Zagrebe (Croácia) – Depois de Novak Djokovic explicar o fim da parceria com o croata Goran Ivanisevic, alegando certa estagnação no trabalho, foi a vez do treinador dar a sua versão sobre a separação com o tenista sérvio. Em entrevista para o Tennis Majors, o campeão de Wimbledon de 2001 afirmou que não houve uma razão central para a ruptura, mas admite que a relação entre os dois já estava desgastada.
“Não há um motivo específico, mas devemos admitir que ambos temos uma sensação de cansaço e saturação. Às vezes as pessoas esquecem toda a tensão que tivemos que enfrentar juntos, como quando ele foi apontado como o maior vilão do planeta por tudo o que aconteceu durante a pandemia. Chegamos a um ponto de saturação em que eu me cansei dele e ele se cansou de mim. Além disso, tive a sensação de que não poderia mais ser útil para ele”, revelou o croata de 52 anos.
Ainda de acordo com Ivanisevic, essa percepção já vinha acompanhando a dupla desde pelo menos a metade da última temporada. “Percebi que estávamos chegando a esse ponto pela primeira vez no ano passado, nos Estados Unidos, embora a derrota na final de Wimbledon tenha nos afetado muito, principalmente a mim. Aí ele venceu o Alcaraz naquela decisão memorável em Cincinnati e eu já sabia que o nosso fim estava próximo. Talvez devêssemos ter desistido depois do US Open, mas fiz uma cirurgia no joelho e deixamos passar”, explica.
O técnico também comentou sobre as dificuldades de instruir Djokovic durante as partidas, tentando amenizar a percepção externa de que eles tinham significativos problemas de comunicação dentro de quadra. “Costumo ler que as pessoas consideravam inaceitável a forma como nos comunicávamos quando ele estava em quadra. A verdade é que ele gritava muito perguntando como poderia melhorar, aliviando assim a tensão, e era difícil responder porque mal conseguíamos ouvir uns aos outros.”
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No entanto, Ivanisevic acredita que a postura de Nole muitas vezes acaba voltando contra ele mesmo, embora seja difícil mudar o perfil do jogador. “Ele tem consciência de que suas atitudes às vezes fazem as pessoas irem contra ele. Nós o aconselhamos a não ser tão expressivo, a procurar formas de se acalmar e aliviar a tensão, mas não é fácil fazer isso porque ele sempre encontrou uma saída para situações complicadas. Novak é assim mesmo, foi a mesma coisa com [Boris] Becker e com Marian [Vajda], é simplesmente assim que ele funciona”, avalia Goran.
Ao fazer um balanço sobre a parceria, o técnico ressaltou que foi um período de grandes altos e baixos. “Foi uma grande honra, uma grande responsabilidade e uma experiência emocionante. Foi um momento muito turbulento devido a tudo o que vivemos. Sou eternamente grato a Novak por me deixar ajudá-lo durante esse período. Foram anos maravilhosos, apesar de todas as merdas que tivemos que viver, como o que aconteceu por causa do coronavírus, as lesões, a desclassificação do Aberto dos Estados Unidos etc.”, comentou o croata que esteve ao lado de Djokovic em 12 conquistas de Grand Slam.
Para finalizar, o croata detalhou melhor os momentos de dificuldade e destacou o lado mais humano do número 1 do mundo. “Novak, quando todas as câmeras estão desligadas e ele é ele mesmo, é uma boa pessoa, tem um grande coração. Eu estava sempre pronto até para morrer por ele se fosse necessário, ele estava lutando contra o mundo inteiro. Não foi fácil ser seu treinador naquele momento, em todos os lugares que íamos as pessoas olhavam para nós, para ele como um vilão. Claro que também houve quem nos desse o seu apoio, pessoas que se aproximaram de nós e nos disseram para permanecermos fortes. Mas houve muitos que foram bastante rudes e agressivos”, lamentou.
“Ele tem consciência de que suas atitudes às vezes fazem as pessoas irem contra ele. Nós o aconselhamos a não ser tão expressivo, a procurar formas de se acalmar e aliviar a tensão, mas não é fácil fazer isso porque ele sempre encontrou uma saída para situações complicadas. Novak é assim mesmo, foi a mesma coisa com [Boris] Becker e com Marian [Vajda], é simplesmente assim que ele funciona”
Como fã dele, penso que isso prejudica muito extra quadra. Aí temos que aguentar os fã do carismático comentar isso toda hora aqui. kkkkk
Está parecendo o conjugue que não aceitou bem a separação.
Com um discurso dúbio, tenta pousar de compreensivo mas ao mesmo insinua coisas desfavoráveis ao outro lado.
Prato cheio para os detratores do Djoko, seria de propósito?
Se realmente considerasse Djoko como um amigo, deveria dar um tempo, ficar quieto e refletir.
Mas sai por ae “jogando merda no ventilador” como se diz no popular.
Vai procurar outra coisa para fazer, Goran, deixa o outro em paz.
Aceita que acabou que dói menos.
Pode até ser, mas é o perfil dele. Ivanisevic costuma dar declarações nesse sentido, fala mesmo e até concordo com ele.
Só disse basicamente o que todo mundo que acompanha tênis já sabe. Djokovic não é uma pessoa fácil de se conviver e trabalhar.
Desgasta mesmo. Eu mesmo não aguento nem 5 min de relação com essa galera que tem a moral e a ética fléxiveis.
Exatamente, caráter flexível tbm, como aqueles que dizem a acreditar na ciência, mas negam o xx xy né
Achei super verdadeiro o depoimento do Goran. Realmente não deve ser fácil treinar o GOAT, mas creio q a parceria foi muito proveitosa para ambos e pelo q ele revelou, já estava mesmo na hora de mudar.
Parabéns Goran, vc até que aguentou esse mala bastante tempo.
Kkkk tá certo, quem não aguenta só chora, como vc
me parece que quem está chateada e chorando é vc djokokozete
Sou torcedor do Djokovic. A verdade é que ele é chato como tenista, difícil de lidar. Estava na cara que ele estava insatisfeito com a equipe há tempos e ficou ainda mais nítido na derrota pro Sinner. Deve ser difícil ouvir certas coisas do sérvio durante uma partida, porque ele solta mesmo, o que tiver que falar pra aliviar a tensão ele fala.
Por outro lado, sempre achei bom o fato dele se cobrar bastante em ser o melhor. Nesse nível, se você se acomoda demais os outros tenistas te atropelam. Vimos em novembro um Novak irritado e determinado a mostrar que era o melhor quando muitos duvidavam, então tratou de atropelar Alcaraz e Sinner, tornando-se recordista isolado no Finals.
Mas desde a derrota para o De Minaur, no início de janeiro, vejo um sérvio descontente e pior, parece que não encontra motivação. Eu até entendo ele romper com Ivanisevic, se não havia mais ambiente ok, o problema agora é quem será o técnico dele. Vimos o que ele jogou em 2017 sob o comando de Agassi (nada) e também houve declarações de Becker sobre o que ocorreu em 2016, quando o sérvio se acomodou.
Não se trata de ensinar a ele o que fazer, como jogar, mas sim de motivá-lo e fazer ele te respeitar, o que deve ser tarefa árdua, o cara é o melhor e maior da história. Espero que esse sérvio que está com ele faça um bom trabalho, eu não acho que o problema do Djokovic seja físico, ainda.
Melhor e maior da história só se for pra ti, a grande esmagadora maioria considera o mestre supremo, um tal suiço que joga com apenas uma mão
Ninguém considera. Ao menos ninguém com expressão no tênis. Seria como considerar o América, o 3o clube de Minas, o maior do Estado.
Não? Becker, Sampras, o próprio Nadal… eles não tem expressão né…quando a emoção supera a razão, temos que ler estas coisas
Mas a emoção que está superando a razão, é a sua.
Federer perde tanto para Djokovic quanto Nadal no confronto direto.
Isso, por si só, já seria suficiente para um basta nessa tentativa.
Kkkkk maioria? Não sabe o significado desta palavra
Aquele freguês dos dois principais rivais?
Olha, foi grande jogador, legal de assistir, mas talvez seja menor até que o Nadal.
Dizem que o Papa Francisco pensa em canonizar o Goran.
Kkkkkkk demais
Não sobe expressar palavras amigáveis e quase nada de positivo. Que amargura!
Ficou claro que o Goran não digeriu a demissão. Querendo ou não, demonstra também que o Djokovic acertou na mudança.
Só concordo em um ponto: deveria ter sido antes.
Aliás, eu sempre preferi Boris e Vajda. Goran já pegou a festa pronta. E ainda reclama de barriga cheia.
Deve ser tão humilhante ser técnico dele… Deve escutar tantos gritos… Ser desrespeitado… Se ele faz o que faz em quadra imagina fora dela…
Federetes são engraçadas. Não podem falar do desempenho em quadra e agora insistem com papo sobre comportamento e caráter de tenista. Até parece que isso tem alguma relevância na discussão de quem é o maior e melhor, pois Djoko supera largamente qualquer tenista na história quando o assunto são os feitos dentro de quadra.