Miami (EUA) – Após uma longa pausa de pouco mais de um ano, durante a qual deu à luz sua filha Shai em julho de 2023, a japonesa Naomi Osaka retornou ao circuito em janeiro de 2024. Mais de um ano depois, a ex-número 1 do mundo ainda busca a combinação certa para recuperar o nível que a tornou uma das melhores jogadoras do circuito.
“Levei muito tempo para me recuperar da gravidez. Vejo-me com 75% do meu potencial”, disse a dona de quatro títulos de Grand Slam na última terça-feira, após sua vitória na primeira rodada do WTA 1000 de Miami, superando a cazaque Yuliia Starodubtseva de virada, com o placar final de 3/6, 6/4 e 6/3.
Eliminada na primeira rodada em Indian Wells, a japonesa se recuperou bem após perder o primeiro set e mostrou sinais encorajadores na Flórida, o suficiente para colocar um sorriso de volta em seu rosto. “O que mais me orgulha é a minha mobilidade em quadra e a energia que demonstrei durante a partida. Fazia tempo que não me via dando golpes tão poderosos”, analisou Osaka.
Atual 61ª do mundo, ela sabe que ainda não chegou ao fim do processo, que não sé é uma questão de preparo físico, mas também há o fator mental. “Acho que cheguei a um nível de condicionamento físico que não alcançava desde a minha gravidez. Agora tenho que administrar meu estresse. Quero jogar tão bem e competir com grandes jogadoras”, comentou.
“O acúmulo de estresse durante certas partidas pode levar a lesões. Foi o que aconteceu este ano com meu abdômen. Tenho que entender que estou no meio de uma transformação e que preciso ser paciente”, acrescentou a japonesa, que na segunda rodada em Miami irá enfrentar a russa Liudmila Samsonova, cabeça de chave 24 no torneio.