Montréal (Canadá) – A canhota Leylah Fernandez nunca mais foi a mesma depois da grande campanha no US Open de 2021, quando chegou à final e se tornou uma sensação do circuito. Ainda aos 21 anos, a canadense admite que fez outra temporada abaixo do que esperava e que sua luta é recuperar a alegria de jogar.
“Perdi minha identidade na quadra de tênis”, contou em entrevista à imprensa local. “Eu queria mudar meu tênis e isso não ajudou. Perdi muito na primeira ou segunda rodada neste ano, mas tenho muita sorte de ter pais honestos comigo. Meu pai e treinador Jorge me disse que eu estava perdida na quadra, que não parecia me divertir como antes”, admitiu. “Não foi uma temporada muito boa para mim. Para ser honesta, eu me daria uma nota 4 de 10”.
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Ela diz que sua cabeça deu um clique logo após Wimbledon e que isso deu uma nova motivação em seu tênis. “Durante os treinos com meu pai, comecei a redescobrir o prazer de jogar bem tênis. Eu não estava pensando apenas em bater forte na bola. Comecei a me divertir com voleios, drop shots e slices. Acho que isso foi perceptível no final do ano com um título individual”, lembrou, referindo-se à conquista de Hong Kong.
O título do Canadá na Billie Jean King Cup de 2023 é animador, segundo ela própria. Leylah foi a principal arquiteta desse triunfo ao vencer todas as suas partidas de simples na fase final, em Málaga. “Foi uma semana incrível, com muitas emoções. A equipa era muito boa e a capitã Heidi (El Tabakh) me orientou em pontos-chave em jogos importantes. Estou feliz por ter vivido esta experiência com as meninas”.
Fernandez começará a nova temporada como 35ª do mundo, quase 40 posições acima do que ocupava em janeiro, mas distante do 13º que ocupou em 2021: “A reação em Hong Kong e BJK Cup me deu muita confiança para a pré-temporada, para voltar a treinar e jogar bem em 2024”.
Ela e a Raducanu