Riad (Arábia Saudita) – As duas jogadoras mais jovens desta edição do WTA Finals vão decidir o título da competição neste sábado. Coco Gauff, de apenas 20 anos, e Qinwen Zheng, que recentemente completou 22 anos, se enfrentam a partir das 13h (de Brasília). A campeã também receberá um prêmio recorde na história do tênis feminino profissional, com US$ 4,805 milhões. A transmissão para o Brasil será da ESPN.
Tanto Gauff quanto Zheng classificaram-se em segundo lugar de seus grupos, com duas vitórias e uma derrota na fase de grupos, mas se recuperaram nas semifinais desta sexta-feira. A norte-americana bateu a número 1 do mundo Aryna Sabalenka por 7/6 (7-4) e 6/3, enquanto a chinesa passou pela tcheca Barbora Krejcikova por 6/3 e 7/5. Gauff venceu o único duelo anterior contra Zheng, disputado este ano, no saibro de Roma.
Até então, o prêmio do tênis feminino era de Ashleigh Barty, na edição de 2019 do Finals. Há cinco anos, a australiana vencia o torneio na cidade chinesa de Shenzhen e recebeu US$ 4,42 milhões. A premiação saudita poderia ser ainda maior se uma jogadora fosse campeã invicta em Riad. Neste caso, a vencedora ganharia US$ 5,155 milhões.
Gauff pode ser a campeã mais jovem em duas décadas
Apesar da pouca idade, Gauff já disputa seu terceiro Finals, caindo ainda na fase de grupos em 2022 e na semifinal do ano passado. Ela já é a finalista mais jovem da competição desde Caroline Wozniacki em 2010 e tenta se tornar a campeã mais jovem desde 2004, quando Maria Sharapova conquistou o título aos 17 anos, em uma de suas raras vitórias sobre Serena Williams, então com 23 anos, na final.
“Eu nasci em 2004 e foi a última vez que tivemos uma final tão jovem. Então, é algo que eu nunca tinha visto na minha vida, basicamente. Isso é muito legal e só mostra que a idade é um número”, disse Gauff. “Assim que venci minha partida, eu perguntei se essa final tinha algum tipo de recorde. Perguntei à equipe da Sky qual era a resposta. Eles não tinham, mas é bom saber”.
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Vencedora de oito títulos no circuito, Gauff vai disputar sua décima final da carreira. E a única vez que perdeu uma decisão foi no saibro de Roland Garros. Na atual temporada, ela venceu o 250 de Auckland e o segundo WTA 1000 da carreira em Pequim. Ela também chega à decisão motivada por ter vencido as números 1 e 2 do mundo, já que chegou a bater Iga Swiatek durante a fase de grupos.
Ao superar Sabalenka, a norte-americana recupera a vantagem no histórico de confrontos contra Sabalenka, agora liderando por 5 a 4, sendo que a bielorrussa havia vencido os dois últimos jogos, no Australian Open e no WTA 1000 de Wuhan. “Eu sabia que precisava trabalhar no meu saque depois de Wuhan. Fiz 21 duplas faltas naquele jogo e sabia que se pudesse cortar isso pela metade, eu teria uma chance melhor”.
“Obviamente, ela é uma ótima jogadora, mas eu simplesmente senti que se eu pudesse jogar bem e sacar bem, eu teria chance. Quando entrei em quadra, percebi que estava sentindo bem o meu saque e tive aquela crença de que eu poderia vencer”, acrescenta a atual número 3 do mundo.
Zheng recoloca a China na final após 11 anos
Já a também finalista Qinwen Zheng se torna a segunda jogadora de seu país na decisão do Finals, repetindo o resultado de Na Li, em Istambul, no ano de 2013. A chinesa fez um ótimo segundo semestre, com evidente destaque para a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris. Ela também venceu o 250 de Palermo e o 500 de Tóquio, além de chegar à final do WTA 1000 de Wuhan. Com cinco títulos no circuito, disputará a décima final da carreira. No início da temporada, disputou sua primeira final de Grand Slam na Austrália.
“Este é meu primeiro WTA Finals e agora estou na final. É inacreditável. Não tive um bom desempenho em Roland Garros e também em Wimbledon. Acho que tudo tem um motivo. Depois disso, mesmo sendo campeã olímpica, tentei manter minha mentalidade estável, não relaxar e Parece que está funcionando. Ainda mantenho as motivações bem altas”, explica a chinesa, que está subindo para o quinto lugar do ranking e pode saltar para a quarta posição em caso de título.
Relembre o confronto entre Gauff e Zheng em Roma
O único duelo entre Gauff e Zheng terminou com vitória em sets diretos da norte-americana, por 7/6 (7-4) e 6/1 pelas quartas de final de Roma. Ela avançou à semifinal com a vitória e foi superada pela campeã Iga Swiatek na rodada seguinte.
Vou torcer pela americana
Jogão, Gauff mereceu a Vitória, muito agressiva em quadra, agora lidera o confronto por 5×4 !
Zheng subindo para quinta posição do ranking mundial, mas acho que amanhã mesmo será a quarta.
Concordo!
Uma vergonha o torneio acontecer num país onde as mulheres são massacradas diariamente, onde ser gay é crime.
O silencio do “mundo do tênis” é ensurdecedor.
Não vamos matérias (jornalismo) sobre o assunto, jogadoras não comentam e principalmente não criticam (Gauff foi a única que tocou no assunto, rapidamente).
Novamente o esporte sendo usado (e comprado) para normalizar regimes grotescos.
Coco Gauff jogando barbaridade neste torneio! Tá merecendo o título.
Pequena reflexão, sem diminuir em nada o desempenho da Bia que considero excelente. Ano passado a Bia ganhou da Zheng o elite, um ano depois a Zheng está disputando o finals e a Bia exatamente no mesmo lugar. Acho que precisa de uma mudança.