Rublev supera Draper e fatura o bicampeonato em Doha

Foto: ATP Tour

Doha (Qatar) – Pela segunda vez na carreira, o russo Andrey Rublev é campeão no piso duro de Doha. Vencedor em 2020, quando o torneio ainda pertencia à categoria 250, desta vez o atual número 10 do mundo triunfou na estreia do evento como um ATP 500. O título foi conquistado com uma vitória por 2 sets a 1 sobre o britânico Jack Draper, parciais de 7/5, 5/7 e 6/1, em 2h03 de partida.

Com a conquista, Rublev se iguala como o segundo maior campeão do torneio, ao lado de Stefan Edberg (1994 e 1995), Petr Korda (1996 e 1998), Andy Murray (2008 e 2009), Novak Djokovic (2016 e 2017) e Roberto Bautista Agut (2019 e 2022). A frente deles, apenas o suíço Roger Federer, tricampeão em 2005, 2006 e 2011.

Ao todo, o russo de 27 anos disputou sua 27ª decisão no circuito, levantando o 17º troféu da carreira. Desde o seu primeiro título, em 2017, ele só passou em branco na temporada 2018, conquistando ao menos um torneio por ano desde então. Curiosamente, esta é a primeira vez que Rublev alcança o bicampeonato em qualquer evento, tendo até então 16 títulos diferentes. Agora ele tem seis ATP 500 em sua galeria.

“É uma sensação incrível. É meu primeiro bicampeonato. Estou muito feliz. Acho que nós dois estávamos muito cansados ​​depois de duas partidas de três sets que terminaram tarde. Estávamos exaustos e foi difícil, mas de alguma forma conseguimos jogar em um bom nível. Quando perdi o segundo set, deixei para lá e comecei a jogar mais livremente. Joguei em um bom nível. Em alguns momentos, eu estava realmente bem mentalmente e não deixei a frustração me dominar. Assim que fiquei frustrado, consegui recomeçar e consegui jogar na mesma intensidade. Isso é o mais importante”, disse o russo, que chegou a quebrar uma raquete após perder o segundo set na decisão.

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O triunfo em Doha também rende a Rublev uma posição no ranking, ultrapassando o norte-americano Tommy Paul para assumir o nono lugar. Sua melhor marca é a quinta posição, obtida pela primeira vez em setembro de 2021 e a última em março do ano passado.

Jack Draper, por sua vez, disputou sua quinta final no circuito e continua com dois títulos, ambos conquistados no ano passado, na grama de Stuttgart e no piso sintético coberto de Viena. Ao menos, o tenista de 23 anos sairá de Doha com o melhor ranking da carreira, saltando 16º para o 12º lugar, a apenas 280 pontos do top 10. Anteriormente, o canhoto britânico já havia sido o 15º colocado, em outubro de 2024.

Rublev oscila, mas controla os nervos e vence

A partida deste sábado começou bastante equilibrada, com amplo domínio dos sacadores. Nos 11 primeiros games, não houve uma igualdade sequer, com seis games vencidos de zero, quatro de Rublev e dois de Draper. Na retal final, porém, o russo conseguiu um raro triplo break-point e concretizou a quebra na terceira oportunidade, levando o primeiro set.

Já a segunda parcial começou um pouco diferente, com os dois tenistas precisando salvar break-points logo de cara. Apesar do susto, ambos seguiram firmes com o saque, mantendo o equilíbrio até o 11º game, quando Draper enfim conseguiu sua primeira quebra na partida e abriu vantagem para empatar o placar. Na sequência, ele só precisou confirmar o serviço com tranquilidade para ganhar sobrevida.

Bastante irritado, Rublev chegou a bater a raquete no chão e mostrar o destempero que vem marcando sua carreira nos últimos anos. No entanto, o russo soube controlar os nervos e, com uma postura diferente, se impôs com firmeza no jogo, conseguindo um domínio que até então nenhum dos dois tenistas havia conseguido nesta final.

Perfeito no saque, ele acertou cinco aces, não cometeu dupla falta e não cedeu um único break-point, vencendo 12 dos 14 pontos disputados com o próprio serviço. Por outro lado, soube aproveitar muito bem as duas oportunidades a seu favor, no segundo e no quarto games. Assim, abriu larga vantagem e apenas precisou administrá-la. A vitória veio com um ace, marcando o 17º título da carreira do russo.

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Guilherme E.S. Ribeiro
Guilherme E.S. Ribeiro
7 horas atrás

Rublev conquista seu 17º título, o 11º em quadras rápidas. É um TOP10 consolidado. Draper deve pular para 12 do mundo, passando no ranking histórico britânico nomes como Buster Mottram e Kyle Edmund

Fernando Venezian
Fernando Venezian
7 horas atrás

Não curto o estilo de jogo dele, no entanto fiquei feliz por sua conquista! O cara é um grande lutador nas quadras e na vida! Depressão é algo terrível!

Vicentina
Vicentina
5 horas atrás
Responder para  Fernando Venezian

Draper estava jogando melhor, porém cansou no 3 set e o Rublev aproveitou.

ISAIAS PEREIRA SOARES
ISAIAS PEREIRA SOARES
3 horas atrás
Responder para  Vicentina

Toda vez que o Draper perde um jogo é pq “cansou”. Talvez essa seja a diferença de um ex top 5.

Fernando Venezian
Fernando Venezian
3 horas atrás
Responder para  Vicentina

Vicentina, sua percepção foi bem oportuna! Rublev não é tão superior pra fazer 6×1! Draper baixou fisicamente mesmo!

Maroc Ponti
Maroc Ponti
7 horas atrás

Otimo. Admiro este russo por demonstrar sem restrições sua fe fazendo o sinal da cruz antes e depois de cada jogo.

Evandro
Evandro
7 horas atrás

Ele e a Mirra pulam para 9 do mundo nos respectivos rankings!

Victório Benatti
Victório Benatti
5 horas atrás

O Rublev jogou o terceiro set de forma impecável.
Não deu chance ao Draper. Aliás, faltou muito pouco para o Draper tomar um pneu!
O que seria uma vergonha. Kkkkk
Já pensou?
Final de torneio tomar um pneu?
Não brinca!!!
Parabéns ao Rublev!
Sua eliminação na primeira rodada do AO pelo João Fonseca, fez o Rublev acordar de vez!

Ângela Amélia
Ângela Amélia
3 horas atrás

Sempre foi o jogador mais talentoso do circuito… Espero que ele se reerga, para formar um novo Big 3 ao lado de Sinner e Alcaraz

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