave através do programa da ITF que prevê lugares em chaves de torneios para juvenis de destaque. O também juvenil de 17 anos Lucca Acioly, filho de Ricardo Acioly, estreia nesta quarta contra outro brasileiro que passou o quali, João Victor Loureiro.

A etapa de Recife do Ano VI Brasil Tennis Classic é apresentado pelo Santander, por meio da Lei Federal de Incentivo ao Esporte do Ministério do Esporte, e conta com o copatrocínio de Vivo, Azul – Transportadora Oficial, Stella Artois Pure Gold, Alupar, Taesa e INNI Bola Oficial. A etapa conta também com o apoio de Lagoa Azul Tênis Clube e Federação Pernambucana de Tênis. O evento integra o calendário mundial ITF World Tennis Tour – M15. A realização é do Instituto Sports.

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Verridiana Parmeggieri
Verridiana Parmeggieri
15 dias atrás

levantar a cabeça Guto. derrota com gostinho de um futuro muito bom.

Jorge Luiz
Jorge Luiz
15 dias atrás

Torcendo para o Schiessl copar essa, uma pena o Guto Miguel, mais mostrou que tem potencial

Maurício
Maurício
15 dias atrás

O pessoal que defende o college olha o Natan Rodrigues que foi para o college, ficou 4 anos lá, foi número 8 do ranking juvenil e tomou 61 6×0. College só é bom pra quem não quer seguir no profissional ou não tem condições/patrocínio para seguir no profissional

João Sawao ando
João Sawao ando
15 dias atrás
Responder para  Maurício

Tenho que concordar com você Maurício.

Fernando S P
Fernando S P
15 dias atrás
Responder para  Maurício

Na minha opinião, o “college” é uma ótima experiência para todos. Além de ser uma baita experiência de vida, o nível da NCAA é muito alto. O Nishesh Basavareddy é um bom exemplo atual disso. Ele está estudando Data Science em Stanford, e acho que estudar algo assim e em uma instituição como essa não tem como ser vista como uma ideia muito ruim.

Agora, para tenistas como o João Fonseca, que tem potencial para ganhar um GS, o college não é a melhor escolha em termos tenísticos. Estendendo um pouco, digamos que, dependendo do objetivo, não vale a pena para a galera do Top 50. Embora tenhamos vários exemplos de tenistas que chegaram ao Top 5-10: McEnroe (Stanford), Connors (UCLA), Blake (Harvard), Kevin Anderson, Isner, Norrie, Steve Johnson (USC), Daniele Collins (U Virginia), Ben Shelton (U Florida – provavelmente será um Top 10 um dia). No ano passado, 13 dos Top 100 tinham passado pelo universitário. Nas duplas nem se fala (irmãos Bryan, Rajeev Ram, a própria Luisa).

Maurício
Maurício
14 dias atrás
Responder para  Fernando S P

A maioria dos que vc comentou são Norte Americanos, vamos colocar de Brasileiros quantos que foram para o College e viram top 250?
E olha que se for olhar só nos últimos anos a lista é gigante de jogadores Brasileiros que foram para o college. Se o jogador entende que não tem tanto potencial para o tênis, ou quer ter a chance de seguir outra carreira concordo plenamente que a melhor escolha é ir para o college. Por exemplo pra mim Enzo Kholman e Nicolas Oliveira irem para o college ok boas escolhas até mais Pedro Rodrigues não é boa escolha, ele tem potencial

Última edição 14 dias atrás by Maurício
Fernando S P
Fernando S P
14 dias atrás
Responder para  Maurício

Em uma graduação nos EUA, a maioria dos alunos é americano. Eu ensinei durante cinco semestres em uma e não lembro de um estrangeiro nas turmas. Havia atletas universitários. Então, é bem óbvio por que há mais americanos na lista.

Eduardo
Eduardo
15 dias atrás
Responder para  Maurício

Ele acabou de começar a jogar profissional e está conseguindo algumas vitorias. Sem contar que é possivel citar varios jogadores de college que deram certo. Blake, Norrie, Shelton, Isner no masculink, no feminino a navarro

Maurício
Maurício
15 dias atrás
Responder para  Maurício

Ainda por cima da geração 2006 a maioria vai para o college são eles Nicolas Oliveira, Pedro Rodrigues e Enzo Kholman isso entre os que foram top 100 juvenil

Fernando S P
Fernando S P
14 dias atrás
Responder para  Maurício

Até para o Wild ou para o Monteiro teria sido uma boa escolha. Para os citados, sem dúvida, parece uma decisão acertada.

João Sawao ando
João Sawao ando
15 dias atrás

Tem que melhorar a condição física Guto. Câimbra nesse idade e falta de preparo fisico

José Roberto
José Roberto
15 dias atrás
Responder para  João Sawao ando

O menino tem 15 anos, jogou 3 sets, 2 tiebrakes. Com certeza foi um jogo longo.

Como vem dizer que foi “falta de preparo físico”?

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