O melhor ainda está para vir é o destaque internacional

Uma frase chamou atenção logo após a derrota de João Fonseca para o italiano Lorenzo Sonego, confortando o certo clima de desânimo: “o melhor ainda está para vir”. Este é o destaque internacional, como reconhecimento do jovem tenista brasileiro, que não  se deve abalar com o resultado, mas sim lembrar com orgulho da sua primeira participação na chave principal de um torneio do Grand Slam, como o Aberto da Austrália.

Na realidade tudo parece ser mesmo uma questão de tempo para as previsões sobre Fonseca se concretizarem. Afinal, nomes como Novak Djokovic, Carlos Alcaraz e o sempre crítico John McEnroe não podem estar completamente errados em seus comentários. Sem falar da enorme repercussão na mídia internacional, já tratando o brasileiro como um astro do tênis.

O dia não foi realmente muito bom para Fonseca. Mesmo tendo vencido o primeiro set parecia bastante preso, distante de sua forma agressiva e solta de jogar. Mas, mesmo assim, deu provas de uma maturidade precoce ao quase vencer um jogo, em partida que não esteve bem, não jogou dentro seu nível habitual. Existe uma verdade no tênis profissional: a de que os melhores jogadores do circuito internacional possuem como característica a de saber vencer, mesmo com uma atuação ruim. E, por isso, valeu a experiência, pois com apenas 18 anos, quase repetiu feitos de astros já consagrados.

Há um convencimento geral que o futuro de João Fonseca será promissor. Tem praticamente todos os ingredientes de um grande jogador, como concentração, maturidade, físico, técnica super apurada, mas, é claro, a experiência só vem com o tempo.

O próprio Fonseca depois do jogo, com humildade e sinceridade, reconheceu que estes últimos dias foram excepcionais, com 14 vitórias em 15 jogos. Admitiu que esteve abaixo do seu normal, que o saque não funcionou como das outras vezes e, ainda assim, equilibrou e teve chances diante de um top 50. Sem dúvida um belo aprendizado que o jovem talento brasileiro deve usar em suas próximas competições. Além disso, já tem o respeito de todos e promete um futuro brilhante.

Subscribe
Notificar
guest
12 Comentários
Oldest
Newest Most Voted
Inline Feedbacks
Ver todos os comentários
Ricardo
Ricardo
25 dias atrás

Perdeu lutando, sem falar besteira, sem quebrar raquete, sem desmerecer o adversário e fazendo uma excelente auto-análise. Dá gosto torcer. Parabéns !

Paulo H
Paulo H
25 dias atrás

Assino embaixo, tem presente e futuro brilhantes. Já mostrou que é excepcional e jogar contra os grandes só vai aprimorar e melhorar o seu jogo.

Andre V
Andre V
24 dias atrás

João evoluindo demais, ainda acho que precisa trabalhar ainda mais a parte física pra suportar estes jogos em 5 sets…já houve grande evolução do Rio Open passado pra agora, porem os desafios serão maiores daqui pra frente.

Tadeu
Tadeu
24 dias atrás

Melhor que 108 com ctz!!!

Marco Aurelio
Marco Aurelio
22 dias atrás
Responder para  Tadeu

JF chegará ao TOP 6 em 2025.

JClaudio
JClaudio
24 dias atrás

Olá Chiquinho, a imprensa especializada sempre cita John McEnroe como uma opinião abalizada sobre o futuro do jovem brasileiro.
Fica parecendo uma justificativa para, quem sabe, um “assodamento” jornalístico.
McEnroe foi o mesmo que disse nunca ter visto um canhoto com mãos tão talentosas (com uma raquete) como Donald Young (na época pupilo dele), o futuro o desmentiu.
Na NBA vemos toda semana um ex ídolo afirmando sobre a qualidade e o futuro de determinado atleta novato (a maioria não vinga, o que é normal, Jordans não aparecem todos os dias).
O pessoal erra mais que acerta, já vi entrevista do Djokovic elogiando e garantindo o futuro de vários jogadores jovens (o último foi o português Farias, Djokovic disse do enorme talento e que será um jogador diferenciado).
A comoção criada pelo “nascimento” de um jogador de tênis brasileiro, passa pelos formadores de opinião, hoje numa ressaca grande.
Assisti os jogos do Fonseca pela ESPN, li as colunas do Dalcim, Cossenza, Chiquinho, German, Meligieni, Bastos, Medrado, Teliana, bastante gente, em comum, uma cobertura baseado no desejo, naquilo que ainda não podemos ver (resultados), sabemos que o lúdico e o jornalismo não combinam.

“Quando a lenda é maior que o fato, publique-se a lenda”
(No caso do João, foi feita a cobertura da “lenda” e não do fato)

João Sawao ando
João Sawao ando
23 dias atrás
Responder para  JClaudio

Cláudio temos que esperar até os 25,27 anos para ver que bicho que dá…..ele gosta mais de quadras rápidas o que abre o leque de opções de torneios….ao,usopen, Wimbledon,Miami,indian wells….

Thadeu
Thadeu
23 dias atrás
Responder para  João Sawao ando

Chiquinho, gostaria de saber sua opinião se a escolha para gerenciar a carreira do João Fonseca foi correta ou equivocada?

Na minha modesta opinião acredito que o ideal seria com o grupo de Roger Federer, apesar de todo e inegável talento do Nosso Brasileiro, devemos lembrar que o lado mental e importantíssimo, ainda mais nesse esporte individual, sendo que a virada de chave na carreira do Roger, foi inegavelmente quando através de um trabalho excepcional psicólogo, ele se acalmou nas quadras e os resultados vieram em profusão, realmente não estou dizendo que os dois se parecem nesse sentido de descontrole nas quadras no início de carreira, porém certamente a equipe de Federer com absoluta certeza lhe proporcionaria um acréscimo sem duvida nesse aspecto mental. O que acha a respeito?

Thadeu
Thadeu
21 dias atrás
Responder para  Chiquinho Leite Moreira

Muito obrigado Chiquinho, torceremos juntos pelo garoto, o tenis Brasileiro depois do Maria Ester Bueno e Guga, estava mesmo merecendo aparecer alguém com um talento tão promissor, que nos da a certeza que temos uma jóia rara, que com muito trabalho, dedicação e uma boa equipe por de trás o assessorando nesse esporte tão lindo que é o Tênis, esperamos de coração que com o passar do tempo o João, que pelo que vem mostrando em inicio de carreira com apenas 18 anos, se torne realmente um jogador com um futuro brilhante e fantástico. Abs

Marcos Antonio Vargas Pereira
Marcos Antonio Vargas Pereira
23 dias atrás

Eu tenho comigo enquanto jogador amador que ganha e perde jogos, não gosto muito de análises do tipo perdi para mim mesmo , sempre há um adversário do outro lado que venceu o jogo. Só se perde para si mesmo jogando paredão. Mesmo que voce internamente se analise e encontre os seus pontos fracos no jogo, acho que deveria no máximo dividir com a equipe. Tirando isto , também acho que o João vai longe , até porque ele é versátil e consegue se adaptar a todos os pisos. Além é claro da maturidade precoce.

Michel Zonenschein Lafer
Michel Zonenschein Lafer
22 dias atrás

João jogou bem mal, errou muito, porém teria ganho se o Sonego não tivesse jogado tão bem! Fiquei feliz de ter sido um jogador como ele a ter batido o João, joga com habilidade, variação, gostei muito.
Abs

Jornalista especializado em tênis, com larga participação em diversos órgãos de divulgação, como TV Globo, SporTV, Grupo Bandeirantes de Comunicações e o jornal Estado de S. Paulo. Revela sua experiência com histórias de bastidores dos principais torneios mundiais. Já cobriu mais de 70 Grand Slams: 30 em Roland Garros; 21, no US Open; 18 em Wimbledon; e 5 no Australian Open.
Jornalista especializado em tênis, com larga participação em diversos órgãos de divulgação, como TV Globo, SporTV, Grupo Bandeirantes de Comunicações e o jornal Estado de S. Paulo. Revela sua experiência com histórias de bastidores dos principais torneios mundiais. Já cobriu mais de 70 Grand Slams: 30 em Roland Garros; 21, no US Open; 18 em Wimbledon; e 5 no Australian Open.

Comunicar erro

Comunique a redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nessa página.

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente ao TenisBrasil.