Paolini busca grande virada e disputa 2ª final seguida de Slam

Foto: Joel Marklund/AELTC

Londres (Inglaterra) – Abrindo as semifinais de Wimbledon nesta quinta-feira, a italiana Jasmine Paolini mostrou mais uma vez que é uma lutadora. Após começar mal contra a croata Donna Vekic, ela continuou tentando e acabou premiada. A número 7 do mundo buscou uma incrível virada após marcar parciais de 2/6, 6/4 e 7/6 (10-8), em 2h51 de jogo, o mais longo em uma semi no torneio.

Atual número 7 do mundo, sua melhor colocação no ranking até então, Paolini será top 5 com a campanha no All England Club, alcançando o quinto lugar independente do resultado final. Sua adversária na decisão sairá da segunda semi do dia, que de um lado terá a cazaque Elena Rybakina, campeã do torneio em 2022, e do outro a tcheca Barbora Krejcikova.

Paolini nunca havia disputado uma partida de quartas de final em Grand Slam antes da atual temporada e agora já tem duas finais seguidas no currículo. Vice-campeã em Roland Garros, ela é apenas a quinta nos últimos 25 anos e alcançar a decisão em Paris e em Londres em sequência, repetindo Steffi Graf (1999), Serena Williams (2002, 2015 e 2016), Venus Williams (2002) e Justine Henin (2006).

Ainda em busca de uma conquista inédita em Grand Slam, Paolini é a primeira italiana da Era Aberta a jogar duas finais em torneios diferentes (Roland Garros e Wimbledon). Ela também é a primeira tenista de seu país não apenas a chegar na decisão no All England Club, mas a passar das quartas, fase em que as italianas amargam um retrospecto negativo de 0 a 4.

Desbravando a grama em 2024

Embora esteja na final de Wimbledon neste ano, Paolini tinha um histórico pífio na grama até o começo do ano, piso sobre o qual não havia conquistado uma vitória sequer em nível WTA até então. Aproveitando a grande fase, ela soma agora oito triunfos na grama nos últimos nove jogos disputados e está na final de Wimbledon.

Seu primeiro resultado positivo na grama veio no WTA de Eastbourne, onde bateu a belga Elise Mertens na estreia e depois foi até as semifinais, perdendo apenas para a russa Daria Kasatkina, que depois acabou conquistando o título do torneio.

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Vivendo a melhor temporada de sua carreira, a italiana de 28 anos é a tenista que mais jogos venceu em Grand Slam nesta temporada. Derrotada nas oitavas no Australian Open e depois finalista em Wimbledon e Roland Garros, ela chegou à 15ª vitória ao bater Vekic na semi.

Vekic larga bem, mas Paolini se recupera

Muito sólida com o saque, cedendo apenas três pontos à rival (84% de aproveitamento), Vekic dominou o primeiro set, no qual anotou os mesmos 9 erros não forçados que Paolini, mas teve mais que o dobro de bolas vencedoras (12 a 5). Com volume de jogo muito maior do que a italiana, ela anotou duas quebras seguidas e saiu de 1/2 para fechar por 6/2 e abrir 1 a 0.

Batalhadora, a italiana não desistiu e fez o que pôde na segunda parcial, tentando variar mais o jogo. A estratégia deu certo e Paolini igualou a disputa. Depois de salvar um break-point no terceiro game, perder um no quarto e salvar outro dois no quinto, ela conseguiu uma quebra na reta final, bateu o saque de Vekic no 10º e último para empatar o jogo.

Partida fica emocionante na reta final

O terceiro set começou com a croata vencendo os dois primeiros games e deixando escapar um break-point no terceiro. Paolini devolveu a quebra no sexto, perdeu o saque novamente no sétimo, mas buscou a igualdade em seguida. A partida ficou totalmente aberta e com chances para ambos os lados a partir de então. Vekic salvou dois match-points (no 10º e 12º games) e deixou escapar dois break-points no 11º game.

A definição foi para o tiebreak, que no terceiro set é em melhor de 10 pontos, e Paolini levou a melhor, selando sua grande virada na semifinal feminina mais longa da história de Wimbledon. A italiana teve 16 winners a menos (26 a 42), mas compensou com 25 erros não forçados a menos (32 a 57) e melhor aproveitamento nos break-points, com 43% contra 27% da croata.

14 Comentários
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jOÃO TENNIS FANS
jOÃO TENNIS FANS
2 meses atrás

Meu pai do céu, que vitória da Paolini. Torci demais por ela! Segunda final de Slam consecutiva, que incrível! Agora, quem sabe o título. Provavelmente será contra a Ribakina. Será um jogão!

SANDRO
SANDRO
2 meses atrás

JASMINE PAOLINI deu uma AULA para tenistas que querem ser TOP 20 do que é não DESISTIR NUNCA!!! Não importava a adversidade, JASMINE disse que pensava PONTO A PONTO, e tentava sempre encontrar soluções para sair dos vários BREAK POINTS que ameaçaram seus “games” de serviço nesta semifinal incrível, ganha na raça, no coração, de uma tenista que demonstrou “NÃO DESISTIR NUNCA” do jogo!!!

JBG
JBG
2 meses atrás

Depois que Beatriz Haddad Maia em M1000 Dubai início do ano ganhando de 5×0 da Jasmine Paolini e levou aquela virada épica, ressuscitou “O acreditar da Paolini dentro do circuito” que veio a conquistar seu maior feito até então o título, senão me engano estava com ranking bem baixo na ocasião. Por conta da Bia naquele jogo acredito que mentalidade de acreditar da Jasmine Paolini mudou e muito. Nasceu uma nova jogadora dali adiante, olha onde ela foi parar ganhando aquele jogo, agora se Bia tivesse confirmado a vitória, talvez não teríamos uma Jasmine Paolini n° 5 com tanta garra, força mental, disciplinada, disposta a mudanças em seu jogo sem teimosias, confiante que é possível, na minha humilde opinião disparado maior revelação do ano. Tem vice de Roland Garros contra Swiatek e pode fazer história com mais uma final, inclusive com maiores chances desta vez de ser campeã, porque esse piso é muito imprevisível. Sensacional sua ascensão e trajetória, lembrando começou lá em Dubai contra Bia.
Parabéns! Jasmine Paolini merecida final e fazendo história desde Serena Willians em dois pisos Clay e Grass seguidos.

Roberto
Roberto
2 meses atrás
Responder para  JBG

E eu ainda pensei como pode a Bia perder para essa jogadora, tá aí a resposta.

DENNIS SILVA
DENNIS SILVA
2 meses atrás

A parte física decidiu a partida

SANDRO
SANDRO
2 meses atrás

Repetir FINAIS consecutivas na mesma temporada em ROLAND GARROS e WIMBLEDON, se equiparando a estrelas como MARGARET COURT, STEFFI GRAF, JUSTINE HENIN e as IRMÃS WILLIANS, não é para qualquer tenista. Tudo isso jogando a semifinal feminina mais longa da história de Wimbledon… Parabéns JASMINE PAOLINI !!!

Ronildo
Ronildo
2 meses atrás

Jogão. Estava torcendo para a Vekic, mas é inegável que Paolini está num momento melhor, jogando muito solta, sem auto-cobrança.

Alex William
Alex William
2 meses atrás

É A FASE esta confiante tem 28 anos nao é nenhuma novata , esse ano esta sendo magico pra ela com rank e Prize money a grana que ela levantou esse ano ja garante uma boa aposentadoria , para quem ate ano passado era jogadora de WTA 125 e 250 … e ainda tem mais lenha pra queimar , se ela vai manter o nivel nao sabemos se ela vai voltar pro rank medio dela só o tempo ira dizer mas fico feliz em ver essa evolução mesmo que tardia da atleta entao aproveita se divirta e se possivel vença vc mereçe ! Estarei na torcida Paolini … lembrando que vejo era e a dinossauro da errani como favoritas para olimpiadas …

Antonio Brasil
Antonio Brasil
2 meses atrás

Bela vitória da italiana.
Não gosto de criticar comentários de profissionais das respectivas áreas pelas quais atuam, mas a Teliana Pereira, hoje, na transmissão da ESPN, torceu de maneira exagerada para a croata Donna Vekic.
Todos sabemos que os profissionais da área esportiva têm as suas preferências, mas no momento da transmissão de um evento, devem se manter isentos.

Andre Borges
Andre Borges
2 meses atrás
Responder para  Antonio Brasil

Devem? Onde tá escrito? Quero dar uma olhada nessa regra

Viviane
Viviane
2 meses atrás

Ótimo jogo! Muita tensão, luta, emoções a flor da pele, jogo decidido nos detalhes. Confesso que não acreditava na vitória da Paolini, pois a Vekic estava muito bem, apesar do visível cansaço.
Paolini chega a sua segunda final de gs em pisos diferentes. Vamos ver se agora ela muda a escrita e fatura seu primeiro grand slam!

Flávio
Flávio
2 meses atrás
Responder para  Viviane

É verdade que ela tem chance, mas eu acho que Ribakina ou Krejikova deve ter mais chance de vencer porque estavam em uma chave difícil e quem sobreviver entre elas chega com moral na final.

Fernando Romero
Fernando Romero
2 meses atrás

Paolini nota mil. Mas a Donna “Hardy” Vekic tem que levar nora zero. “Oh céus, oh Deus, como sou infeliz!”. Baixo astral raro de se ver. Se não gosta de jogar, que fique em casa.

Fernando Romero
Fernando Romero
2 meses atrás

O Pacciaroni deveria suspender os treinamentos de quadra e fazer a Haddad Maia assistir o vídeo do jogo de hoje 5 vezes por dia, durante uma semana

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