O que esperar da volta de ex-líderes do ranking?

Entre as anunciadas voltas ao Tour em 2024, não restam dúvidas de que a de  Rafael Nadal é a que guarda maior expectativa. Mas também outros líderes do ranking estarão em ação nas quadras da Oceania, como Naomi Osaka e Angelique Kerber. Ambas vindas de uma espécie de licença maternidade, entre outras questões. Sem contar ainda com Caroline Wozniacki, que retorna ao Australian Open, onde foi campeã.

Para mim, Nadal irá fazer um Tour de Despedida, assim como os grandes astros do rock e por que não também do esporte? Claro que um jogador da qualidade do espanhol não vai entrar em quadra para perder. Só que o tempo fora de ação e a atual velocidade do jogo podem comprometer seu desempenho.

Para evitar qualquer desastre, Nadal, de conhecida determinação, está realizando uma consciente preparação. Esta semana, por exemplo, está o Kuwait, em uma de suas academias, treinando ao lado da revelação francesa Arthur Fils, de 19 anos.

Apenas como curiosidade, lembro que quando Gustavo Kuerten também resolveu voltar às quadras para uma série de despedidas, o jornal francês L’Equipe colocou em dúvida o gesto da Federação Francesa de Tênis em conceder um wild card ao brasileiro. A argumentação era de que um Grand Slam é evento muito importante para dar lugar a ‘festinhas de despedida’. Mas ao final da história o jornalista teve de dar a mão a palmatória ao reconhecer que o tricampeão de Roland Garros deu um verdadeiro show em seu último jogo oficial e território francês.

Por ora ainda não vi ninguém questionando a volta de Nadal. Há sim uma ansiedade muito grande. Seja lá onde eu estiver, sempre tem alguém perguntando o que acho desse retorno. Sinceramente admito que será muito difícil, em especial nos primeiros jogos. Aprendemos que nunca deve se duvidar da capacidade de Nadal e, por isso, o melhor é aguardar.

Em suas últimas declarações, Nadal tem sido bastante cauteloso. Não cria grandes expectativas, porém não se pode negar que dentro de sua grandeza existe a possibilidade de muito sucesso, apesar de seus 37 anos e o longo histórico de lesões. É interessante que um tenista de tanto sucesso, que não tem mais nada a provar, faça enormes sacrifícios, como agora, para encarar o clima de competição. Como ele mesmo diz, está cercado de gente competente e o touro Miura ainda está firme e forte…

Nos casos de Osaka e Kerber, a japonesa tem força suficiente para ameaçar as atuais líderes do ranking. Vai sim causar estragos nas chaves dos principair torneios. Já a alemã não deve repetir os feitos de quando foi número 1 da WTA.

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Ubiratan (Black)
9 meses atrás

Para mim, de todos aí, a Wozniacki já mostrou que está em condições de avançar nos torneios, sobretudo ganhando mais ritmo com o tempo. Em poucos torneios mostrou evolução, finalizando com oitavas no US Open.
A Svitolina que já voltou e mostrou a que veio foi meu voto de melhor retorno na enquete. Talvez por ser mais jovem conseguiu ótimos resultados por sustentar mais a questão física. Trouxe essa referência para dizer que entendo, assim, que a Osaka também tem grandes condições de se posicionar bem no ranking por ser ainda jovem.
Todos não tem mais o que convencer, já mostraram o alto nível que tem, mas o problema do retorno é se o físico vai acompanhar. Daí a maior incógnita e expectativa é para o Nadal, obviamente.

Vitor Façanha
Vitor Façanha
9 meses atrás

Nao entendi esse ~ descaso ~ com a Kerber

Zan
Zan
9 meses atrás
Responder para  Vitor Façanha

Chiquinho podera confirmar, mas creio que o fato de Kerber ter quase idade do Nadal, e nao ter tido boas atuaçoes antes da pausa, tornem seu caso um pouco diferente da situaçao de Osaka, e sejam os motivos da pouca expectativa em relaçao à alemã

Carlos H Mann
Carlos H Mann
9 meses atrás

Bom, Nadal, espero que a tour de despedida do Nadal não seja como a dos roqueiros. Elton John e Rolling Stones fizeram umas 30. Elton jura que a atual é a definitiva. David Bowie também se despediu pela primeira vez, em 1973, quando Ziggy Stardust deu adeus. E só parou quando o coração quase o fez parar em cima de um palco, na Alemanha, em 2004.
Aos poucos, os grandes saem de cena, mas Rafa fez muito mais pelo esporte do que deveria e imaginava. Que ele se divirta um pouco, sem dores. As cortinas estão se fechando, dira Fiori Gigliotti.

Jorge Luiz
Jorge Luiz
9 meses atrás

Chiquinho, o maior torcedor do Nadal, irá sofrer muito com a despedida de seu ídolo

Evaldo Moreira
9 meses atrás

Prezado Chiquinho Leite, boa noite
Não sei se você já fez um post sobre a romena Simona Halep, poderia me dizer na visão ótica, em que concerne, sobre essa polêmica dela, para provar a sua inocência.
Do ponto de vista de sua experiência, você que ela de fato é inocente?
Se ela estivesse em atividade, vc acreditaria que iria longe nos torneios e confrontar Iga por exemplo?
Abraços, excelente matéria, torcendo muito por touro miura vir firme e forte.

Evaldo Moreira
9 meses atrás
Responder para  Chiquinho Leite Moreira

Obrigado Chiquinho pelo retorno de resposta, e sim, vamos torcer para o retorno dela, uma ótima tenista sem dúvida.

horacio nelson wendel
horacio nelson wendel
9 meses atrás

Serena Williams, Elina Svitolina, Vitoria Azarenka, Naomi Osaka, Caroline Wozniack e Angelique Kerber estragaram suas carreiras. Só deveriam ser mães após a aposentadoria, afinal, elas nao se aposentam aos 60 anos de idade. https://tenisbrasil.uol.com.br/quadras-publicas

Jornalista especializado em tênis, com larga participação em diversos órgãos de divulgação, como TV Globo, SporTV, Grupo Bandeirantes de Comunicações e o jornal Estado de S. Paulo. Revela sua experiência com histórias de bastidores dos principais torneios mundiais. Já cobriu mais de 70 Grand Slams: 30 em Roland Garros; 21, no US Open; 18 em Wimbledon; e 5 no Australian Open.
Jornalista especializado em tênis, com larga participação em diversos órgãos de divulgação, como TV Globo, SporTV, Grupo Bandeirantes de Comunicações e o jornal Estado de S. Paulo. Revela sua experiência com histórias de bastidores dos principais torneios mundiais. Já cobriu mais de 70 Grand Slams: 30 em Roland Garros; 21, no US Open; 18 em Wimbledon; e 5 no Australian Open.

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