Madri (Espanha) – A dura derrota de Iga Swiatek para Coco Gauff na semifinal do WTA 1000 de Madri chamou atenção não apenas pelo placar, duplo 6/1 em apenas 1h04, mas também pelo rendimento muito abaixo do habitual da número 2 do mundo. A polonesa chegou a perder 11 games seguidos e reconheceu, após a partida, que não conseguiu encontrar soluções táticas ou físicas para reagir durante o jogo.
“Sinceramente, não há muito o que analisar, porque foi tudo mais ou menos igual do início ao fim”, avaliou Swiatek, que perdeu para Gauff no saibro pela primeira vez. “Não consegui elevar meu nível. A Coco jogou muito bem, mas acho que a responsabilidade é minha, porque não me movimentei bem, não consegui devolver as bolas com o peso necessário. Com esse tipo de jogo, foi bem ruim da minha parte”.
“Hoje tudo colapsou, tanto no aspecto técnico quanto mental. Não consegui sequer me posicionar bem com os pés antes dos golpes. Eu gostaria de ter me movimentado melhor, porque isso geralmente me dá a chance de voltar para o jogo, mas hoje não funcionou”, explicou a jogadora de 23 anos. Ela não sofria uma derrota tão dura no saibro desde 2019, quando sofreu 6/1 e 6/0 de Simona Halep em Roland Garros.
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Swiatek cometeu 28 erros não-forçados na partida, sendo 21 com o forehand. Para a polonesa, a movimentação em quadra está pior que nas últimas temporadas e ela tenta trabalhar para corrigir o problema. “Desde a semana passada, não está sendo fácil me mover em quadra. Sinto minhas pernas um pouco pesadas. Eu sei como devo me mover, é algo que normalmente faço sem pensar durante as partidas, mas ultimamente está exigindo mais esforço. Preciso ser mais precisa, porque as pe não estão respondendo naturalmente. Espero que, em algum momento, tudo volte ao normal, mas vou seguir trabalhando nisso.”
Ainda sem títulos em 2025, a polonesa foi questionada se os resultados poderiam estar ligados ao aspecto emocional. Ela descartou a hipótese, mas entende que precisa de alguns dias longe da quadra. “Não sou uma jogadora diferente do que era há uma ou duas temporadas em termos de atitude ou controle das emoções”, explica a campeã do ano passado. Ela agora segue para o WTA 1000 de Roma, onde também defende o título. “Quero tirar alguns dias de folga. Desde Stuttgart não tive descanso. Meu treinador vai decidir o que será melhor fazer nos próximos dias”.
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Muda de treinador. Esse aí não melhorou em nada o jogo dela; era melhor ter continuado com o antigo. Eu realmente gosto da Iga, mas ela é nova ainda, tem tempo pra melhorar