O retorno de João Fonseca ao Rio Open esteve longe do que todo mundo esperava. Incluindo ele próprio. O campeão de Buenos Aires pareceu com dificuldade para achar o ritmo ideal, foi extremamente impreciso e apressado no primeiro set e, quando enfim conseguiu trabalhar melhor com o primeiro saque e equilibrar a partida, o francês Alexandre Muller já estava cheio de confiança.
Sem meias palavras, Fonseca disse que entrou nervoso demais em quadra, diante da pressão por resultado e diante do estádio praticamente lotado. Admitiu que teve medo de como enfrentaria toda a nova situação e isso explica a forma afoita como jogou toda a primeira série, com poucos momentos de lucidez e controle da bola.
Dono de um talento notável, o carioca conseguiu endurecer o segundo set, principalmente porque sacou bem melhor e assim conseguiu usar o poderoso forehand e as paralelas de backhand para abrir buracos na forte defesa francesa.
Muller, diga-se, merece todos os elogios. Jamais se importou com o público ruidoso e participante, fez devoluções espetaculares, foi muito oportuno nas deixadinhas – um antídoto cada vez mais frequente contra Fonseca – e manteve-se sólido na base, aguentando a pancadaria o tempo todo.
Antes que haja qualquer crítica, torna-se imperioso salientar que esse momento tão instável de Fonseca é absolutamente normal para quem acabou de fazer uma campanha inesperada e histórica. Virou megaestrela justamente dois dias antes de voltar ao Jockey Club, onde brilhou tanto no ano passado, e precisou encarar esse turbilhão de emoções.
Em qualquer nível, o tênis é acúmulo de experiências, boas e ruins, e Fonseca garantiu saber disso. A lição de como administrar expectativas e adversários ousados é apenas mais um capítulo que ele teve e terá de passar ao longo desta temporada.
Monteiro mostra garra
Como a dura missão de defender as quartas de final e assim se manter na importante faixa do top 100, Thiago Monteiro deu um show de resiliência em sua estreia no Rio Open, ao se sair melhor no duelo de canhotos contra Facundo Diaz, e agora é nosso único representante na chave de simples.
Monteiro não ganhava uma partida de ATP desde julho do ano passado e arrancar a virada tão desgastante foi considerada “mágica” por ele, que tem um histórico de grandes atuações no Jockey Club. Seu adversário agora será o taiwanês Chun Hsin Tseng, 125º do ranking, o que abre boa perspectiva de repetir a campanha de 2024.
Na mesma segunda-feira, Thiago Wild, Gustavo Heide e Felipe Meligeni foram eliminados, mas com atuações bem distintas. Defendendo também quartas do ano passado, Wild foi muito irregular e se perdeu completamente no terceiro set, a ponto de levar 6/0 do espanhol Jaume Munar. Heide se esgotou em dois tiebreaks e depois reconheceu que faltou físico para o terceiro set diante do argentino Francesco Comesana. Já Felipe sabe que jogou muito mal e o saque não ajudou na queda para o cazaque Alexander Shevchenko.
Quem deu um pequeno susto foi Alexander Zverev, TInha o primeiro set dominado, prontinho para 5/2, mas permitiu que o chinês Yunchaokete Bu tomasse gosto pela coisa e não é que ele jogou um belo tênis daí em diante? Sascha disse que não jogou seu melhor, mas espera evoluir.
Quem fez uma ótima primeira rodada foi, é claro, o tênis argentino. Classificaram-se Sebastian Baez, Francisco Cerúndolo, Tomas Etcheverry e Mariano Navone. Finalistas do ano passado, o campeão Baez enfrente Navone já nas oitavas. Eles se juntaram a Comesana e Camilo Carabelli, vencedores na véspera.
Sem desculpas para Djokovic
Depois de quatro derrotas, incluindo aquele na final de Wimbledon, poderoso saque de italiano Matteo Berrettini finalmente superou a devolução de Novak Djokovic. O sérvio, retornando da lesão muscular que o fez abandonar o Australian Open, conseguiu equilibrar o primeiro set, decidido no tiebreak, mas depois foi amplamente dominado pelo adversário.
Nole não deu desculpas. Afirma que não sentiu dores ou desconforto, embora ainda não se sinta na melhor mobilidade possível, e deu todos os créditos ao italiano. O sérvio só deve reaparecer em Indian Wells, adiando mais uma vez a tentativa do 100º troféu da carreira. Ele é cinco vezes vencedor no deserto da Califórnia.
Berrettini por sua vez comemorou ter feito tudo certo do começo ao fim e acha que aos poucos recupera seu melhor nível, “Preciso no entanto jogar mais partidas neste nível”, avalia.
Dalcim, além da pressão de ser o centro das expectativas no Rio ATP500, não seria plausível que o Fonseca ainda estaria exausto física e mentalmente após da maratona em Buenos Aires?
Completamente plausível. Imagino a quantidade de adrenalina a administrar nesses dias.
Salve Mestre.
Acha que o Djoko vai parar depois da temporada de grama? Parece-me que na quadra dura as coisas ficarão cada dia mais difíceis.
Ainda muito cedo para previsões. Mas acredito que ele pelo menos fará temporada completa.
Com o jF nocauteado por seu próprio golpe, apenas nos resta torcer pelo belo tênis hermano no saibro e assistir a Thiago Monteiro. Nosso “goat” tem mais semanas como tenista brazuca de melhor ranking do que Djokovic cimo lider do tanking. Da ATP.
E Djokovic parece que nao se recuperou totalmente do “rasgo de 30 cm na coxa”, como bem nos lembrou sua 8nfante e pueril torcida aqui do blog.
Doping: em outros tempos, suspensão de número 1 do tanking sairia nas manchetes e até no Fantástico. Já hoje, tivemos ambos os líderes suspensos recentemente e só mesmo os meios especializafos se preocupam – de forma bem discreta – a dizer algo.
Isso mostra o quanto a ATP está envolvida financeiramente com tais meios. Toenou-se ruca e prepotente. Mas claro, para compensar vai dobrar a pena de algum tenista sem relevância e vida que segue.
Thiago Monteiro ficou 8 anos como #1 do Brasil?
No tênis ou na bola de gude?
Desculpe Luiz Fabriciano, mas o espaço é democrático e portanto os “haters” também são vem vindos. Seja benvindo!
Jogou muito mal desde o início. Golpes descalibrados, exagerando nas bolas, entrando no jogo que o Muller queria, de enrolar e evitar ritmo. Basicamente, o Fonseca queria ganhar na marra um jogo que ele deveria ter trabalhado mais as bolas.
Como o Dalcim muito bem colocou, estranho seria um garoto de 18 anos sair enfileirando títulos. O normal é isso, ter alto e baixos nessa fase da carreira. Ainda mais em casa, com a pressão adicional.
Faz parte do aprendizado.
Concordo, é muito novo. Saiu de uma euforia de uma vitoria em um torneio que era um completo azarão. E 2 dias depois está jogando em casa, com apoio da torcida, mas obviamente com uma tremenda pressão de sair da condição de azarão para n.1 do Brasil e um dos “favoritos” do torneio. Com a derrota ele vai ter um tempo de absorver as 2 coisas. Segue sendo um tenista com grande potencial de top 10, até n.1 em um futuro, e ganhador de GS. Mas entre hoje e realizar esse potencial tem um longo caminho de aprendizados. Como voce bem disse. Faz parte
Para quem acreditava que o João já iria terminar o ano como top 10, ganhar um Grand Slam e derrotar Alcaraz e Sinner, essa frustrante derrota mostra, de forma chocante, que o tênis é um esporte muito complexo e que nada, por ora, está garantido em relação ao futuro do João. Ele é apenas um menino ainda, de tenros 18anos. Sejamos mais pacientes, nada de endeusá- lo muito menos cobranças exageradas.
Concordo em quase tudo. Devemos ter paciência, mas a temporada está apenas no começo e apesar de achar dificil ele ganhar um slam nesse ano, a meta de alcançar um lugar elevado no ranking e quiçá o top 10 é factível. A derrota de ontem foi resultado da competência do adversário, somado ao desgaste físico e emocional de uma semana intensa com a primeira conquista de torneio ATP e a festa feita pela torcida brasileira. Isso é um carrossel de emoções que provavelmente ele irá aprender a lidar.
Tambem acho: 3GS “este ano” são bastante factíveis mesmo. O Top10 também. Aliás… Top10 é “o mínimo” que se esperis, claro! Tudo este ano!
Acho também que um ouro nas olimpíadas de 2025 coroariam as nossas anciosas expectativas.
E a chance taí, batendo na porta. E surgiu com a suspensão do Sinner, né?
Viu como tudo se encaixa??? Basta juntar pastel com bombril, tudo na mesma frase, cozinhar em banho maria e temos o “novo goat”.
E aliás, sabe quanto tempo falta para ele bater o recorde de semanas na liderança? Ouvi dizer que a aTP vai alterar o modo de conragem para as semanas e isso beneficiará a nova geração. Estou aqui ancioso por este “fato”.
Eu diria que é possivel ele terminar o ano no top 10, mas o provavel, e até mesmo saldavel, seria ele estar entre top 15 e top 30 al final do ano, com uma temporada de altos e baixos, natural para um menino de 18 anos, mas com uma clara tendendia de melhora e amadurecimento. Acho dificil GS esse ano, não impossivel, mas muito dificil.
Ui, desculpem. Saudável
Fonseca é 13 no ano…
Treze pois venceu um ATP 250 já em fevereiro. Isso nada significa em relação ao final da Temporada. Abs !
Ahh é?
Alcaraz já venceu 4 GS.
Isso nada significa em relação ao final da carreira. Abs (Anti-lock Braking System)!
Significa chave principal em Miami e IW por WC devido aos 3 títulos em 5 torneios (só perdeu para Herbert, Muller, q acho q qq um perderia, e a derrota mais bizarra do ano, aquela ao Sonego). De resto. 19-3. Isso é para Top20 no mínimo esse ano.
Faz parte! Se aprende muito nas duras derrotas!
Parece que a “fortaleza mental” nao tem esse “naipe” todo:
– caiu para o próprio nervosismo.
Mas isso nao altera em nada o longo e promissor caminho pela frente. Continua top20 no ano e até hoje, 19 de Fev. Ja tem mais pontos no ranking que em todo 2024.
Hora do troco dos Hermanos!
Diga-se de passagem: foi um ótimo jogo do Muller. Muito agressivo, mostrando um leque variado de jogadas e impondo seu jogo.
O jogo foi de um nível muito superior à partida anterior, entre o Zverev e o Bu, que fizeram uma pelada braba. Parecia jogo de clube.
Nitidamente João estava com a energia baixa ontem. Muitas bolas não subiam o suficiente e ficavam na rede. Em Buenos Aires ele travou várias batalhas e isso cobra um preço não só físico como emocional. Se o torneio seguinte não fosse no Brasil, acredito que ele e sua equipe teriam desistido de jogar. Para grandes campeões, com é o caso do João, uma derrota dessas trará muitos aprendizados com certeza. E pra quem gosta de comparações, Alcaraz também foi eliminado na primeira rodada no torneio seguinte ao seu primeiro título.
Muito bem lembrado! Fiquei mais aliviado agora…hahahaha
JF com a derrota está provisoriamente no TOP 76 e Wild no TOP 86. O próprio garantiu o nervosismo, e pareceu mesmo travado , não chegava nas curtinhas e muito menos nas bolas mais agressivas do Francês. Voltará as quadras duras, com possibilidades de boa subida no Ranking, se souber jogar com o favoritismo. Minha previsão se mantém no TOP 50 ao Final da Temporada. Djokovic garantiu Andy Murray até o final da temporada de Saibro. Vai entender, já que o Escocês conhece todos os segredos da Grama Sagrada, e TODOS os atuais oponentes do Sérvio… Abs !
Dalcim , não sei se vc viu , mas triste não foi a derrota dele , sim o choro da mãe dele. Gostaria imensamente que ele ganhasse tanto quanto ganhou o big 3 , mas ele tem 18 anos , acho que ele estava esgotado
O título do post foi preciso. Em termos de nervos à flor da pele, lembrou o jogo contra o Sonego no AO. Lá como cá ele se disse tomado pelo nervosismo ao ter que confirmar a expectativa gerada pela realização de uma façanha anterior, mundialmente repercutida. Lá, uma contundente vitória sobre Andrey Rublev. Cá, o épico título em Buenos Aires. Ainda que isso, pela tenra idade, possa ser considerado normal, pergunto-me se não vale a pena insistir num acompanhamento psicológico, o qual ele disse já ter experimentado e abandonado. Não precisa durar por toda a carreira, mas talvez seja importante nesse início. Mens sana in corpore sano.
Foi exatamente amigo o que comentei na última Postagem aqui do Dalcim, inclusive mencionando dele não ter se sentido bem as sessões de psicologia, nessa entrevista que concedeu ao Tenis News sobre esse aspecto, sim os seus 18 anos claro que é normal altos e baixos no seu jogo, o que talvez não será se continuar mais a frente pós infortuitos, bater na mesma tecla o nervosismo e o medo das tomadas de decisões, colocanďoo com isso duvidas na sua mente em suas melhores escolhas na partida, ai sim se começa a correr riscos no seu desempenho em quadra.
Por isso que sou também totalmente favoravel que mais a frente ele reveja essa atitude, e procure um otimo profissional nessa área esportiva, pois o seu grande idolo e maior de todos tempos Roger Federer, no começo da sua carreira mudou completamente seu comportamento explosivo em quadra, justamente por essa ajuda no trabalho psico mental, o Joao Fonseca não tem a mesma questão do Roger pelo contrario transparece tranquilidade, mas por dentro a mente insistentemente muitas das vezes pode te atrapalhar se você não a cuidar bem, ainda mais em um esporte tão competitivo como ê o Tênis, acho que é por aí e simples assim. Abs valeu
Boa a menção do Federer, Thadeu. Lembro o genial suíço dizer, numa de suas biografias, que no início da carreira buscava o tênis perfeito em todos os pontos, o que é impossível. Daí frustrava-se a ponto de berrar e quebrar raquetes. Com a ajuda de um psicólogo, aprendeu a controlar-se, o que muito contribuiu para ter a excepcional carreira que teve. E no ano passado, abordou essa questão de lidar com os pontos ganhos e perdidos durante uma partida. Foi numa interessante palestra para formandos do Dartmouth College nos EUA, que está disponível no youtube.
Dizia ele que ganhou pouco mais de 80% dos 1526 jogos que fez e, no entanto, só ganhou 54% dos pontos jogados. Aprendeu com o tempo que um erro bisonho ou um winner espetacular valem a mesma coisa, isto é, apenas 1 ponto. Essa consciência é crucial porque libera o jogador para comprometer-se totalmente com o ponto seguinte com intensidade, clareza e concentração.
Muito boa suas colorações amigo parabéns. Abs
A podcast ” o assunto ” de ontem tratou sobre João e sobre tênis de um modo geral, os entrevistados foram o pardal e Bruno Soares.
Recomendo ouvir, é ótimo ter visibilidade no esporte
São experiências novas para Fonseca. Tudo faz parte das etapas que ele está passando para se consolidar na carreira. O mais importante é que já venceu um torneio de primeiro nível e isto confirma toda sua capacidade de novas conquistas. Djokovic possui um novo recorde na carreira sendo o tenista que mais vezes tentou e mais tempo levou nas tentativas de chegar ao centésimo troféu na carreira.
Bom dia…. Dalcim, isso é uma das coisas que, a partir de agora, tem que ser muiiito bem estudado e preparado pela equipe do João: Calendário !!! Se fosse qualquer outro torneio tenho certeza de que ele não participaria, como acontece muito no circuito. O que acha?? Grande abraço!!!
Também acho, Fabrício, mas era inevitável jogar o Rio Open. Em outras situações, acredito mesmo que ele abriria mão.
Também concordo. Na cabeça dele ele tinha que jogar o Rio Open, pois a torcida brasileira queria vê-lo ali mais do que nunca, ainda mais vindo de um título. Mas creio que o cansaço pesou mais que o nervosismo.
Na coletiva pós-jogo ele disse justamente o contrário, ou seja, o nervosismo pesou 100% no baixo desempenho, sobretudo no primeiro set. Estava inteiro, sem dor ou cansaço.
Nervosismo, juventude, cansaço, isso tudo contou e muito.
Mas ainda acho que faltam alguns pontos técnicos que ele precisa trabalhar melhor:
– O físico para aguentar torneios seguidos e jogos desgastantes;
– A defesa, por vezes parece faltar uma leitura mais rápida do movimento do adversário;
– Os angulos, que muito mais que força sao necessários no saibro. E sabemos que força e angulo nao sao compativeis.
– O segundo saque, que o frances atacou muito bem. Aliás, estratégia corretíssima contra alguém que ataca tao bem: atacar antes.
Ele vai precisar inovar constantemente, já que sendo uma estrela todos já estudaram bem esses e outros pontos fracos.
Minha humilde opiniao sofazista.
Abs
Dalcim sempre com os melhores comentários. Perfeito.
Todos esses caras, ou pelo menos a imensa maioria do top 100, são super preparados fisicamente e jogam praticamente igual, com muita força e não muito talento. Então só vão se sobressair alguns que tenham outras qualidades muito acima da média. Os outros vão ganhar e perder, beliscando um título quando der tudo certo numa semana, quem sabe um top 20 em algum período, o que está ótimo, dado o quanto o tempo paga hoje em dia.
Sem comparaçöes, mas acho importante lembrar que o Guga foi campeão em RG em 97, tendo conseguino o nr. 1 apenas em 2000.
Vamos devagar com as expectativas.
Quando a torcida de fute-tenis comecou a gritar vamo quebra ! no 30×40 do 1o game, ao inves de ajudar, atrapalhou a concentracao do Joao, que nao se recuperou mais no set. Fora isso, tinha um torcedor gritando todo o tempo como um louco, achando que estava incentivando e na realidade so prejudicou o jogador. A Imprensa em geral tambem exagerou demais. Tem que cair na real e trabalhar na surdina. Ta muito oba oba. Quanto a parte tecnica, tem um monte de justificativa pra derrota mas tem de dar credito pro adversario. O jogo do Joao esta sendo estudado agora. Vai ficar cada vez mais dificil se impor. Jogo é jogado, lambari é pescado.
Torcedor age como torcedor
Imprensa quer tb incendiar para vender
Quem tem q aprender a lidar com essas duas coisas acima é o atleta.
Dito, os haters do ne veriam rever esse ódio. Pq o Djoko além de tudo ainda tem q lidar com esse ódio dos federistas nas arquibancadas
O “Jokovita” alimentou esse ódio por muito tempo… arravés de seus torcedores. Federer também.
A torcida de ambos virou inimiga uma da outra.
Como eu disse, são os “Armeids” de um lafo, e “Ribeir-s” de outro disputando tapa a tapa paea saber qual dos seus ídolos é melhor.
Dalcim destacou que é normal uma derrota como essa para o João. Arrisco dizer que além de normal foi boa para segurar o oba-oba que quem não acompanha tênis começa a manifestar. João vai longe, mas gradativamente e sim, vai perder um bocado, às vezes mais cedo do que gostaríamos e às vezes de forma bem dolorida.
Méritos a Muller por explorar bem o nervosismo do João. Foi consistente, errou muito pouco. Sabia que não podia deixar o garoto voltar. O tênis sempre mostra que não se deve deixar o adversário vivo, ainda mais quando ele é acima da média.
Enquanto João sucumbiu aos nervos por aqui, em Doha Djoko perdeu e reconheceu que Berretini foi melhor. Sempre se estranha ao vê-lo perder tão precocemente, mas entendo que é curtir cada momento que ele entra em quadra.
Foi assim com Federer, foi assim com Nadal, com Murray, com Del Potro… será assim com ele. Que seja eterno enquanto dure.
Algumas tolices publicadas a respeito do João, cujo nivel é de ejaculação precoce, não auxiliam em nada sua desenvoltura como tenista, pelo contrário, só fazem criar expectativas desproporcionais, que pesam sobre os ombros de um garoto com apenas dezoito anos. Nesse caso, alcunhá-lo de “Furacão Fonseca”, por exemplo, é de uma precipitação imperdoável, mesmo porque, João tem, por ora, “apenas” um nível 250 enquanto conquista mais luminosa, além de ter vencido somente um top dez, sendo esta sua maior vitória até o momento; então número nove do mundo, o russo Andrey Rublev foi quem ganhou a derrota proporcionada pelo João. Outro dia, postei neste blog uma avaliação sobre que João, por ser talentoso e também muito jovem, a régua do nível 250 conquistado em solo argentino não deveria ser a principal forma de mensuração por enquanto, já que não se trata, ainda, de um jogador pronto. Fiz tal postagem porque muitos desta confraria, após esta conquista do João, rasgaram-lhe a seda, como se estivessem se referindo a um top cinco, e o que é pior, já com alguns troféus de slam na estante. Só não sei por que razão o José Nilton impediu que meu parecer viesse a público. Coisas desta confraria, Valmir…
Mas eu li sua postagem, Valmir. Não sei se vc fez mais de uma.
Bastante lúcida por sinal.
Abs
O que você quis dizer com “sua postagem”? Especifica, por favor, afinal, que postagem minha é “Bastante lúcida”? Enfim, você apenas encheu linguiça, como de hábito, e não disse nada…
Cinco jogadores venceram Buenos Aires e Rio, mas nenhum venceu os dois torneios no mesmo ano.
Nem Rafael Nadal, nem David Ferrer, nem Dominic Thiem, nem Diego Schwartzman, nem Carlos Alcaraz.
Teria sido incrível que João Fonseca fosse o primeiro, mas foi um pouco cedo demais.
Dalcim, você não acha que a organização deveria ter marcado o jogo do Fonseca para hoje, quarta-feira? O garoto foi campeão no domingo, depois de jogos longos e extenuantes, e já teve de jogar na terça. Será que isso não interferiu no seu estado físico e mental? Sei que ele disse que foi só mental, que o físico estava ok, mas eu tenho minhas dúvidas. Foram cinco jogos tensos na Argentina, de quarta a domingo. Na terça já estava em quadra de novo. Gostaria da sua opinião. Para mim, houve erro da organização do Rio Open.
A estreia no terceiro dia só pode acontecer em situações excepcionais, como troca de continente.
O jovem Italiano Luca Nardi , no momento apenas UM ponto atrás de JF ( N 77 ) , saiu de 1 x 4 para 6 x 4 ( 5 games consecutivos) , pra cima de um atônito Alcaraz. Este precisou barbaridade do Serviço no Terceiro Set , pra levar o jogo. Até Janeiro somente se falava o quão mal estava sacando o Espanhol. No Circuito atual todos tem muito a melhorar, inclusive João Fonseca. O Forehand arrasador de Carlitos, somente está aparecendo em alguns momentos. Dá pra dizer que o N 3 está longe de não poder ser batido, ao menos a meu ver . Abs !
Em qualquer desporto, ou até mesmo em outro tipo de competição, o nervosismo é um fator que nos atrapalha imensamente.
É quando as coisas que antes seriam de simples execução, se tornam trabalhosas. E a depender do grau de insegurança, até impossíveis naquele momento.
Eu sou tenor, e quando vou cantar uma música de execução até simples em que alcanço notas de médio-agudo, o canto se torna extremamente difícil, caso eu não consiga controlar os nervos.
Por outro lado canto músicas mais difíceis e as executo melhor do que as fáceis quando fora de um instante tenso.
Isso porque o canto é acima de tudo boa respiração. E quando estamos nervosos não dá para respirar nada bem.
O João tem um invejável arsenal de golpes. Em condições em que ele esteja focado, e também tranquilo, a execução deles será muito mais eficiente. Sem falar das escolhas e do plano tático. O que não foi possível ontem…
Também preciso dar os créditos ao Muller que soube mexer o João quando preciso, foi incrível nas devoluções e no saque, e usou bem os drop shots. E fez tudo com calma e frieza, ainda que jogando perante uma torcida bem hostil.
Absolutamente normal e derrotas amargas ajudam muito no amadurecimento.
Em 2004 aos 18 , Nadal somente venceu ATP 250 de Sopot . Terminou a Temporada como N 51 . Não passou das Quartas em mais nenhum Torneio. Alcaraz aos 18 em 2021 , somente venceu ATP 250 Croácia , e terminou como N 34. Ambos sofreram várias derrotas mas chamaram atenção do mundo, como novos fenômenos. O mesmo aconteceu com JF vencendo ATP 250 de Buenos Aires , depois de bater Rublev no AOPEN. Chega uns caras aqui de paraquedas, já querendo por o moleque em Psicológo , por ele ter ficado ” nervoso” no RIO OPEN. Ninguém lembra de Carlitos travando todo contra Djokovic em RG ????. Absolutamente normal. Perfeito o caríssimo P.F . Ps : Antes da derrota ele já estava em N 68 . Abs!
Bom demais! Pra calar a euforia de alguns jornalistas e pessoas comuns também, que só dão créditos pra quem tem bons resultados. João joga muito bem em alguns fundamentos e tem muito a melhorar em outros. Deve melhorar e ser um dos maiores jogadores, ou não. Mas hoje, ele não sobreviveria ao TOP10. Zverev é que
está certíssimo sobre João.
Bom menino. Disse que Federer foi a inspiração dele e se referiu ao suíço como o maior de todos.
E ao Djokovic como melhor. Por que pulou essa parte? Mas na real ele ainda não sabe diferenciar maior de melhor. O sérvio é os dois.
JF mal viu o seu patrão jogar. Falou isso apenas para agradá-lo.
Creio que ele é bem grandinho pra diferenciar. A questão é que, ele não falou o que vc gostaria de ouvir, então….
As interpretações desses conceitos são diferentes e não tão simples em qualquer faixa etária e para um jovem é teoricamente mais difícil entender. Também não disse o que você gostaria, só metade.
Djokovic foi o que teve os resultados melhores, ganhou mais Grand Slams e superou o suíço no confronto direto. Portanto, é justo dizer que ele é o melhor.
Por outro lado, o Federer é a figura que representa e encarna melhor a essência do tênis em comparação ao Djokovic e a qualquer outro, e por isso ele é o maior. E isso também é justo.
Aliás, essa é a opinião do João e de muitas outras pessoas, e deveria ser respeitada.
O problema é que a sua idolatria não aceita que se retire uma unha ou fiapo que seja do Djokovic. Para você ele tem que ser tudo! rs
Minhas definições de maior e melhor são outras, sendo que a primeira leva em conta os aspectos objetivos, os números.
Eu já achava o Djokovic melhor (mais jogador, mais completo) do que o Federer em 2015, mas não era maior (GOAT) porque não detinha os principais recordes do tênis, o que começou a acontecer em 2021, quando superou as 310 semanas do suíço, igualou os 2 rivais em Slams e conquistou a sétima temporada como número 1. Pode ser que o Nadal tenha sido um GOAT temporário no breve período em que teve 2 Slams a mais do que os rivais, mas depois o sérvio também encerrou essa questão.
O João não entrou em detalhes e ninguém sabe quais são os conceitos dele. Daí a interpretação fica aberta.
Etapas ,o João Fonseca já provou que talento e técnica tem de sobra,agora é trabalhar o resto com calma ,derrotas assim fazem parte do aprendizado .
Dalcim,e a bia hein,parece que não encontra o seu jogo de forma nenhuma ,seu jogo regrediu ou é só má fase ?
O jogo dela estagnou em certos aspectos e involuiu em outros, Jorge.
Dalcim, algum tenista tem o backhand melhor q o forehand?
Sim, diversos. O próprio Zverev é exemplo, mas também o Medvedev. Como o Murray também.
Djokovic.
Wawrinka, Guasquet
Wawrinka no auge, algumas vezes fugia do backhand quando era para ir pro uudo ou nada.
Que má vontade do Zverev… Não fosse o calor, parece q tá jogando de calça jeans. E bem justa kkk
E fiquei na dúvida , se era má vontade ou o jogo dele estava abaixo do normal, pelo visto muitas pessoas pensam o mesmo
Putz! viajou na maionese, como se diz na gíria. Como é que o cara se propõe a disputar um torneio e, por conseguinte, o faz com “má vontade”, ainda que apenas numa partida isolada? Valia a pena o risco da eliminação, é isso? Nesse caso, 500 pontos são porcaria? Juntando os cacos desta avaliação tão desmedida, não cabe sequer a “dúvida” do que se pretende analogia…
Assisti à entrevista que o Fonseca concedeu ao New Balls Please e fiquei impressionado com a humildade e com a maturidade dele.
Incrível mesmo. Mais maduro que o Neymar aos 33 (!!) anos. Que continue assim. Garoto de ouro.
Enquanto em Doha só favoritos avançam e dazem a festa, no Rio argentinos avançam com fúria para tentar derrubar o principal favorito, Zverev.
E o Thiago Monteiro – infelizmente – foi eliminado ontem. De todas as derrotas que ele teve na carreira a maior – na minha opinião ‘ foi ter deixado a Bia Haddad escapar. Todas as demais derrotas fazem parte do jogo.
A sorte de Aryna é que Iga não iniciou 2025 sendo Iga. A sorte de Iga é que Aryna não iniciou 2025 sendo Aryna. Para completar esta analogia, Gauff, terceira colocada, não iniciou 2025 sendo Gauff, isto sem falar em Pegula, Rybakina e Zheng, que também não iniciaram 2025 jogando o que sabem jogar, ou seja, é o momento adequado para ao menos as demais tenistas do top vinte entrarem no vácuo e mostrar serviço, como fizeram recentemente Keys e Anisimova. Nesse 20/02/2025, cadê a número dezessete, por exemplo?
Bem-feito para os cambistas
Dois casos onde não há culpa, foi o que se definiu com Zanellato e Sinner pela ITIA, WADA e tudo o mais..
Brasileiro, suspenso desde 24 de agosto de 2024 e só agora está liberado pra competir…
Italiano, 2 vezes falhou no teste e, não foi suspenso, o caso ficou em sigilo e conseguiu-se comprovar rapidamente ser inocente…depois de muita repercussão negativa, enfim se decidiu que a WADA exigia uma suspensão de até 2 anos, com um julgamento marcado pra quase 1 ano após o incidente…seria em Abril de 2025…
Resultado: Sinner faz um acordo pra lá de vantajoso, e aceita ficar 3 meses fora, fazendo com que a WADA esqueça o julgamento, e todo o resto…
Enfim, igualzinho, o resultado dos dois casos sem culpa do tenista, certo?
Sinner perdeu os pontos e a premiação de Indian Wells, enquanto seu recurso era apreciado por um Tribunal Independente. Para a ITIA as provas inocentavam o Jovem Italiano. A WADA recorreu ao CAS pedindo suspensão de até 2 anos ,mas sem mais perdas de conquistas. Partiu da entidade propor o acordo. Sinner não podia correr riscos de pegar um gancho maior no CAS . Abs !
Perdeu os pontos e grana de Indian Wells (como se isso, fosse grande coisa pra ele, né?!?)…contudo seguiu jogando até então, e só agora, após todo o alvoroço entre os tenistas por conta de proteção e nenhuma maior consequência, Sinner se ausentou por 3 meses…caso contrário, seguiria jogando até Abril.
Pra mim, Sérgio, não mudou nada em relação ao tratamento privilegiado, estou certo disso…!!!
É a primeira vez que eu vejo um réu escolhendo a pena e cancelando um julgamento. E olha que brasileiro está acostumado com várias barbaridades que acontecem no judiciário desde que nasce.
Como escolheu pena ? . Para a ITF e ITIA , o assunto estava morto. Idem para Swiatek. A WADA recorreu somente para o caso do Italiano. A marcação do julgamento para Abril, foi o CAS. WADA sabia que Jannik iria aceitar o acordo de começar a cumprir logo os 3 meses. Fica livre para RG e WIMBLEDON. Esta proposta não partiu do jogador. Abs!
Achei interessante a matéria da entrevista do Paulo Saraiva. Acho importante por mostrar a dura realidade de + de 90% dos tenistas que não são Top 100: os prêmios que não cobrem as despesas, o jogo de cintura pra racionalizar o uso do transporte e hospedagem, a difuculdade de patrocínio…
Saraiva é um dos que é tão ou + lutador do que um Top 10, só que sem os mesmos resultados, Poucos pontos, pouquíssima premiação, pouco ou nada de visibilidade da mídia.
Menção honrosa ao site Tênis Brasil, que vez por outra lança luz sobre a carreira destes que são tão profissionais quanto os famosos, mas tem que “se virar nos 30” o tempo todo.
E o lutador Thiago Monteiro não defendeu os 100 pontos do ano passado e deve sair – de novo – do Top 100. Parece aqueles clubes-gangorra do futebol. Num ano são rebaixados, no ano seguinte sobem de novo.
E não deu outra. Carlos Alcaraz está mesmo bativel até agora, neste início de Temporada. Mas vamos combinar que não precisa chegar a tanto. Obteve mais WINNERS, menos ENFS e fez mais pontos e Aces que o Theco . Parece que Tourinho Assassino, aprendeu inclusive a viajar durante as partidas com Titio Federer . Mas na Gira Asiática marcou 700 pontos, acima de Sasha no Saibro Sul-americano. Daqui 2 Semanas defende Indian Wells. Vai precisar melhorar muito mesmo sem SInner. Abs !
Será que ele vai virar apenas um fazedor de winners e um vacilão nos big points? Já vi esse filme!
A conferir, rsrs, abs!
A questão aqui foi gestão de tempo, ou eles não confiavam que o João ia pra final e buenos Aires serviria como treino, ou eles não deveriam tê-lo inscrito num torneio que finalizaria um dia antes do Rio Open, ou ainda, deviam ter tido a humildade de desistir do Rio Open após a vitória em Buenos Aires. Eu assisti todas as partidas. Foram extremamente desgastantes para o João porque além de jogar contra excelentes jogadores, ele teve que jogar contra a torcida também. Foi diferente dos outros torneios em que ele teve grande parte da torcida a seu favor. O garoto terminou exausto. Campeão, mas exausto. Sei que por conta de patrocínio e tudo mais não iriam desistir do Rio, mas pensando em gestão de carreira seria o mais prudente. Era melhor ele ter aparecido no torneio como campeão e garoto propaganda, tirando fotos com a galera, principalmente as crianças. Ele descansaria. Seria aplaudido, homenageado, e não passaria pelo que passou. As lágrimas dele ao sair da quadra foi uma vergonha. Não para ele ou por sua derrota, mas sim para uma equipe que se diz profissional e não avaliaram em momento algum a necessidade de preservá-lo num momento tão especial. Deixa o garoto curtir a vitória. Agora tudo o que se fala é a derrota e a comemoração ridícula do francês que deu a entender que estava morrendo de medo antes da partida, mas que não era para tanto.
Se tivessem desistido do torneio, todos ainda estariam rasgando elogios para ele e ansiosos para ver o João novamente.
Ele vai continuar brilhando é óbvio, tem talento e os meios para alcançar seus objetivos.
Mas não precisava ter passado por isso. Muitos vão dizer que se ele tivesse ganho a história era outra, a questão é que quem acompanha o tênis profissional sabe que todos os grandes campeões abrem mão de torneios, após vitórias importantes, para terem tempo de se recuperar. E essa era a vitória mais importante da carreira profissional do João, e ela foi emaescida por essa derrota do orgulho.