Roma (Itália) – Semifinalista do WTA 1000 de Roma, Qiwen Zheng conseguiu superar Aryna Sabalenka pela primeira vez em sete jogos. Antes do confronto desta quarta-feira, a chinesa tinha apenas um set contra a atual número 1 do mundo. Após a vitória inédita, Zheng avalia que o jogo mais paciente nos ralis de fundo e um bom desempenho no saque foram determinantes para o resultado.
“Claro que estou muito feliz, porque durante todo esse tempo venho tentando vencê-la em quadra. Às vezes cheguei perto, mas nunca consegui até hoje”, disse Zheng após a vitória por 6/4 e 6/3 nesta quarta-feira. “Esta foi a primeira vez que jogamos no saibro, e acho que me sinto mais confortável nessa superfície. Tenho boas experiências jogando nesse piso”, acrescenta a campeã olímpica dos Jogos de Paris.
“Hoje fui mais paciente do que ela. Vi que quando a fazia jogar mais, quando estendia os pontos, levava vantagem. Estou feliz com meu desempenho e por ter conseguido dar esse passo para vencer a número 1 do mundo”, acrescenta a chinesa. Ela liderou a contagem de winners por 19 a 15 e cometeu 20 erros contra 27 de Sabalenka. A chinesa aproveitou três de suas 10 chances de quebra e salvou todos os cinco break-points que enfrentou.
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Zheng revelou também que tinha uma orientação clara desde o início da partida: evitar pontos de graça. “Disse a mim mesma: ‘Não dê pontos fáceis para ela’. Sabia que, quando as trocas de bola se alongassem, eu levaria vantagem. Em outros jogos, costumava entregar os primeiros games com facilidade, e aí já começava 3/0 ou 4/0 para ela. Hoje entrei em quadra com o foco de manter meu saque e impedir que o jogo escapasse tão rápido”.
A chinesa de 22 anos também contou sobre a admiração que tinha por Sabalenka desde a adolescência e como isso influenciou seus primeiros confrontos. “Quando eu tinha 14 ou 15 anos, em 2017, eu a vi jogar em Pequim. Meu pai disse: ‘Olha o forehand dela, o backhand dela’. Por muito tempo, tive respeito demais por ela. Hoje, finalmente, consegui tratá-la como uma jogadora normal, fiquei calma e fiz o que precisava”.
Em busca de sua segunda final de WTA 1000 na carreira, Zheng enfrenta a norte-americana Coco Gauff, número 3 do ranking, nesta quinta-feira às 15h30 (de Brasília). Novamente, a chinesa buscará uma vitória inédita. Gauff venceu os dois duelos anteriores, realizados no ano passado, em Roma e no Finals.
Parabéns!! Jogo de duas exímias jogadoras, de grandes nações que não tinham chances reais de mostrar a força do tênis fora do eixo de sempre dos países tradicionais, que detém os principais torneios (não à toa ganhavam e ganham mais). Um sopro de renovação, sem dúvidas!
Disse a mim mesma: ‘Não dê pontos fáceis para ela’.
Todo jogador ou jogadora de tênis deveria pensar isso ao jogar contra adversários difíceis. Faz uma grande diferença. Não significa não atacar, significa só atacar quando o movimento do ataque flui natural, não é forçado, ou seja, não é atritado, arrastado ou quebrado.
Contra jogadores muito piores, isso já não é tão importante e pode atrapalhar um pouco por tornar os jogos mais longos. Mas também ajuda a criar um bom hábito.
A propósito, fala-se muito em confiança e agressividade como receitas para as vitórias. Acho isso clichês vazios e que induzem a avaliações erradas e que invertem causa e efeito. Excesso de confiança e de agressividade atrapalham, e a falta delas também. O que ajuda é ter a confiança e a agressividade bem equilibradas, com base no auto-conhecimento e na avaliação realista do adversário.
Sabalenka dar a partida de graça para a Zheng com uma dupla falta é demais!
É o que falta pra o brasileiro João Fonseca, paciência…joga muito também
Parabéns, não foi zebra alguma isso, ano passado estava muito bem, dando trabalho pra todo mundo, começou o ano meio difícil, mas usou sua inteligência e principalmente paciência! A gente gosta de ver as vencedoras, mas tem hora que enjoa só uma vencendo, foi bom pra quebrar um pouco a rotina da Sabalenka, mas ainda vai reinar por mais tempo, assim como foi com a Iga, até começar a cair, como tudo que sobe, desce algum dia!
A Qiwen Zheng teve atitude das grandes jogadoras que é fazer uma analise de si própria, estudar a sua adversária e buscar alternativas para superá-la. Ela foi bem sucedida nas quartas de final, mas tem um outro tabu a quebrar para chegar na final. Acredito que a semifinal contra a Coco Gauff será um grande jogo e que vença a que tiver melhor desempenho.
Acho que sabalenka não tava muito afim,deve estar se poupando para rolam garros