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Ljubicic afirma que Sinner atingiu a maturidade

Foto: Corinne Dubreuil/ATP Tour

Roma (Itália) – Enquanto dá os retoques finais à sua biografia para a tv, produzida pela Sky Sports, o croata Ivan Ljubicic conversou com o diário Tuttosport para falar sobre a evolução de Jannik Sinner. O ex-treinador de Roger Federer e top 3 do ranking acredita que o tenista de 22 anos deu um salto importante em 2023 e que atingiu a maturidade que faltava.

“Jannik não é como (Carlos) Alcaraz”, sentenciou. “Não deu um salto no ranking de 40 posições até o número 1, mas sim necessitava de pequenos passos. O que fez nos últimos meses é a constatação de um trabalho impressionante e contínuo. Precisava viver certas experiências para ficar mais cômodo na sua trajetória”, opinou.

Para o experiente croata, faltava ‘quilometragem’ para o italiano. “Ao fim de 2022, cheguei a dizer que Sinner não havia ainda jogado partidas importantes contra os melhores do mundo e agora ele tem essa experiência e portanto nada mais que aprender. Venceu seu primeiro Masters, derrotou os números 1 e fez final em Turim, em que perdeu porque estava cansado depois da semi tão exigente contra (Daniil) Medvedev. Ainda foi à Copa Davis. Para mim, teve atitude perfeita dentro e fora da quadra, não tem medo agora de falar sobre seus limites”.

Ljubicic arrisca a dizer que o título de Grand Slam de Sinner se aproxima. “Depois da conquista da Davis, acho que chegará na Austrália com uma candidatura sólida. Já venceu os mais diferentes top 10, mas temos que ver como administra um Grand Slam. Quando tiver um dia ruim em que sente pressão, se pensar muito pode estar com problemas. Ainda lhe falta uma final de Slam, mas está rodeado de gente muito competente. Seu caráter e sua força e nunca está satisfeito. Eu quando cheguei ao 3 do mundo, pensei que já tinha atingido o máximo e daí fui caindo”, exemplificou.

Para ele, existem novos nomes com potencial despontando no circuito. “Além de Jannik, temos Alcaraz e (Holger) Rune na ponta do ranking, mas acredito que na próxima temporada veremos Arthur Fils incomodar muito e Ben Shelton é o clássico tenista que pode ganhar de qualquer um, ainda que não o veja com a consistência necessária”, listou.

Por fim, Ljubicic, que trabalhou por muitos anos junto à Federação Italiana no desenvolvimento de jovens promessas, vê o tênis italiano como um exemplo. “Cresceu muitíssimo, tomou as decisões corretas. A Itália experimenta hoje um processo importante, um grande momento para os próximos 10 ou 15 anos em que haverá abundância de jogadores, como aconteceu agora na Davis, onde vimos (Flavio) Cobolli e (Luca) Nardi. Eles podem crescer muito ainda”.

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Fabio Diniz
Fabio Diniz
7 meses atrás

Concordo com quase tudo que o Ljubicic falou, mas dizer que ele perdeu a final em Turim porque estava cansado é um pouco demais. Perdeu porque naquele dia o Djoko fez um jogo melhor – absolutamente nenhum problema com isso. Na verdade, acho que inclusive faz com que a vitória na Davis seja ainda mais emblemática.

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