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Ex-parceira de Ingrid, brasileira é top 30 no pickleball

Louisville (EUA) – Não é mais novidade para ninguém que o pickleball se tornou uma grande febre nos Estados Unidos. Mais do que o aumento no número de praticantes em todo o território norte-americano e outros países do mundo, incluindo o Brasil, a modalidade vem consolidando aos poucos o seu próprio circuito profissional, que tem como destaque uma brasileira.

Mariana Humberg, também conhecida como Mari entre os americanos, é hoje uma das top 40 nos rankings de simples e duplas da Dynamic Universal Pickleball Rating (DUPR), o sistema de classificação global do pickleball. Aos 27 anos, ela figura como a número 22 do mundo na lista individual feminina e ocupa o 40º lugar entre as duplistas.

Com histórico familiar nos esportes de raquete, Mari foi influenciada desde cedo pelos pais e começou a jogar tênis aos nove anos de idade. Em alto nível, ela disputou o circuito juvenil da ITF e conquistou cinco títulos de duplas, dois deles em 2012 ao lado da carioca Ingrid Martins, hoje top 50 da WTA na especialidade.

Assim como sua antiga parceira, Humberg decidiu migrar para o tênis universitário aos 18 anos, mas acabou não retomando a carreira como profissional. Ela iniciou os estudos na Universidade de Winthrop, na Carolina do Sul, e se formou em Economia no ano de 2018 na Universidade de Louisville, no Kentucky, onde vive até hoje. No entanto, desde que terminou a faculdade, ela parou de jogar tênis e acabou conhecendo alguns anos depois o novo esporte que ganhou seu coração, como ela mesma conta.

“Depois que me formei, parei de jogar tênis a sério, e só praticava de vez em quando com algumas amigas. E esse foi um aspecto da minha vida que senti muita falta. Foi quando, em 2022, reencontrei um amigo de longa data e ele me perguntou se eu estava jogando pickleball. Eu já tinha ouvido falar na modalidade, experimentei, mas achei meio lento e não sabia se ia me animar”, revela Mari, que depois de dar uma nova chance acabou se apaixonando pelo jogo.

“Provavelmente não tinha jogado com o pessoal certo. Então esse amigo me chamou para jogar com um grupo no qual ele costumava praticar e fui com uma raquete bem baratinha mesmo. Acabei perdendo para jogadores um pouco mais velhos do que eu, e eu não gosto de perder para quem eu acredito que não deveria perder. Foi aí que entendi do que realmente se tratava esse esporte e comecei a treinar e jogar todo dia”, explicou.

Depois disso, Humberg passou a entrar em diversos torneios e em apenas três meses já fazia sua estreia em uma competição profissional, jogando contra atletas de ponta. “Tive a oportunidade de enfrentar a número 1 do mundo, Anna Leigh Waters, no meu segundo jogo como profissional, e depois disso joguei muitas outras partidas com as top 10.”

A rápida ascensão da jogadora na elite do pickleball fez com que ela mergulhasse de vez na carreira e seus planos para o novo ano incluem quase uma atenção exclusiva para o esporte. “Me dediquei bastante nos último anos e em 2024 vou me dedicar muito mais. Não vou mais trabalhar em tempo integral na área de Marketing, para jogar e dar aulas de pickleball. Tenho meu certificado de professora e gosto muito de ensinar as pessoas”, afirmou.

Além disso, Mari assinou contrato a Major League Pickleball, que atua com eventos por equipes, e continuará jogando torneios da Associação dos Jogadores de Pickleball (APP) e da Pro Tour of Pickleball (PPA), em simples, duplas femininas e duplas mistas.

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YukiBR
YukiBR
6 meses atrás

Se vai falar de brasileiros no pickleball é imprescindível mencionar Simone Jardim que foi uma das jogadoras pioneiras no pickleball dos Estados Unidos e ainda joga em alto nível nas duplas femininas.

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