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Djokovic chega cheio de expectativas para sua quinta Olimpíada

Foto: ITF

Paris (França) – Medalhista de bronze em Pequim-2008 e quarto colocado em Londres-2012 e Tóquio-2020, o sérvio Novak Djokovic chega em Paris para a sua quinta participação olímpica, tendo provavelmente sua última grande oportunidade de enfim faturar o ouro que falta em sua galeria.

Aos 37 anos, ele vive uma temporada atípica, sem ter conquistado um único título até o momento e vindo de uma artroscopia no joelho direito no início do mês passado. Vice-campeão em Wimbledon há pouco mais de dez dias, ele espantou as dúvidas sobre suas condições físicas ao repetir o resultado de 2023 no All England Club, mas agora seu foco está inteiramente voltado para o título olímpico.

Cheio de expectativas, ele conversou com a imprensa pela primeira vez nesta quinta-feira e falou sobre o que espera de sua participação na capital francesa. “Estou muito emocionado e mal posso esperar para representar meu país. Tenho grandes expectativas para este torneio. Sinto-me melhor e mais preparado do que antes de Wimbledon. Tive muitas oportunidades de ganhar o ouro e agora tenho que aproveitá-las. Os Jogos Olímpicos sempre foram um grande desafio para mim. Concentrei toda a minha preparação neste torneio, mas acho que vou me adaptar rapidamente às condições de Roland Garros, já que jogamos lá há dois meses”, frisou Nole.

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Outro assunto que não poderia deixar de ser mencionado é a possibilidade encarar Rafael Nadal na segunda rodada, algo que também deixou o sérvio empolgado. “Com certeza será um espetáculo, como antigamente, quando jogávamos em mais ou menos todas as grandes quadras de tênis do mundo. Também estou animado com esse eventual confronto, mas tenho que superar o primeiro obstáculo e fazer o meu melhor para ir o mais longe possível”, ponderou.

O fim de uma era

Aproveitando o gancho sobre Nadal, Djokovic foi questionado sobre o fim da Era Big 4, já que Andy Murray anunciou que disputará nesta semana o último torneio de sua carreira, enquanto Nadal também não esconde de ninguém que está dando seus últimos passos profissionais. Em setembro, a aposentadoria de Roger Federer completará dois anos, fazendo com o que o sérvio seja o último remanescente do grupo no circuito.

“Espero que Andy tenha a melhor despedida possível em sua última partida oficial aqui nos Jogos Olímpicos, para ele e para seu país. Ele é uma lenda do nosso esporte, tem sido um jogador extremamente importante para o tênis mundial. Nadal, o mesmo, ainda mais com todos os resultados e conquistas que obteve, principalmente nesta cidade, em Roland Garros. Ele ainda não disse quando será seu último torneio, então espero que, para o bem do esporte, ele possa continuar”, comentou o dono de 24 títulos de Grand Slam.

“Estou ciente de que, com a retirada de Nadal e Murray após os Jogos, uma era termina. Acho que a minha carreira também está chegando ao fim, mas acredito que há e haverá tenistas capazes de assumirem o peso de serem os melhores. Não tenho a aposentadoria em mente, embora saiba que muitas pessoas adorariam que eu me aposentasse para que esta era pudesse acabar. Mas acredito que enquanto pelo menos um de nós permanecer, esta era continuará. Estive presente na mudança de muitas gerações nos últimos 15 anos. O fim está mais próximo do que o começo, mas ainda gosto da competição e continuarei até não gostar mais”, fez questão de enfatizar.

23 Comentários
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Nei Costa
Nei Costa
1 mês atrás

Djokovic tem uma chave durissima nesses jogos, mas o jogo é jogado e as chances são iguais para todos. Daqui a algumas semanas Nole será o recordista em top 1, top 2 e top 3
Mais um feito do fantástico sérvio.

Alírio
Alírio
1 mês atrás

Agora alguém sabe se a disputa dos jogos olímpicos vale ponto no ranking da ATP?

Gilvan
Gilvan
1 mês atrás

Ué, ele já está aposentando o Nadal? O Murray confirmou que vai se aposentar agora, mas o Nadal segue jogando.

Carlos
Carlos
1 mês atrás

Jogos esvaziados…com certeza é bom ter no currículo….mas nada comparável a um Slam

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
1 mês atrás
Responder para  Carlos

Como se atinge o GOLDEN SLAM sem vencer o OURO OLÍMPICO ? . Na dúvida pergunte a Rafa Nadal e Andy Murray… Abs !

Hendrix
Hendrix
1 mês atrás
Responder para  Carlos

O torneio olimpico e tao esvaziado que toda vez que o servio e eliminado sai de quadra chorando como uma crianca. Deve realmente ser pouco importante pra ele.

Paulo Almeida
Paulo Almeida
1 mês atrás
Responder para  Hendrix

Foi só em 2016 isso. É importante pra ele, mas vale menos do que Slam e Finals.

Ana
Ana
1 mês atrás
Responder para  Paulo Almeida

Mas se acontece dessa vez. Sendo que ele quer tanto e sabe que é a última oportunidade. Acho que dá uma choradinha no banheiro.

Paulo Almeida
Paulo Almeida
1 mês atrás
Responder para  Ana

Acho que não. Ele sabe que Alcaraz é mais jogador na atualidade e ficaria relativamente satisfeito com uma prata, que ele também não tem.

Luiz Fabriciano
Luiz Fabriciano
1 mês atrás
Responder para  Hendrix

Você está comparando o que ocorreu com UM tenista para rebater o opinião o outro, que, acertadamente, generalizou os jogos. Quantos tops já anunciaram desistência até agora?

Paulo Almeida
Paulo Almeida
1 mês atrás

Muita gente adoraria que ele se aposentasse logo, mas não para a era acabar e sim porque não aguentam mais sofrer com os títulos e recordes do GOAT dos esportes, kkkk.

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
1 mês atrás
Responder para  Paulo Almeida

Está mesmo sendo glorioso este FINAL. Jogou muito no AOPEN, Roland Garros e WIMBLEDON 2024 . Nos últimos 8 Torneios ZERO Títulos … rs . Abs!

Paulo Almeida
Paulo Almeida
1 mês atrás
Responder para  Sérgio Ribeiro

Só os anos de 2021 e 2023 foram bem superiores a tudo que o Federer fez depois dos 30 anos. ZERO título em cima do Djoko depois de Cincinnati 2015.

A conferir, rsrs, abs!

Atilio
Atilio
1 mês atrás

de que BIG 4 a reportagem está falando ? nunca houve um BIG 4, só a imprensa inglesa é que acreditava nisso, havia um BIG 3 e mais dois ou três jogadores que por vezes alcançavam resultados importantes, como Murray e Wawrinka. A distância deles para Federer, Nadal e Djokovic é gigantesca.

Gilvandro
Gilvandro
1 mês atrás
Responder para  Atilio

no auge do Murray até fazia sentido falar em Big 4, mas depois da lesão do escocês em 2017 essa expressão perdeu completamente o sentido, aí passou a ser só Big 3

Carlos Alberto Ribeiro da Silv
Carlos Alberto Ribeiro da Silv
1 mês atrás

Acredito que o Djokovic esteja muito consciente da sua situação e das condições de seus adversários. As declarações dele na coletiva de imprensa foram serenas e realistas. Embora ele não esteja no seu melhor nível neste ano de 2024, tem chances de conquistar a medalha de ouro. Não é o principal favorito pra isso mas terá suas chances. O fato dele ser o cabeça de chave nº 1 da competição não aconteceu por acaso, ele fez por merecer essa condição. Imagino que a sua condição física e técnica estará melhor do que em Wimbledon. Para quem diz que o Nole é sempre favorecido pelos sorteios, as chaves dos Jogos de París 2024 parece se apresentar como uma exceção. Mas a história mostra que muitos dos títulos importantes dele foram enfrentando e vencendo chaves difíceis. Quem afirma que Djoko é sempre favorecido pelos sorteios deve sempre lembrar, antes de abrir a boca, que ele tem sete títulos do ATP Finals onde se enfrenta os outros sete melhores jogadores da temporada. Na torcida pela medalha de ouro do Djoko salvo se ele enfrentar o Thiago Wild na final, porque o Thiago Monteiro está em rota de colisão com ele para as quartas de final.

Paulo Almeida
Paulo Almeida
1 mês atrás

A última chave de Cincinnati foi dificílima e a de Wimbledon 2023 também; da do Finals nem preciso falar, passando por Alcaraz e Sinner antes do título.

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
1 mês atrás

Cabeça 01 na ausência de JANNIK SINNER. Desde a Copa Davis 2023 onde foi eliminado pelo jovem Italiano, não venceu um único Torneio num total de 8 disputados . Abs !

Luiz Fabriciano
Luiz Fabriciano
1 mês atrás
Responder para  Sérgio Ribeiro

Eu já disco emperrado, mas como esse, minha nossa!
Essa é a famosa radiola, dos 70’s.

Paulo Almeida
Paulo Almeida
1 mês atrás
Responder para  Luiz Fabriciano

Realmente ele tomou gosto por essa contagem, como se fosse mudar o GOATismo do Djoko.

Arthur
Arthur
1 mês atrás

Tá doido pra ganhar esse ouro, desde 2008 tentando e nada, mas o tourinho assassino TB está. Vamo ver quem vai conquista-lo

Ana
Ana
1 mês atrás

Confiante? Nunca chegou com uma temporada tão ruim quanto essa.

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