Miami (EUA) – Responsável por uma das grandes surpresas até então no WTA 1000 de Miami, derrubando a norte-americana Madison Keys, cabeça de chave número 5 e atual campeã do Australian Open, a filipina Alexandra Eala, de apenas 19 anos ainda estava tentando absorver sua primeira vitória sobre uma top 10 na entrevista coletiva após a partida.
“Acho que não tive tempo para processar tudo o que aconteceu, então estou indo passo a passo e me concentrando apenas no que preciso fazer a seguir, que é me recuperar bem”, afirmou Eala, que com suas três vitórias neste ano em Miami mais do que dobrou o número de triunfos de tenistas Filipinas na competição, que até o começo de 2025 eram dois no total.
Nas oitavas de final, a jovem tenista medirá forças com a espanhola Paula Badosa, que superou problemas físicos na terceira rodada. “Definitivamente acho que vai ser uma luta difícil. Paula está em cena há muito tempo, então é muito experiente e muito boa. Quanto às suas costas, não acho que deveria comentar sobre isso. Vou entrar amanhã focada na partida como nas anteriores”.
Dando seus primeiros passos nos principais eventos do círculo profissional, a filipina sabe que não terá vida fácil para alcançar seus objetivos. “Acho que cada jogadora aqui se imaginou como uma tenista de sucesso. Esse é o objetivo: ir bem na WTA, ganhar Grand Slams. Acho que esse é um bom passo em direção a onde eu quero estar”, contou a atleta de 19 anos.
Modelo para as crianças
Apesar da pouca idade, Eala espera servir de inspiração para as jovens tenistas, principalmente em seu país. “Quero que as crianças em casa vejam mais a minha atitude e mais a coragem do que os resultados. Mas a inspiração nem sempre tem que vir de alguém nas Filipinas. Por exemplo, as crianças nas Filipinas não precisam se inspirar em mim, podem se inspirar em quem quiserem”.
Ela própria sabe bem o que diz, já que não teve uma fonte inspiradora no tênis no seu país e foi buscar um pouco bem longe de lá, na Espanha, onde foi treinar na academia de Rafael Nadal. “Tem sido meu lar pelos últimos sete anos. Claro que minha família deve levar o crédito pela fundação como me criaram antes de me mandarem para lá”, disse a tenista, que começou por meio do irmão e do avô.
“Meus pais sabiam que queriam que eu entrasse no esporte e meu avô era meio que um jogador de clube”, contou a filipina, que atualmente passa pouco tempo em seu país natal. “Na maior parte do ano, quando não estou competindo, volto para Mallorca. Normalmente volto para casa no natal e, às vezes, na pré-temporada e antes da Austrália”, finalizou Eala.
Mais um talento surgindo no tênis feminino. Sucesso para ela.
Muito interessante ver que o tênis se expande no mundo e novos jogadores de países com pouca tradição comecem a despontar. Claro que ainda é muito cedo para dizer se Eala terá sucesso na carreira, mas é importante que ela sonhe e lute por seu espaço no mundo do tênis. Eala é o segundo nome vindo da academia de Rafael Nadal que surpreende no Miami Open deste ano. Coleman Wong também é cria da academia do ex-tenista espanhol.
Potencial para ter sucesso ela já mostrou que tem… Aguardemos o andar da carruagem…