Nova York (EUA) – Numa temporada atípica como a de 2024, que, em meio ao já intenso calendário do tênis, teve também a disputa dos Jogos Olímpicos de Paris, muitos tenistas vêm enfrentando no últimos o forte desgaste físico e mental que os seguidos grandes torneios proporcionam.
Ao longo desta primeira semana do US Open não foram poucos os jogadores que falaram abertamente sobre a dificuldade de mudar de piso de uma semana para outra e em pouquíssimo tempo já ter um Grand Slam pela frente. Não é de se espantar, portanto, que os dois finalistas olímpicos, Novak Djokovic e Carlos Alcaraz tenham se despedido mais cedo em Nova York, embora pouco tenham jogado desde a decisão em Paris.
Diferentemente do sérvio e do espanhol, que acusaram o desgaste, principalmente mental, o norte-americano Tommy Paul acredita que passou pelo mesmo processo na hora certa, sofrendo com o cansaço pós-Olimpíadas antes de chegar à disputa do seu Grand Slam caseiro. Classificado para enfrentar o italiano Jannik Sinner nas oitavas de final, ele falou sobre o assunto na coletiva de imprensa neste sábado.
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“Acho que os caras que jogaram contra Alcaraz e Novak se destacaram e jogaram muito bem, mas, sinto que passei pelo cansaço olímpico na hora certa, no Canadá e em Cincinnati. Agora me sinto muito bem, me recuperei um pouco. É uma mudança difícil, pois nunca passamos da grama para o saibro [e agora para o piso duro] tão rápido, mas não quero tirar o mérito desses caras. Eles conquistaram essas vitórias e jogaram um tênis incrível”, disse Paul, que foi eliminado na capital francesa justamente para Alcaraz, nas quartas de final.
Número 1 do mundo pela frente
Uma das esperanças da casa para chegar às últimas fases do US Open, o americano também projetou o duelo com Sinner na segunda-feira. Em três jogos realizados contra o rival, ele venceu um e perdeu dois, inclusive o único sobre quadra sintética.
“Fizemos ótimas partidas. Lembro-me de jogar contra ele no saibro, tive até alguns match- points. Na última partida, em Toronto, ele jogou muito bem. Vou tentar fazer com que ele se sinta desconfortável desde o início. Não diria que sou mais ofensivo do que ele, então tenho que me impor e jogar meu tênis mais do que ele o dele”, analisou.
Paul também afirmou que sente bastante entusiasmado em jogar no estádio principal com toda a torcida a seu favor. “Jogarei contra o número 1 do mundo, então não sei se estou pensando muito em aproveitar o momento, mas com certeza é uma oportunidade de jogar no Arthur Ashe Stadium, então estou ansioso por isso. Tenho um jogo difícil pela frente, mas estou animado”, finalizou.