Paris (França) – A rodada desta terça-feira no Masters 1000 de Paris marcou a despedida de Nicolas Mahut das quadras. O veterano francês disputou o último jogo de sua carreira profissional aos 43 anos, ao lado do búlgaro Grigor Dimitrov. Eles foram superados pelo monegasco Hugo Nys e o francês Edouard Roger-Vasselin por 6/4, 5/7 e 10-4.
Ex-número 1 de duplas, Mahut conquistou 37 títulos no circuito, incluindo cinco troféus de Grand Slam, todos ao lado do compatriota Pierre-Hugues Herbert. O francês também venceu quatro torneios da ATP em simples, sempre jogando na grama, com três conquistas em ’s-Hertogenbosch e uma em Newport.
“Vencer torneios de Grand Slam foi uma das minhas melhores lembranças. É isso que vai ficar comigo”, afirmou Mahut após a partida. “Mas o mais importante foi tudo o que aconteceu até alcançá-los: as dúvidas, os questionamentos e os erros que cometi. É isso que torna uma carreira rica e a minha foi muito rica nesse sentido”.
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O francês se despede como um dos jogadores mais respeitados do circuito, reconhecido por sua longevidade e espírito esportivo. Dimitrov, seu parceiro na última partida, também homenageou o colega do circuito. “Sempre quisemos jogar juntos em algumas oportunidades nos últimos anos, mas eu nunca consegui realmente me comprometer”, contou o búlgaro. “Este foi o momento certo. Era o último torneio dele e fazia sentido. Tenho uma relação muito sentimental com o Nico. Durante muitos anos jogamos um contra o outro, em várias ocasiões importantes. Então posso dizer com segurança que foi um encerramento perfeito para ele”.
Five Grand Slam doubles titles ✅
39 weeks at No.1 ✅
37 doubles titles ✅
2017 Davis Cup ✅
And countless emotional memories ✅@GrigorDimitrov is there as legend @nmahut bids farewell to #RolexParisMasters 🙏 pic.twitter.com/oPRCIP6tJm— Tennis TV (@TennisTV) October 28, 2025
Entre as inúmeras memórias da carreira, uma partida em especial segue marcada na história. Não por um título, mas por sua importânica para a modalidade. Mahut foi protagonista do jogo mais longo do tênis, na primeira rodada de Wimbledon em 2010, diante de John Isner. A maratona durou 11 horas e 5 minutos, divididos em três dias, e terminou com vitória do norte-americano por 70/68 no quinto set.
Durante muito tempo, a derrota para Isner foi vista como um fardo, por chegado tão perto, mas sem a vitória. No entanto, o tempo trouxe outra perspectiva. Mahut chegou a escrever um livro sobre aquela experiência, que o ajudou a transformar a frustração em força.
“Foi ao mesmo tempo um momento doloroso e também um instante suspenso no tempo”, refletiu o francês. “É inevitavelmente uma das minhas maiores lembranças. No início, aquilo me incomodava muito, porque eu estava cansado de ser o ‘belo perdedor’. Hoje eu gosto de falar sobre aquele jogo, porque foi uma experiência maluca”, completou. “Ela me trouxe muito, tanto como jogador quanto como pessoa”.












