Falta apenas um dia para terminar o torneio olímpico de tênis, com boa parte das medalhas já distribuídas. Resta a final masculina e a definição das medalhistas nas duplas femininas. O comparecimento do público nos oito dias de competição, domingo será o nono e último, foi massivo, com ingressos esgotados e quadras lotadas.
O tênis olímpico é um sucesso, mas assim como os principais eventos esportivos do mundo não é barato acompanhá-lo. A começar pelas passagens e hospedagem em Paris, cada um cuidando da sua parte. Seja parisiense ou turista brasileiro, o que não tem como fugir é desembolsar uns bons euros para poder acompanhar boa parte dos principais tenistas do mundo.
Assim como em Roland Garros, as entradas são divididas em quatro categorias, começa pelo acesso apenas às quadras externas, depois vem a Simonne Mathieu, em seguida a Suzanne Legnlen e por fim a Philippe Chatrier, única que tem a separação da sessão diurna e noturna.
Com tanta variedade de opções, além das diversas fases do torneio, que acabam encarecendo os ingressos, a variação máxima foi ca bastante grande, com a mais barata ficando na casa dos 24 euros (R$ 150) e a mais cara 420 euros (R$ 2.600).
Os ingressos mais caro, obviamente, são os dos último dia, para a final masculina e as duas últimas partidas das duplas femininas, com a cerimônia do pódio para ambas. Conforme dito, o ingresso mais caro é de 420 euros e o mais barato para o domingo que fecha o tênis olímpico não sai por menos 125 euros (quase R$ 800).
Nas fases iniciais era possível conseguir ingressos não tão caros para as quadras principais. Nos três primeiros dias, as entradas mais baratas na Simonne Mathieu saiam por 50 euros (R$ 310), na Suzanne Lenglen e nas sessões diurnas de Philippe Chatrier dava para encontrar bilhetes por 30 euros (R$ 190).
Comer e beber no complexo também não é barato
Alimentar-se em qualquer tipo de evento nunca é barato e nem sempre há muitas opções, mas o público que compareceu à Roland Garros para os Jogos Olímpicos tinha até que uma variedade razoável no cardápio de lanches, que ia desde iogurte de framboesa a 3,5 euros (R$ 22), até uma salada de macarrão com queijo e abobrinha por 9 euros (R$ 56).
Para se refrescar, há bebedouros espalhados por todo o complexo e dependendo do clima no dia as filas ficam grandes. Quem quiser pegar para beber alguma coisa pode desembolsar 3,5 euros (R$ 22) por uma garrafinha de água mineral (com ou sem gás) ou 5 euros (R$ 31) para tomar um suco de maracujá (artificial), um chá de pêssego (também artificial), ou um refrigerante. No calor do verão europeu, também há uma variedade de sorvetes entre 3,5 e 5,5 euros (entre R$ 22 e R$ 34).
Todas as bebidas são colocadas em um copo oficial, que depois pode ser usado para beber água dos bebedouros espalhados e levado para casa de recordação. Junto da tabela de preços das bebidas, há um aviso que diz que se você escanear o QR Code ao lado pode receber 2 euros devolvendo o seu copo. Confesso que tentei o processo, mas caí em uma página da Coca-Cola falando sobre a sustentabilidade nos Jogos Olímpicos e não achei maiores informações.
A imprensa tem um restaurante separado, conforme falei em outro diário, que compensa bastante para quem quer fazer uma refeição mais robusta. Lá você gasta 19 euros (R$ 119 reais) para comer uma entrada, um prato principal (podendo escolher até três elementos diferentes), uma fruta, uma sobremesa, pão e bebida à vontade.
Lembrancinhas e recordações no complexo
O copo olímpico não é a única lembrança que o público pode levar de Roland Garros, onde há várias lojinhas olímpicas espalhadas. A variedade não é tão grande nos quiosques espalhados pelo complexo, mas no local onde fica a a principal loja de Roland Garros foi montada uma megastore olímpica, com enorme variedade: vestuário, acessórios, chaveiros, pins e mascotes de todos os tamanhos.
A variação de preço é tão grande quanto a quantidade de itens, começando com braceletes e pins olímpico por 5 euros (R$ 31), passando por um agasalho da delegação francesa por 140 euros (R$ 870) e chegando até o mascote de quase um metro de altura, que sai pela bagatela de 800 euros (quase R$ 5 mil).
Quem veio ver o tênis olímpico pensando em levar também um souvenir de Roland Garros acabou saindo de mãos abanando, uma vez que só os itens dos Jogos podiam ser comercializados. Ainda assim, era comum ver muitas pessoas usando roupas e acessórios remetendo ao Grand Slam francês.
Que privilégio estar aí em Roland garros para os jogos olímpicos
Em um evento desse porte, muita coisa é superfaturada. E quando €1 vale mais que R$ 6, aí a coisa complica ainda mais para nós, brasileiros. Nas Olimpíadas do Rio, já fomos preparados. Pagávamos caro até em um copo de 473ml de cerveja. O $ se foi na velocidade da luz, mas pelo menos as lembranças da experiência ficaram.
Tudo vale a pena se a alma não é pequena…FP.
Priante, parabéns pelo texto. Mais uma abordagem interessante sobre o evento.
Tive a experiência de comprar ingressos para três tipos de megaeventos esportivos, a saber, Roland Garros de 2012, Copa do Mundo de 2014 e Olimpíada de 2016. Constatei que o ingresso de aquisição menos difícil e menos onerosa foi para a Olimpíada.
Obrigado, André! Já fui para quatro Jogos Olímpicos (e duas Copas do Mundo), dois como espectador e dois trabalhando. Dá para economizar um pouco aqui e ali, mas não tem como escapar de deixar um dinheiro lá. Sorte grande de quem consegue ter esse privilégio.