Nova York (EUA) – A primeira e tão sonhada semifinal de Grand Slam para a norte-americana Jessica Pegula chegou da melhor forma possível: dentro de casa, diante de sua torcida e em cima da número 1 do mundo Iga Swiatek. Isso coroa seu excelente momento, que inclui o título de Toronto e o vice de Cincinnati.
“Minha movimentação melhorou em comparação com o início deste ano”, enfatizou Pegula. “Lembro que na Austrália me sentia lenta. Não sou uma atleta super explosiva como Iga ou Coco (Gauff), mas sentia que não me mexia bem. É algo em que venho trabalhando nos últimos dois meses com os novos treinadores que contratei. Um deles está muito interessado em movimento na quadra, então estamos nos focando nisso. Me concentrei muito ao longo da minha carreira apenas em ficar mais rápida e mais forte mas não em algo tão específico”.
Jessica se separou do técnico David Witt e decidiu contratar uma dupla, formada por Mark Knowles e Mark Merklein. “Também melhorei o serviço. Tenho sacado muito bem no último mês. Meu nível está começando a subir de forma mais consistente. Sinto que não estou tendo tantos altos e baixos. Se eu os tiver, sei no que devo me concentrar para sair deles. É engraçado porque não sinto que meu saque tenha sido incrível nestas semanas de US Open, mas fiz um bom trabalho gerenciando o saque com base em como me sinto e dependendo de contra quem estou jogando. Tentei sacar de maneira inteligente”.
Mudanças táticas contra Iga
A partida contra Swiatek tinha muitos ingredientes e Pegula acredita que soube trabalhar firme em todos eles. “Não foi tanto o fato de estar nas quartas e tentar a semi, mas acima de tudo de vencer uma grande partida, vencer a número 1 do mundo. Havia muito coisa em jogo: estarmos na Arthur Ashe, no horário nobre. Aí passou pela cabeça chegar na semifinal, saber que estava à frente do placar e jogando bem. Tive vitórias muito boas nessas duas últimas semanas, então ao mesmo tempo fiquei tranquila, sabendo que era capaz de completar a tarefa”, contou.
Mais importante ainda foram os ajustes feitos ao longo da partida. “Queria ir à quadra e jogar do meu jeito. Tive uma ideia na cabeça com base no que aprendi na última vez que joguei contra ela na decisão do WTA Finals. Percebi imediatamente que ela estava frustrada com o saque. Decidi tentar dar um passo à frente e continuar fazendo isso o tempo todo. Tive que realizar alguns ajustes. Ela estava muito confortável com seu forehand e tive que mudar de direção algumas vezes. Tentei focar em mim mesma e me ajustar à forma como ela estava jogando”.
Temporada começou com exaustão
Por fim, Pegula lembrou do início complicado de temporada e de contusão que surgiu antes da fase europeia. “Depois da Austrália, eu não estava bem, estava exausta. Fiquei doente umas duas ou três vezes naquelas semanas. Estava muito cansada e meu sistema imunológico um pouco ruim devido ao acúmulo de estresse nos últimos dois anos, as viagens e todas essas coisas. Tentei então cuidar um pouco melhor do meu corpo e me sentir bem de novo. Aí comecei a procurar um novo treinador, trabalhamos em coisas novas e achei equilíbrio com ele. Fui bem em Charleston e Miami, mas aí me contundi. Isso me deu mais fome. Disse a mim mesma: ‘Ok, isso é uma merda, quero jogar, estou pronta’. Creio que isso me ajudou a voltar em Berlim pronta para vencer partidas, me animou. De uma forma estranha, tudo funcionou”.
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Saque e movimentação, parece algo que uma brasileira precisa.
Sim, mas parece que ela está satisfeita da forma que está. Uma pena, poderia chegar mais longe se tomasse a coragem ao invés de depender de um bom chaveamento como tem ocorrido nesses 2 últimos torneios
… que a Pegula conseguiu melhorar a partir da mudança de técnico. Não significa que o técnico anterior da Pegula e o atual da Bia sejam ruins, mas às vezes uma mudança de padrão é necessária para um salto de qualidade (e de resultados).
Também penso por aí.
Acho extremamente complicado obter resultados diferentes fazendo as mesmas coisas….
Até criei expectativa com as últimas semanas, mas deve se mais ligada à questão do chaveamento como o colega falou acima…
Pra mudar precisa de coragem. A janela se abriu e o bonde passa uma vez só.
O próprio título da matéria sugere uma “indireta” para uma certa tenista brasileira…
Essa matéria parece ter sido feita para chegar na Bia… rs. Mantém o Paciaroni, se quiser, mas tem que agregar gente especializada no time. E melhorar esse psicológico, que simplesmente fez com que a Bia não entrasse em quadra contra a Muchova.
Contra uma adversária de nível técnico muito alto, não tem psicológico que ajuda.
Mas creio que um ajuste tático e técnico poderia alongar a partida, o que poderia fazer a Muchova perder pois estava debilitada com virose.
Pega a visão, Bia.
A questão é, as limitações que a Bia tem hoje justificam uma alteração completa da equipe técnica? Não podemos esquecer que esta mesma equipe levou ela a beliscar o top 10 e a mantém no top 25 a mais de 2 anos e contando. Ao meu ver, o que precisa são especialistas de saque (principalmente o segundo) e defesa e contra ataque, com movimentação eficiente.
A Bia acabou de sair do melhor resultado alcancado por um tenista Brasileiro em quadras hard, e mesmo assim chove de criticas. Quem deve avaliar a qualidade do time tecnico e a propria tenista. Nem sempre trocar tecnico traz resultado.
Prato cheio para os haters da Bia…cada um sabe do seu cada um …
Mas ela pode adicionar mais uma pessoa. Não precisa apenas trocar.
Luiz .concordo mas como disse cada um com seu cada um …
Aí estou de acordo. Especialistas em mecânica de movimentos é uma boa opção. Acho que com as ultimas premiações dinheiro não é problema.
A Bia devia fazer igual a Sabalenka, contratar um especialista em saque. Com um saque horrível desse ela já consegue chegar em rodadas finais de slam, imagina com um saque decente, pode até sonhar com um título.
Concordo. Precisa melhorar bastante o saque, os golpes e a movimentação em quadra. Contratar alguém para ajudar nestes quesitos, ajudaria demais a brasileira.
A análise média do torcedor de tênis ainda é um show de horrores . E não falemos dos haters e detratores clássicos . Tem o simpatizante que é …..simpatizante .
Para este persiste a busca de culpados a cada derrota . E “técnico” é sempre a solução mais fácil . Por quê nossa cultura de futebol nos ensina isso . Vai trocando de técnico até que chegue um que comece a ganhar . E quando esse começar a perder , troca de novo . Num ciclo infinito .
Trocar de técnico então é a solução , segundo esses . Tá ! Qual o grande técnico disponível mesmo ? Já pensaram neste “super emprego” ? Viajar 8 meses por ano , morar em hotéis , ficar à disposição de uma tenista , aguentar os dias ruins , viver de fixo mais variável ( sendo que o variável é muito mais importante no total e não é vc quem entra na quadra pra resolver ) . Não é qualquer um . Imagina vc acordar , passar a manhã , almoçar , passar a tarde e ir dormir no quarto do lado do seu chefe , 7 dias por semana . Por 35/40 semanas ao ano . Quem é o tal “herói” que aguentaria um tranco e um trampo desses
Quem vai pagar a conta se a tal mudança piorar ? Claro que não é o pangaré do site né . Que se dane ! Ninguém mandou ouvir o povo do site !
Vc troca de técnico quando não tem outra saída . Quando a relação se desgastou . E quando há opção de potencial disponível .
Não estamos na Europa ou USA . Aqui não teremos bons americanos e europeus disponíveis . É assim que é ! Doa a quem doer .
Como alguns colocaram , muito mais fácil é contratar um ou outro especialista para ajudar em pontos específicos , e por um tempo determinado .
Bora respeitar a inteligência da audiência . Não proponham algo que não fariam se estivessem na pele de um potencial coach .