Melbourne (Austrália) – Ex-número 7 do mundo, o belga David Goffin viveu em 2023 uma temporada atípica para quem se acostumou a figurar entre os principais nomes do circuito. Ao longo de todo o ano, ele disputou 27 torneios, dos quais quase metade foram em nível challenger e em apenas um conquistou o título, ainda em janeiro.
Atualmente fora do top 100, ele disputa nesta semana o qualificatório do Australian Open e, apesar da má fase, acredita que ainda não perdeu o brilho de entrar em quadra. “Sinto que ainda tenho aquele fogo dentro de mim, por isso estou feliz por continuar trabalhando e estou muito focado em melhorar tanto minha condição física quanto meu tênis”, disse o jogador de 33 anos que superou o italiano Stefano Travaglia na estreia do quali em Melbourne.
“O objetivo é vencer mais dois jogos esta semana e tentar voltar ao top 100. É para isso que estou trabalhando. Espero ir jogo a jogo, ganhando confiança aos poucos e voltando a subir no ranking”, acrescentou.
Caso consiga furar o quali e entrar na chave principal do primeiro Grand Slam do ano, Goffin disputará o torneio pela décima vez na carreira, tendo como melhor resultado as quartas de final em 2017. Ele também atingiu a mesma fase um ano antes em Roland Garros e mais duas vezes em Wimbledon, nas temporadas 2019 e 2022.
O dono de seis títulos de ATP espera enfim reviver os melhores dias que já teve em um passado não tão distante. “Quero voltar a oferecer um tênis de alto nível, sei que ainda o tenho na raquete. Adoro jogar tênis, essa é a verdade. Adoro me esforçar e a sensação que tenho durante cada treino. Espero que seja apenas uma questão de tempo até que esse sentimento bom se traduza em quadra”, completou o belga, que enfrentará agora o britânico Billy Harris na segunda rodada do qualificatório.