Miami (EUA) – Um dos idealizadores da criação da PTPA (Associação de Jogadores Profissionais de Tênis), o sérvio Novak Djokovic enfim se pronunciou sobre a atitude da entidade, que decidiu abrir um processo contra os órgãos dirigentes do tênis profissional. Antes de sua estreia no Masters 1000 de Miami, o ex-número 1 do mundo defendeu o posicionamento do sindicato, embora reconheça que há alguns termos um pouco mais fortes do que imaginava.
“Realmente espero que todos os órgãos governamentais, incluindo a PTPA, se reúnam e resolvam essas questões. Esta é uma situação clássica de processo, advogados versus advogados. Para ser honesto, há coisas com as quais concordo no processo e outras com as quais não concordo. Percebi que talvez parte da linguagem fosse bem forte, mas acho que a equipe jurídica sabe o que está fazendo e que tipo de terminologia usar para atingir o efeito certo”, disse Djokovic.
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O sérvio mostrou confiança na equipe jurídica da PTPA e acredita que o processo legal trará benefícios para os atletas, coisas que estão pedindo há tempos e que não conseguem ver qualquer tipo de movimentação a esse respeito.
“Nunca fui um defensor da divisão no tênis, sempre lutei por melhor representação, influência e posicionamento dos jogadores de todo o mundo em nosso esporte. Acredito que ainda não está onde eu acho que deveria e onde a maioria dos jogadores acredita que deveria estar, não apenas em termos de prêmios em dinheiro, mas em termos de muitas outras razões que também foram estabelecidas naquele documento”, comentou o atual número 5 do mundo.
Ainda em busca da melhor forma
Eliminado na estreia em Indian Wells, o sérvio espera poder se reencontrar com seu melhor tênis em Miami, onde estreia nesta sexta-feira contra o australiano Rinky Hijikata. “Digamos que estou em uma jornada para encontrar o nível de tênis que eu quero. Não joguei no meu melhor, nem perto do meu melhor em Indian Wells e Doha”, observou Djokovic.
“Depois de desistir nas semifinais na Austrália, não consegui encontrar a qualidade de tênis que eu estava procurando. “Tenho trabalhado duro, dando tudo de mim nos treinos. Sei que isso vai acontecer no final e espero que seja aqui. Joguei muito bem na Austrália e pensei que tinha uma boa chance de ganhar o título em Melbourne. É uma pena que tenha terminado assim para mim”, finalizou.
Dalcim, por favor. Se você puder dar a sua opinião, eu agradeço. Não gostei da criação dessa PTPA. Porém, em um aspecto, eu acho que os torneios Master 1000 nunca deveriam ser tão longos. Duas semanas parece um exagero, em minha modesta opinião. Penso que somente os Grand Slams necessitam de duas semanas de duração. Sinceramente, os Masters 1000, para mim, neste novo formato estão muito mais tediosos de acompanhar. Muito longos. Os Grand Slams necessitam deste tempo porque são jogos de no mínimo 3 sets, chegando até 5 sets. Daí a necessidade de um maior número de dias de disputa para a melhor regeneração dos atletas. O que você acha?
Eu particularmente achei exagero transformar quase todos os 1000 em 10 dias, principalmente os europeus. Aliás, havia promessa da ATP de fazer um 250 na segunda semana dos Masters e isso não aconteceu, o que ao menos justificaria isso e deixaria o calendário mais ativo para os tenistas fora do top 100.
Obrigado Dalcim. Penso que a maioria dos que gostam e/ou acompanham o tênis também não gostou deste novo e cansativo formato dos ATP 1000.
Será que baseado no que você citou, algumas reivindicações da PTPA realmente não seriam relevantes?
Na minha ideia, mestre Dalcim, poderia até ser 10 Masters como no feminino. Porém, 5 seriam de 2 semanas (Indian Wells, Miami, Madrid, Roma e Shangai) e o restante 1 semana (O eminente e inevitável Masters árabe, Monte Carlo, Canadian, Cincinatti e Paris). Por fim os de 2 semanas deveriam ser recompensados com 2 challengers 125 ou 175 na segunda semana e, quem sabe até mesmo um ATP 250 e 2 challengers 125. E ao longo da realização dos torneios de uma semana que se façam 2 challengers de alto calibre pra compensar o “baixo” número de players na chave.
Não vai passar da primeira rodada, ex-jogador em atividade.
E o Kiko?
Chaves
O “ex-jogador” em atividade chegou na semi do último Grand Slam e na final das Olimpíadas e de Wimbledon 2024.
Derrotou o atual campeão de Wimbledon e Roland Garros nos dois primeiros torneios supracitados. E só abandonou a semi do AO 2025 e as quartas do RG 2024 por lesão.
Engula seu choro e sua crônica dor de cotovelo, rsrs.
O que isso tem a ver??
Verdade, Australian Open foi o único torneio que o Nole jogou um tênis decente! Ele precisa ser mais agressivo, pois sua capacidade defensiva caiu muito! Sua movimentação lateral não é mais a mesma
Não esqueça de RG, WB e Olimpíadas 2024.
Nesses três, só foi derrotado na final de WB pelo fenômeno Carlos Tevez Jr. e muito provavelmente porque estava recém-operado, pois foi o único jogo dos últimos 5 entre eles que o GOAT perdeu.
Carlos Alcaraz bateu Nadal e Djokovic em sequência pra levar o MASTERS 1000 de Madri 2023 . No momento está 5 x 3 para o Sérvio. Mas as milongas do AOPEN 2025 vão custar caro . Aguarde rs. Abs !
Já está tirando o corpo fora? Afinal, o que é a PTPA? Quem está financiando essa brincadeira?
O tênis é um dos esportes mais ingratos com quem não figura dentro dos mais ranqueados. Assim como boxe, ou qualquer outro esporte que é guiado por um ranking. Ninguém vai pagar muito para ver 100o x 200o.
Nesse sentido, nada mais justo que um esporte mundial e que movimenta bilhões possa repartir melhor os ganhos, fazendo que não só 300 vivam bem com o esporte. É muito pouco em minha modesta opinião.
A PTPA é tão bem intencionada que seu Co-Fundador em 2020 , resolveu não assinar encima da hora. Na época, Federer e Nadal voltaram ao Conselho dos Jogadores da ATP , pois Djokovic caiu fora . Qual seria o motivo para o “ guerreiro de Mônaco “ ( mora desde os 19 ) , ficar de fora ? . Abs !
Todos reclamam que o calendário é cruel, pouco tempo de férias, poucas oportunidades de remuneração fora do top 60.. Mesmo que os jogadores possam optar por não jogar, eles não perdem torneios porque o adversário pelo ranking pode jogar e ultrapassá-lo. Pois bem, não seria uma solução a ATP e WTA estabelecerem um limite de torneios máximo que um jogador pode jogar no ano? Esse limit garantiria um terreno igual para todos, e descanso para todos. Além disso, com os tops não podendo jogar todos os torneios possíveis, sobra bem mais vagas pros tenistas fora do top 100, e a remuneração fica melhor distribuída. Uma simples medida ajudaria a amenizar diversos problemas apontados, ou não?
E o motivo todo mundo já conhece: é que o de cima sobe e o de baixo desce. Não há interesse pela totalidade de jogadores; o interesse é pessoal e pelos que estão no topo. Aí ficam com esse papo. Mas há quem acredita e defenda – inclusive fervorosamente e com xingamentos.