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Iga explica empunhadura e admite pressão da mídia social

Iga Swiatek (Foto: Facebook pessoal)

A polonesa Iga Swiątek, número 1 do mundo, oferece uma visão aprofundada de seu íntimo em entrevista de quase 9 minutos publicada no canal de vídeos da On, marca de produtos esportivos que é um de seus patrocinadores. No vídeo intitulado “Iga Swiątek: além do número um – Sonhe Junto”, Iga mostra que nunca se esquece de suas raízes e que continua sonhando grande, feliz por inspirar a próxima geração.

“No dia a dia, não penso que sou a número 1 do mundo. Quando pequena, a ideia de jogar o circuito da WTA parecia muito abstrata. Havia uma tenista que havia tido sucesso, Agnieszka Radwanska, apenas uma pessoa num país de quase 40 milhões de pessoas. Como eu poderia ser a próxima?” Mas aos 22 anos, ela já conquistou quatro títulos de Grand Slam.

A entrevista foi realizada uma semana antes de Indian Wells e começa dizendo que uma das coisas que a fazem única é a forma como segura a raquete, usando a empunhadura “western”, que não parece natural. “Parece estranha, mas de alguma forma ela funciona e se pode colocar bastante spin, assim. Jogo assim desde o início, não sei como aconteceu, mas definitivamente tem superefeitos porque me possibilitam rolar melhor a bolinha no ‘forehand’, dando trabalho às adversárias”, diz Swiatek.

“Meu treinador comenta que isso torna meu tênis assimétrico. Graças a esta empunhadura, a bola quica bastante e o ‘backhand’ é chapado, o que dificulta para as adversárias se adaptarem ao meu estilo de jogo”, acrescenta. “Não digo isso por falta de modéstia, é só que a rotação faz o serviço.

Em 20 de janeiro deste ano, a número 1 do mundo foi surpreendida e eliminada de virada na 3ª rodada do Aberto da Austrália pela tcheca Linda Noskova, de 19 anos, um choque para todos. “O ano passado foi cheio de desafios, devido à posição ocupada e às expectativas”, diz a psicóloga esportiva Daria Abramowicz, da equipe de Swiatek. “Quando perdi no Australian Open mais cedo que as pessoas esperavam, foi naquele momento que pude aceitar que ainda há partes do meu jogo que preciso melhorar. Claro que não foi fácil e naquelas duas semanas de trabalho em Varsóvia, tive realmente de ir fundo dentro de mim para tirar alguns pensamentos negativos. Apesar disso, sei que ainda tenho muito para melhorar.”

A vida no circuito mundial não é o que muita gente pensa. “Há dois anos quando atingi o topo do ranking, todo mundo dizia “Ah, você viaja pelo mundo todo’, mas na realidade, eu mal tenho tempo de conhecer esses lugares.”

Quando ela está exausta, volta para casa em Varsóvia. “De vez em quando realmente sinto saudades de Varsóvia. Eu fui à escola lá, tenho meus amigos lá. Isso me faz sentir confortável. Mas também há horas em que sinto todo o peso da Polônia”, comenta.

Ser tetracampeã de Grand Slam inspira seus jovens compatriotas, como Iga Piotrowska. “Todo mundo me diz que meu nome tem uma responsabilidade especial quando descobrem que jogo tênis e meu nome é Iga. Gostaria de ser tão rápida quanto ela, mas também ela é muito focada durante seus jogos, como se ela não deixasse suas emoções tirarem o melhor dela. Gostaria de ser assim porque, de vez em quando, fico bem nervosa. Sempre fico feliz quando algum esportista polonês tem sucesso. O fato de ela ter surgido e ser a número 1 do mundo realmente me inspira a continuar. E claro, por ser ela mesmo dentro da quadra e fora.”

A pressão sobre Swiatek vem também das redes sociais. “É mais pressão pelo fato de que quase todo passo que damos é visto e frequentemente somos julgados, mas isso é só uma fração que se vê na TV”, explica. “Espero que os fãs entendam que sou um ser humano também. Nem tudo está sob meu controle e também preciso de uma boa dose de sorte para que certas coisas aconteçam na hora certa.” Conversando com membros de sua equipe, o fisioterapeuta diz que no passado eles acreditavam mais nela do que o contrário e que sonhavam que a autoconfiança dela fosse mais alta. “Com certeza está mais alta e há espaço para melhorias. Tendo a ser a pessoa que gosta de ficar numa bolha e ser muito focada. É por isso que estou tentando melhorar e ser mais consciente de quem sou e deixar fluir, de vez em quando.” A campeã de Doha, Indian Wells, Madri e Roma nesta temporada finaliza dizendo que gostaria de inspirar as novas gerações a sonhar.

2 Comentários
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Paulo Justos
Paulo Justos
1 mês atrás

É um ótimo mini doc da Iga! Eu gostei

Laurindo Kogi Miyamoto
Laurindo Kogi Miyamoto
1 mês atrás

Tudo e questão de respeito, cultura, educação… já pensou a IGA jogando contra a Bia no Ibiraquera kkkkkk nossa normalmente seria um CARNAVAL…

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