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Iga lamenta cobrança e explica conversa com árbtira

Foto: Jimmie48/WTA

Cincinnati (EUA) – Líder do ranking há 72 semanas e já garantida como principal cabeça de chave do US Open, Iga Swiatek tem dominado o circuito há mais de um ano, mas não escapa de cobranças em casos de derrota ou mesmo quando vence sem jogar tão bem. Foi o que aconteceu na partida da última quinta-feira pelas oitavas em Cincinnati, quando ela precisou de três sets para vencer a chinesa Qinwen Zheng. Durante a entrevista coletiva, a número 1 do mundo explicou que as mensagens que ela e equipe têm passado do tom e decidiu falar sobre o assunto.

“Não foi uma partida perfeita e todos vimos isso. Mas a quantidade de ódio e crítica que eu e minha equipe recebemos depois de perder um set é simplesmente ridícula. Eu quero encorajar as pessoas a serem mais atenciosas quando comentam na internet e também focar no lado positivo”, disse Swiatek, que tem 53 vitórias e apenas 8 derrotas no ano.

“Seria ótimo se vocês, jornalistas, pudessem nos ajudar, porque todas nós nos sacrificamos muito e estamos trabalhando muito para estar nessa posição. É muito triste para mim ver que as pessoas com quem trabalho sendo julgadas. Não é só em postagens públicas, mas também nos e-mails e mensagens que minha equipe recebe. É por isso que eu queria falar sobre isso”, acrescentou a polonesa, que alcançou as semifinais nos dois WTA 1000 preparatórios para o US Open, em Montréal e Cincinnati.

“Mesmo que eu não feito meu melhor jogo ou tido uma boa atuação no primeiro set, eu consegui resolver problemas. Lembro que nas semanas de Doha e Dubai, eu ganhei um torneio e cheguei à final em outro. Estava orgulhosa dos meus resultados, mas fui muito cobrada por perder a última partida. Sinto que a internet não é um lugar tão seguro e queria que eu e minha equipe fôssemos mais respeitadas”, complementou a jogadora de 22 anos, que já tem quatro títulos e dois vices na temporada. Ela disputará sua décima semifinal em 2023.

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Swiatek também falou sobre conversa que teve com a árbitra de cadeira Marija Cicak depois da vitória sobre a tcheca Marketa Vondrousova, 10ª do ranking e campeã de Wimbledon, por 7/6 (7-3) e 6/1 nesta sexta-feira pelas quartas de final. “Tenho muito respeito pela Marija Cicak. Ela é uma grande árbitra, é bem rigorosa com as regras e as aplica sempre, olhando para os segundos e tudo mais. Nos últimos dois games, jogamos alguns ralis mais longos e eu precisava de tempo para recuperar o fôlego, mas Marketa não me deixava fazer isso. Temos 25 segundos e ela estava sempre pronta antes dos 20 segundos”.

“Eu estava usando essas pausas para me preparar para o próximo ponto. Mas a regra é, na verdade, que quando ela estiver pronta, eu tenho que estar pronta. Então eu disse à Marija Cicak que sou humana e precisava respirar (sorrindo). Mas estou bem. Eu ainda posso jogar bem. Eu entendo totalmente a regra e temos que nos ajustar a ela”, complementou a tricampeã de Roland Garros.

O início da partida foi difícil para a polonesa, que chegou a estar perdendo o primeiro set por 5/3 e tinha só três pontos no saque da adversária. Mas depois ela só perdeu mais um game até o final do jogo. “No começo, eu cometi muitos erros nas devoluções. Foi difícil fazer elas funcionarem. Então, conversei com o meu técnico. Mas desde o começo eu sabia o que precisava fazer. Você só precisa ter a sensação certa”.

A adversária de Swiatek na semifinal deste sábado ao meio-dia será a norte-americana Coco Gauff, sétima do ranking. A polonesa venceu todos os sete duelos anteriores entre elas e nunca perdeu um set para a rival. “Coco e eu já nos enfrentamos muitas vezes. Eu meio que conheço o jogo dela. Mas você nunca sabe o que ela vai inventar. Estarei pronta e focada em mim mesma. Acho que depois de ter feito algumas partidas aqui, já sei como jogar nessas condições, então vou usar essa experiência e ir em frente”.

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