Mahut se despede do tênis aos 43 anos, jogando duplas com Dimitrov

Nicolas Mahut (Foto: Corinne Dubreuil/ATP Tour)

Paris (França) – A rodada desta terça-feira no Masters 1000 de Paris marcou a despedida de Nicolas Mahut das quadras. O veterano francês disputou o último jogo de sua carreira profissional aos 43 anos, ao lado do búlgaro Grigor Dimitrov. Eles foram superados pelo monegasco Hugo Nys e o francês Edouard Roger-Vasselin por 6/4, 5/7 e 10-4.

Ex-número 1 de duplas, Mahut conquistou 37 títulos no circuito, incluindo cinco troféus de Grand Slam, todos ao lado do compatriota Pierre-Hugues Herbert. O francês também venceu quatro torneios da ATP em simples, sempre jogando na grama, com três conquistas em ’s-Hertogenbosch e uma em Newport.

“Vencer torneios de Grand Slam foi uma das minhas melhores lembranças. É isso que vai ficar comigo”, afirmou Mahut após a partida. “Mas o mais importante foi tudo o que aconteceu até alcançá-los: as dúvidas, os questionamentos e os erros que cometi. É isso que torna uma carreira rica e a minha foi muito rica nesse sentido”.

+ Clique aqui e siga o Canal do TenisBrasil no WhatsApp

O francês se despede como um dos jogadores mais respeitados do circuito, reconhecido por sua longevidade e espírito esportivo. Dimitrov, seu parceiro na última partida, também homenageou o colega do circuito. “Sempre quisemos jogar juntos em algumas oportunidades nos últimos anos, mas eu nunca consegui realmente me comprometer”, contou o búlgaro. “Este foi o momento certo. Era o último torneio dele e fazia sentido. Tenho uma relação muito sentimental com o Nico. Durante muitos anos jogamos um contra o outro, em várias ocasiões importantes. Então posso dizer com segurança que foi um encerramento perfeito para ele”.

Entre as inúmeras memórias da carreira, uma partida em especial segue marcada na história. Não por um título, mas por sua importânica para a modalidade. Mahut foi protagonista do jogo mais longo do tênis, na primeira rodada de Wimbledon em 2010, diante de John Isner. A maratona durou 11 horas e 5 minutos, divididos em três dias, e terminou com vitória do norte-americano por 70/68 no quinto set.

Durante muito tempo, a derrota para Isner foi vista como um fardo, por chegado tão perto, mas sem a vitória. No entanto, o tempo trouxe outra perspectiva. Mahut chegou a escrever um livro sobre aquela experiência, que o ajudou a transformar a frustração em força.

“Foi ao mesmo tempo um momento doloroso e também um instante suspenso no tempo”, refletiu o francês. “É inevitavelmente uma das minhas maiores lembranças. No início, aquilo me incomodava muito, porque eu estava cansado de ser o ‘belo perdedor’. Hoje eu gosto de falar sobre aquele jogo, porque foi uma experiência maluca”, completou. “Ela me trouxe muito, tanto como jogador quanto como pessoa”.

Subscribe
Notificar
guest
0 Comentários
Oldest
Newest Most Voted
Inline Feedbacks
Ver todos os comentários

Comunicar erro

Comunique a redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nessa página.

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente ao TenisBrasil.