Para Iga, estilo agressivo de Keys fez a diferença nos pontos importantes

Foto: Tennis Australia

Melbourne (Austrália) – Depois uma semifinal equilibradíssima nesta quinta-feira no Australian Open, Iga Swiatek deu todos os méritos à norte-americana Madison Keys pela vitória e a classificação para a final. A polonesa chegou a ter um match-point, quando sacava para o jogo no último set, mas Keys conseguiu se salvar com uma ótima devolução. Para a número 2 do mundo, o estilo agressivo de Keys e seus ótimos saques em pontos importantes, como aconteceu no tiebreak final, fizeram a diferença.

“Acho que no final Madison foi mais corajosa em suas decisões e me pressionou quando precisou”, disse Swiatek após a derrota por 5/7, 6/1 e 7/6 (10-8) nesta qunta-feira. “Acho que joguei bem, mas ela jogou melhor. O jogo dela foi perfeito! Ela fez o que deveria fazer e merece totalmente estar na final”.

“No final, uma ou duas bolas fizeram a diferença. O jogo teve muitas trocas de liderança e de momento e ela estava arriscando mais”, acrescentou a vice-líder do ranking, que poderia voltar ao número 1 em caso de título em Melbourne. Ela sofreu sua segunda derrota em seis jogos contra Keys no circuito profissional.

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“Ela sempre conseguia sair de momentos de perigo com o saque, enquanto eu não consegui sacar bem. Depois do segundo set, eu só queria esquecer o que passou e focar no meu próprio jogo. No primeiro e no terceiro, senti que estava jogando bem, talvez não 100%. Fiz tudo o que pude”, complementou.

Swiatek não havia perdido sets nos jogos anteriores e só havia cedido 14 games, mas teve muita dificuldade com o saque e também com o forehand na semifinal. Eu diria que não estava me sentindo tão livre quanto nas partidas anteriores para também pressionar nos momentos importantes”, avaliou “Pode ser pelo fato de jogarmos à noite, em que o quique de bola não é tão alto, mas também porque o ritmo de jogo dela era diferente em comparação com as outras adversárias.

Perspectivas positivas para o futuro

Vencedora de cinco títulos de Grand Slam, quatro em Roland Garros e mais um no US Open, a polonesa de 23 anos ainda busca uma conquista inédita na Austrália. Esta foi a segunda vez que ela perdeu na semi, como já havia acontecido em 2022. E apesar da frustração pela derrota, as perspectivas para o restante do ano são boas.

“Acho que se eu continuar trabalhando duro, terei mais chances no futuro, e talvez eu as aproveite, já que não aproveitei meu match-point hoje”, afirmou. “No geral foi bem positivo. Estou me sentindo melhor aqui do que nos últimos anos. Ter jogado a United Cup sempre traz emoções positivas. Já aqui, tive um pouco mais de tensão, mas saio com mais sinais positivos para o restante da temporada”.

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Victório Benatti
Victório Benatti
19 dias atrás

A Iga mudou de treinador.
Então espera-se dela que tenha uma evolução gradual e bem significativa no seu saque, que ao meu ver, é seu ponto fraco. Aumentar também um pouco a potência dos seus golpes, tanto de direita quanto de esquerda, seria ótimo.
Nesta partida contra a Keys, a qualidade do saque da Keys fez toda diferença.

Helton
Helton
19 dias atrás

As americanas tiraram as chances de título da Iga na Austrália, pois perdeu pra Gauf na United Cup e pra Keys no Austrália Open.

Carlos Alberto Ribeiro da Silv
Carlos Alberto Ribeiro da Silv
19 dias atrás

A pressão maior estava com a Iga pela possibilidade de voltar ao nº 1 do ranking e pelo histórico anterior contra a Keys. A americana não tinha muita pressão porque qualquer resultado que viesse pra ela seria lucro. Além disso, a Keys está mais madura e forte mentalmente e por isso conseguiu equilibrar o jogo e superar a Iga nos pontos importantes. O resultado vai servir de aprendizado para a Iga e foi um prêmio para a Keys. Agora, o desafio da americana será enorme, porém a responsabilidade maior de ganhar estará com a sua adversária.

JClaudio
JClaudio
18 dias atrás

A Iga tem um baita problema, se ela tivesse perdendo para uma tenista, tudo bem
, o problema é que nos últimos seis torneios da WTA (fora os jogos pela Polônia), ela perdeu para seis jogadoras diferente.
Mostra que qualquer jogadora pode vence-la, numa fase decisiva.

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
18 dias atrás
Responder para  JClaudio

Ela fez mudança radical em seu Time , querendo melhores resultados nas duras . E mesmo num dia pouco inspirado , perdeu no detalhe, no seu melhor resultado em Melbourne. Demanda tempo para aparecer melhorias com mexidas radicais . Estão pedindo a cabeça de Ferrero, que de acomodado não tem nada . O Treinador contratado para o Time , levou Carreno Busta a resultados inacreditáveis. O Serviço alterou até o toss , e mais peso na raquete , tudo isso às vésperas do AOPEN. Ao menos pra mim , Alcaraz está no mesmo caso de Iga , com a vantagem de ser dois anos mais jovem ( 21 a 23 ) . Abs !

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