Málaga (Espanha) – Muito criticada, a fórmula atual da Copa Davis foi defendida pelo presidente da Federação Internacional de Tênis (ITF) David Haggerty. Em entrevista ao L’Equipe publicada nesta terça-feira, ele se mostrou satisfeito com o formato, indicando que mudança alguma esteja nos planos, exceto talvez uma extensão do evento por mais dois anos com a mesma fase final.
“Todos concordaram que a Copa Davis precisava mudar. Mas antes de mudar, pensamos muito sobre como a Copa Davis poderia ser disputada e analisamos muitas possibilidades diferentes e isso levou às mudanças”, afirmou Haggerty, lembrando da reformulação feita na época da parceria com o Grupo Kosmos, cujo contrato acabou sendo rompido.
A possibilidade de mudança com a rescisão com o Kosmos parece não estar na pauta da ITF. “Estamos muito satisfeitos e muito confortáveis com esta fórmula. Gostamos dela, mesmo sabendo que nem todos os países são fãs dela, mas a maioria é”, afirmou o norte-americano.
Embora decepcionante para muitos fãs de tênis, esta posição não surpreende. Reeleito para um terceiro mandato em setembro, Haggerty foi um dos arquitetos da transformação da Copa Davis, defendendo o nascimento de uma fase final em terreno neutro que acabou se concretizando e hoje é a forma de disputa da mais tradicional competição entre nações do tênis mundial.
“Queríamos manter o jogo em casa e fora porque é uma parte importante da tradição. Mas também estávamos convencidos de que mesmo que a final em Lille, vencida pela Suíça (em 2014) tenha sido memorável para os dois países, o resto do mundo não sabia que havia um Campeonato Mundial naquele final de semana. Nosso objetivo também é investir no desenvolvimento do tênis”, afirmou Haggerty.