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Qualifying do US Open é um show à parte

Há tempos costumo definir o US Open como a Disneylândia do tênis. É, na minha opinião, o mais festivo e eletrizante dos torneios do Grand Slam. Recomendo sempre pelo menos uma sessão noturna no Arthur Ashe… experiência inesquecível. Só que os americanos sempre se superam. E a USTA transformou, nos últimos anos, o qualifying num show à parte. Em 2022 foram mais de 120 pessoas acompanhando os jogos de qualificação entre muitas outras atrações.

O qualy não costuma ser um torneio muito animador e nem sempre merece uma atenção especial. Em Wimbledon, por exemplo, os jogos sequer são disputados no All England Club. A qualificação vai para o clube Roehampton. Lembro que certa vez fui acompanhar uma tenista brasileira e era um gramadão com uma quadra ao lado da outra. E uma delas parecia até um pouco inclinada. Um clima nada animador. Mas vi também que as instalações melhoraram bastante e nesse ano, por exemplo, o símbolo do Grand Slam inglês aparecia por todos os lados, proporcionando aos jogadores e acompanhantes um certo glamour.

Em Roland Garros não é muito diferente. A qualificação é praticamente toda jogada nas quadras que ficam lá atrás da Suzanne Lenglen. Existe até uma espécie de barreira para o público ficar restrito a esta parte do complexo. E a esplendorosa Philipp Chatrier só pode ser admirada de longe.

Ah! mas em Nova York o público é incentivado a visitar a Arthur Ashe, a Louis Amstrong (que já foi o palco principal) ir também ao Grand Stand e testemunhar e conhecer como os grandes astros do tênis se prepararam para um torneio de tamanha importância. Os treinos nessas quadras são liberados ao público.

E tem mais: os ingressos são gratuitos. Mas é necessário fazer um registro no fanpass.usopen.org. Há também a disposição vip seats, cadeiras especiais para ver algumas exibições de lendas do tênis. Ainda pode-se na sexta feira acompanhar o Media Day, quando as maiores estrelas do esporte participam de entrevistas e programas que antecedem a chave principal.

Essa Fan Week é uma atração para toda a família. Em 2023 em comemoração aos 45 anos de parceria da Wilson com o US Open serão distribuídas 40 mil raquetes juniors. Também todos os concessionários do torneio estarão com as portas abertas para almoços, lanches e os famosos drinks da Grey Gosse, em copos que depois viram porta canetas… com as inscrições dos campeões do torneio.

Nas quadras de jogos são duas chaves, masculina e feminina, de 128 jogadores, em busca das 16 últimas vaga da principal. Segundo o entry list que recebi esta semana entre os homens aparecem nomes como Diego Schwartzman, David Goffin, Kevin Anderson, Fabio Fognini e Lucas Pouille, entre outros que frequentaram o grupo dos dez primeiros do ranking da ATP. No tênis brasileiro aparecem Felipe Meligeni Alves e Thiago Wild, entre outros. No feminino, há estrelas como Eugenie Bouchard – semifinalista no AO em RG e finalista em Wimbledon – Vera Zvonareva, Taylor Tousand, Coco Wandeweghe, Kiki Mladenovic, Sara Errani, a grande promessa Brenda Fruervirtova e as brasileiras Laura Pigossi e Carol Meligeni Alves. Além da vaga na chave principal, são distribuidos na qualificação mais de US$ 1 milhão em premiação.

Enfim, por tudo isso, o US Open confirma sua vocação para ser a Disneylândia do tênis…

Jornalista especializado em tênis, com larga participação em diversos órgãos de divulgação, como TV Globo, SporTV, Grupo Bandeirantes de Comunicações e o jornal Estado de S. Paulo. Revela sua experiência com histórias de bastidores dos principais torneios mundiais. Já cobriu mais de 70 Grand Slams: 30 em Roland Garros; 21, no US Open; 18 em Wimbledon; e 5 no Australian Open.
Jornalista especializado em tênis, com larga participação em diversos órgãos de divulgação, como TV Globo, SporTV, Grupo Bandeirantes de Comunicações e o jornal Estado de S. Paulo. Revela sua experiência com histórias de bastidores dos principais torneios mundiais. Já cobriu mais de 70 Grand Slams: 30 em Roland Garros; 21, no US Open; 18 em Wimbledon; e 5 no Australian Open.

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