Osaka desabafa em público: “O que diabos está acontecendo?!”

Naomi Osaka (Foto: Jeff Dean/ Cincinnati Open

Cincinnati (EUA) – Depois de  disputar um qualifying do WTA Tour pela primeira vez desde 2018, no Cincinnati Open, a ex-número 1 do mundo Naomi Osaka foi sincera sobre seu jogo quase oito meses após seu retorno da licença-maternidade.

Osaka ganhou de Anna Blinkova na primeira partida do quali, mas perdeu da americana Ashlyn Krueger, de 20 anos, na rodada final, por 6/3, 2/6 e 6/3, ficando fora da chave principal do WTA 1000. Osaka liderava por 3/1 o set final antes de perder os últimos cinco games.

A quatro vezes campeã do Grand Slam tem 18 vitórias e 15 derrotas em 2024 e figura em 90º lugar no ranking mundial. Ela chegou ao Top 100 no final de julho após começar seu retorno em janeiro, classificada abaixo do número 800.

“Meu maior problema atualmente não são as perdas, meu maior problema é que não sinto que estou no meu corpo”, escreveu Osaka na terça-feira. “É uma sensação estranha, errar bolas que não deveria errar, acertar bolas mais suaves do que eu lembrava que costumava. Tento dizer a mim mesma: ‘Está tudo bem, você está indo muito bem. Apenas supere isso e continue se esforçando’, mas mentalmente está realmente drenando. Internamente, ouço a mim mesma gritando: ‘O que diabos está acontecendo?!?!'”, desabafou aberta e sinceramente em sua conta no Instagram. Osaka, que deu à luz a filha Shai em julho do ano passado.

“Isso me assusta porque jogo tênis desde os 3 anos, a raquete deveria parecer uma extensão da minha mão”, escreveu Osaka. “Não entendo por que tudo tem que parecer quase novo de novo. Isso deveria ser tão simples quanto respirar para mim, mas não é, e eu realmente não me dei por satisfeita com esse fato até agora.”

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Leonardo
Leonardo
1 mês atrás

Quem é tenista de clube, se faz aula 1 ou 2x por semana, fica com um jogo normalmente muito mais afiado que que não faz aula e só joga, mas não dá para perceber muito. No nivel profissional é outra coisa. Os jogadores treinam 6 a 8 hora por dia, parte fisica, e boa parte em quadra, aprimorando golpes, mecanizando movimentos. A diferença de um jogador top 10 para top 100 não é tanto os golpes que produzem, todos saber jogar e tem excelentes golpes. A diferença está no ajuste fino, o golpe matador no momento importante, manter o nivel alto, bola profunda com risco por todo o jogo, a força mental para arriscar correto nos pontos decisivos. Ficar parada uns 2 anos, e voltar depois da maternidade é complicado. O tenis está lá, a habilidade está lá. Mas o preparo fisico já não é o mesmo, os golpes não tem mais a mesma potencia e regularidade, a confiança vai embora. É escalar a montanha de novo, sair do estado top 100, top 200 e voltar para o nivel top 10. Tem que ter muita força de vontade para trabalhar com paciencia e dedicação para retornar perto do nivel que tinha antes.

André Borges
André Borges
1 mês atrás
Responder para  Leonardo

Perfeito

João Sawao ando
João Sawao ando
1 mês atrás
Responder para  Leonardo

E isso aí mesmo

Marcos RJ
Marcos RJ
1 mês atrás
Responder para  Leonardo

Ótimo comentário!

João Sawao ando
João Sawao ando
1 mês atrás

Acontece que as outras tenistas também jogam bem…simples.é isso

O realista
O realista
1 mês atrás

É o fator idade pesando. Ela não vai ter a mesma agilidade de 20 anos e precisa se adequar seu jogo para tal

Paulo H
Paulo H
1 mês atrás

Se ela não entender que precisa se esforçar como se estivesse entrando no circuito pela primeira vez (como fizeram Murray e Nadal, por exemplo) não vai conseguir sair desse buraco e a aposentadoria definitiva virá rapidamente. O nome nunca venceu partida alguma e agora, com essa geração batendo mais pesado, menos ainda.

Ramiro
Ramiro
1 mês atrás

acho procedente o que Leonardo fala. E eu repito aqui o que já mencionei uns dias atrás:
Ela recomeçou a competir com só (somente) 6 meses depois de ter parido. Outras jogadoras demoraram bem mais (1 ano no mínimo). O corpo duma mulher demora em reestabelecer-se, E suas fibras interiores tardam em recuperar sua completa fortaleza física. Mamãe-Osaka colocou o carro na frente dos bois…. Agora quer exigir de seu corpo o que ele ainda não consegui (por isso ela fala: “sinto que não estou no meu corpo”).
Vai demorar, ainda em tempo (Muitas atletas estão brilhando aos 28 ou 29 anos)

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