Londres (Inglaterra) – O sérvio Novak Djokovic mais uma vez estampou a capa de uma revista, desta vez da Business Travaler, dando uma longa entrevista na qual fala de negócios, equilíbrio e até do futuro além do tênis, embora sem que a palavra aposentadoria fosse citada. Ele também destacou a importância da família, não apenas na sua vida pessoal, mas também na profissional.
“Quando me tornei pai pela primeira vez, tive uma vontade grande de que meus filhos pudessem me ver jogando e ganhando, principalmente em Wimbledon. Agora eles já têm idade suficiente para entender o que seu pai faz”, afirmou o sérvio, pai de Stefan (10) e Tara (7).
Ainda em busca de recordes e marcas expressivas, ele mostra ter vontade de buscar o 100º título e o 25º Grand Slam. “O tênis é um esporte no qual é necessário ter essa mentalidade de que nunca é o bastante, pois quando é o suficiente, você pendura sua raquete. E definitivamente ainda não é o suficiente para mim”, comentou o atual número 5 do mundo.
O papel de pai é definitivamente uma coisa importante para o sérvio. “Eu realmente quero estar ao lado dos meus filhos e passar o máximo de tempo com eles quando estamos juntos, pois fico algum tempo ausente. É algo que enche meu coração de felicidade”, observou Djokovic, que inspirado na família criou a Fundação Novak Djokovic em 2007.
“No começo nós queríamos ajudar todo mundo, mas chegou em um ponto que tivemos que seguir e uma direção porque só assim podemos causar impacto na sociedade”, contou o tenista de 37 anos, que em 2011 ele se tornou o embaixador da Unicef na Sérvia e aproveitou os contatos para trazer maior conhecimento para dentro de sua fundação.
“Eles nos providenciaram certas informações realmente importantes para nós, mas também muito preocupantes: naquela época, mais da metade das crianças sérvias não estava indo para escola. Não era apenas algo econômico, mas também cultural. Desde então atingimos 50 mil crianças com nossos programas”, afirmou o tenista de Belgrado.
Negócios com base no estilo de vida
Desde 2010, Djokovic aderiu a uma dieta sem glúten e baseada principalmente em vegetais. Ele recentemente lançou a Sila, uma marca de suplementos que estreou nos EUA e na Europa em março. “Trabalhamos em vários aspectos do desempenho e longevidade, incluindo sono, foco, saúde intestinal e a parte muscular. Tenho certeza de que todos querem dar o seu melhor, seja no trabalho ou em casa e isso independe de ser um atleta ou não”, disse o sérvio.
Outro ponto caro a ele neste assunto é a hidratação celular. “Você bebe água, não? Então se hidrata, mata a sede quando aparece. Mas quanto desse líquido realmente fica dentro. Você está realmente hidratando suas células da maneira mais apropriada?”, questionou Djokovic, que sonha em ajudar o máximo de pessoas possível.
“Um dos meus maiores desejos é ver menos gente doente. Adoraria ver isso. Claro que não é uma coisa do dia para noite, mas acho que focando mais em prevenção e conexão com a natureza tem tudo para nos levar a um sucesso de longo prazo”, comentou o ex-número 1 do mundo.
Lições do tênis para o mercado
Considerado por muitos o maior tenista de todos os tempos, Djokovic acredita que seu aprendizado no esporte possa se transferir para outras áreas. “O tênis consumiu a maior parte da minha vida desde pequeno, coloquei uma devoção mental, física e emocional para fazer isso e tive minha recompensa”, falou o sérvio, que segundo a Forbes soma US$ 186 milhões na carreira só em premiação em dinheiro e mais US$ 365 milhões em ganhos fora das quadras.
“Quando você alcança os mais altos níveis do esporte global, há certas coisas que são fundamentais para os negócios ou qualquer coisa na vida. Disciplina e rotina diária são coisas subestimadas e têm uma grande importância. Disciplina, comprometimento e devoção, mas também inovação. Saber se adaptar é algo único e muito raro. Gosto de uma frase que ouvi anos atrás: ‘O maior oponente é sempre aquela pessoa que você era um dia antes, por isso tente ser sempre uma versão melhor de si mesmo’. Isso é um lema para mim”, disse Djokovic.
Espetacular, um grande exemplo para o esporte e para a vida, grande esportista e maior ainda como pessoa.
Você o conhece como pessoa? Frequentar a casa dele?
Sabe, ninguem daqui sabe como as pessoas são realmente. As pessoas da “televisão ” são personagens para vender algo e não exatamente elas mesmas.
Quem sabe ainda 25GS, os últimos momentos de Federer, e Nadal principalmente, trouxeram surpresas inesperadas, mas esse recorde de 24GS masculino por si só e ao lado da tal Margot será bem difícil (como antes) de ser batido, é preciso ter um respeito enorme, quer goste ou não dele, por este número impensável por tantos tenistas ex-números 1 do passado, a dificuldade hoje é que volume de jogos, intensidade, etc… aumentou muito, parece que passou da curva possível e natural, essa rapaziada não vai ter corpo pra 20 anos e repetir o que o Big3 fez, alguns já andam apitando ainda bem novos, se não por contusão, por cansaço, e ser robo é ainda mais risco dado o limite do corpo (sem substituição de peças), e se algum conseguir, não serão 3 competindo, máximo 2 talvez, será um recordista mais apático, sem um brilho de uma concorrência espetacular do Big3, portanto é aproveitar ainda estes últimos momentos históricos de Novak Djokovic em quadra antes de encerrar esta era do Big3 de vez, um Sérvio com personalidade única, autêntico, podem se queixar do fora da quadra, mas ganhou tudo em quadra, dentro das regras, no silêncio das partidas, com seu corpo e uma raquete, privilégio foi (e ainda sendo) de todos de vivermos a mesma época acompanhando os 3!
Gostem ou não dele (eu mesma não gosto), Djoko realmente tem muito a ensinar sobre garra, perseverança e longevidade.
perdão, Margaret Court! se puder corrigir pra mim, agradeço.
kkkkkkk esse aí pro tênis profissional já era…
Com mais de U$ 500 milhões ganhos como jogador e empreendedor relacionado ao tênis, era hora de Djokovic se aposentar e deixar as quadras. Sempre fui fã do suiço Roger Federer pela sua técnica e simpatia ao contrário de Rafael Nadal aparentemente antipático, mas grande jogador. E agora temos do Djokovic , grande campeão mas que está sendo derrotado pela idade assim como foram todos os grandes campões passados. A idade é implacável e não poupa ninguém . Mas assim é em qualquer atividade, esportista ou empreendedor.
Mas você acha que ele precisa fazer algo mais no tênis profissional??? Só me responde com sinceridade…
Será lindo vê-lo perdendo seu ranking artificialmente inflado quando não defender os pontos fakes da final fake de Wimbledon…
Impressionante como Nole é diferenciado como atleta, e não só por ser o maior da História do Tênis Mundial, mas tb desponta em outros esportes, como no : basquete, vôlei, golfe, natação e em esportes de inverno.
Sua determinação e coragem tb em enfrentar os obstáculos, realmente é para poucos! E ainda tem tempo disponível de contribuir pelos direitos de tenistas profissionais de ranking mais baixos e, fora das quadras, lutar pela inclusão social em seu país. Sua Fundação, é merecedora de admiração pelo trabalho que desenvolve. Que Nole inspire muitos mais jovens a seguirem seu exemplo como atleta e Cidadão!
Puxa, belas palavras do sérvio. Não por acaso é o maior e melhor tenista da história. Talvez até o maior competidor, junto com o Nadal.
O Djokovic costuma ser o centro das discussões mesmo sem querer, ele atrai isso. Aqui no site, notícias envolvendo seu nome não ficam com menos de 50 comentários, em regra.
Eu gostaria de ver o sérvio levantar mais um troféu de Slam e se aposentar. Ele ganhou absolutamente tudo, é duro achar motivação aos 38 anos praticamente e esses caras não costumam saber o momento certo de parar.
Nadal deveria ter largado em Roland Garros 2022, cenário perfeito. Federer perdeu a final de Wb 2019 e ficou insistindo, insistindo… até que se despediu com um pneu, em sua quadra predileta. O Djoko pode ir pelo mesmo caminho, ou não, fato é que esses três marcaram definitivamente o esporte. O Alcaraz consegue até chegar perto, mas o Sinner ainda é uma figura pouco carismática, atrai poucos fãs e poucos haters também, apesar de jogar um tênis impressionante.
Não sou fã do Djokovic. Mas esta entrevista dele está muito boa. Gostei das suas colocações. E de suas ideias sobre estilo de vida e longevidade.
Ai ai ai ai, tá chegando a hora…