Djokovic já prepara o mental para encarar a torcida

Foto: Simon Bruty/USTA

Nova York (EUA) – Classificado para as quartas de final do US Open, o sérvio Novak Djokovic terá agora em seu caminho para a decisão do US Open apenas tenistas da casa. Seu próximo obstáculo será o norte-americano Taylor Fritz, contra quem jogou sete vezes e venceu todas. Avançando para as semifinais, ele medirá forças com o vencedor do duelo entre Frances Tiafoe e Ben Shelton.

“Presumo que haverá mais apoio para Taylor Fritz em nossa próxima partida. Se eu vencer, enfrentarei Shelton ou Tiafoe nas semifinais. É esperado, estou nos EUA jogando contra jogadores da casa. É algo que ficaria surpreso se fosse de outra forma, para ser sincero. Então eu sei o que estou esperando e vou me preparar mentalmente para isso”, comentou o sérvio.

“As partidas só vão ficar mais difíceis a partir de agora, são quartas de final de um Slam. Acho que é importante para um país muito grande e importante no mundo do tênis ter três tenistas nas quartas. É importante para este torneio”, afirmou Djokovic, que ostenta um grande histórico contra os norte-americanos no circuito, defendendo uma invencibilidade de 29 partidas.

Embora saiba das dificuldades que terá por enfrentar representantes da casa, ele vê com bons olhos o momento dos norte-americanos. “Os EUA tiveram alguns grandes nomes de todos os tempos: Pete Sampras, (Andre) Agassi, (John) McEnroe, (Andy) Roddick, (Jimmy) Connors, jogadores incríveis ao longo dos anos. Claro, quando você está acostumado com campeões e números 1 do mundo, vencedores de Grand Slam, qualquer coisa exceto isso não é um sucesso, certo?”.

Sem pistas para duelo com Fritz

O sérvio se esquivou com classe de uma curiosa pergunta na entrevista coletiva sobre o que Fritz poderia fazer para colocá-lo em perigo e quem sabe vencê-lo pela primeira vez em oito duelos.” Não vou falar sobre o que ele precisa fazer para ter uma chance contra mim. Tenho certeza que tentará resolver isso com seu treinador”, comentou Djokovic.

Para ele, ambos sabem bem o que esperar do confronto. “Conhecemos muito bem o jogo um do outro. Na verdade, joguei com ele algumas vezes nos últimos dois anos. Vai ser um grande jogo. O saque e o forehand são as duas maiores armas, sem dúvida, mas ele melhorou muito em outros aspecto”, analisou o sérvio.

“Com certeza vou me preparar para essa partida como qualquer outra, fazendo minhas análises, assistindo a última partida que tivemos um contra o outro há apenas algumas semanas em Cincinnati, onde joguei uma partida muito boa, muito sólida. Venci em dois sets e vou tirar alguns pontos positivos disso”, acrescentou o tricampeão do US Open.

‘Nole’ entrou mais atento contra Gojo

Depois de levar um susto do compatriota Laslo Djere na rodada anterior, Djokovic entrou mais ligado para o duelo de domingo à noite. “Gostei de como entrei na partida hoje. Boa intensidade, ótimo primeiro set. Obviamente eu não queria repetir de forma alguma os primeiros sets da terceira rodada, quando nao trouxe a intensidade desta noite. Isso fez a diferença, principalmente no começo”, garantiu.

“O segundo set foi bem disputado, ele conseguiu uma quebra cedo e eu devolvi. Obviamente, uma das chaves para a vitória hoje foi tentar neutralizar seu saque, devolver o máximo de saques possível e fazê-lo correr. Ele é um cara grande, embora se mova bem para sua altura, mas sabia que era aí que taticamente estava minha chance”, acrescentou Djokovic.

“Acho que me saí bem, principalmente em alguns momentos-chave no segundo e terceiro sets. Saquei bem e li o saque dele, fiz ele jogar sempre uma bola a mais. Estou satisfeito por seguir em frente”, comemorou o sérvio, que se tornou o primeiro a ter pelo menos 85 vitórias nos quatro Grand Slam e o primeiro a alcançar pelo menos 13 vezes as quartas nos quatro principais torneios do circuito.

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