Monte Carlo (Mônaco) – Primeiro finalista do Masters 1000 de Monte Carlo, o espanhol Carlos Alcaraz saiu bastante contente com seu desempenho após eliminar o compatriota Alejandro Davidovich Fokina. O número 3 do mundo vai disputar sua segunda decisão na temporada e busca o primeiro título no saibro desde a conquista de Roland Garros, na temporada passada.
“Parece que já faz muito tempo desde a minha última final de Masters 1000. Sei que todos gostariam de me ver sempre lutando pelo título, mas é preciso ter paciência e me esforçar ainda mais quando as coisas não estão indo como o esperado”, afirmou o espanhol na entrevista em quadra. Ele não disputava uma final neste nível desde Indian Wells em 2024.
“Continuo acreditando em mim mesmo e agora estou começando a me sentir ótimo novamente em termos de tênis, físico e mobilidade. Consegui manter o foco durante toda a partida. Quero aproveitar este momento”, acrescentou Alcaraz, que pela primeira vez na semana não começou atrás no placar.
O número 3 do mundo está feliz por disputar mais uma decisão, mas acha que pode fazer melhor. “No início da semana, como é o meu primeiro torneio em quadra de saibro do ano, me concentrei em me adaptar às condições. O jogo no saibro é diferente, você bate diferente na bola. Tenho que continuar melhorando meu nível e, se possível, elevá-lo na final”, analisou.
Duelo com um compatriota
Enfrentar um tenista do mesmo país nunca é fácil e Alcaraz falou um pouco sobre as sensações que teve contra Davidovich Fokina neste sábado. “Você provavelmente consegue jogar com um pouco mais de calma porque já o conhece, sabe o nível dele e o que vai fazer. Às vezes consegue prever a jogada que vai dar. Isso torna um pouco mais fácil”, comentou o espanhol.
“Por outro lado, é complicado porque a amizade que temos fora de quadra é muito boa. Disputar com um amigo por uma vaga na final de um Masters 1000 pode ser complicado. Estou feliz por ter conseguido deixar essa amizade de lado, ser um pouco egoísta e pensar em mim”, acrescentou Alcaraz.
Pressão pelo número 1
Mais uma vez a questão da briga pela liderança veio à tona. Alcaraz, que pode voltar a ser o número 2 se for campeão e já garantiu a liderança na corrida para o ATP Finals comentou o caso. “Como o Jannik (Sinner) não pôde jogar torneios, muitas pessoas me perguntaram e falaram sobre isso, sobre como é importante para mim voltar a ser o número 1 ou vencer torneios”, disse.
“Provavelmente tenho pensado demais nisso em vez de jogar um bom tênis e me divertir na quadra e nas partidas. Depois de Miami, percebi o caminho que preciso seguir, as coisas que preciso fazer. Não preciso pensar nos resultados nem em nada mais, só preciso me divertir”, finalizou o tenista de 21 anos.
A vitória contra o Fila foi fundamental. Ele constrói as soluções do campeão que é. Eu não concordo muito com essa de “só preciso me divertir”, porque ele já mostrou muitas vezes que abusa das jogadas de efeito e perde o mental muitas vezes. Talvez seja só o “jogar feliz” e não ficar nervoso para jogar contra o Draper no torneio em que era bicampeão. Talvez seja o jeito de ele se encontrar e até mesmo de ser mais comprometido. Em termos de mental, ele tem jogado no nível certo essa semana. Não é menosprezar, mas o Musetti vai precisar de um dia ruim do espanhol para ter alguma chance. Bora, Carlitos!!
Alcaraz irá ganhar. Tá jogando muito
Acho que o Minaur poderia ser mais perigoso pra frustrar o título do Alcatraz amanhã. Mas vamos ver o Muzetti amanhã.