Djokovic admite frustração com seu jogo, mas segue motivado

Foto: Antoine Couvercelle/FFT

Nova York (EUA) – Novak Djokovic precisou de tempo para encontrar o ritmo ideal, mas novamente avançou à terceira rodada do US Open, mantendo uma marca impressionante: jamais perdeu antes desta fase em suas 19 participações no torneio desde a estreia em 2005. Nesta quarta-feira, o sérvio derrotou o norte-americano Zachary Svajda, 16 anos mais jovem, com parciais de 6/7 (5-7), 6/3, 6/3 e 6/1, em um duelo que começou tenso e evoluiu para um domínio claro do tetracampeão.

Mesmo longe de sua melhor forma, Nole mostrou que é capaz de encontrar soluções dentro de quadra. “Não estou satisfeito com meu nível de tênis. Existem dias assim, em que você não joga no seu melhor, mas de alguma forma você encontra um caminho”, disse aos jornalistas em coletiva.

“Não é nem uma questão de motivação, mas estou um pouco frustrado com meu jogo. Passo por processos internos que vocês não querem saber nos mínimos detalhes do que estou vivendo e dizendo a mim mesmo. Eu tento apenas me concentrar e resolver os enigmas quando estou na quadra”, acrescentou, depois de ser questionado sobre o semblante menos alegre neste início de competição.

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Para o sérvio, a motivação vai além de títulos ou recordes. “Sempre há algo a provar quando você entra em quadra, que você ainda é capaz de ganhar uma partida de tênis”, afirmou, explicando que, apesar de todas as conquistas, cada jogo é um novo desafio. “Sou muito exigente comigo mesmo muitas vezes porque espero sempre jogar no mais alto nível, o que obviamente nem sempre é possível. Mas ainda tenho desejo de competir com os jovens. Caso contrário, eu não estaria aqui jogando”, enfatizou.

Mesmo nos dias mais difíceis, Djokovic mantém a determinação que o tornou um dos maiores do tênis. “Não é que eu não encontre alegria na competição. Eu gosto de competir, mas não gosto de não jogar bem. É por isso que coloco pressão extra em mim e na minha equipe para sermos melhores no próximo dia, na próxima partida”, concluiu.

Sérvio reencontra freguês na próxima fase

Classificado para a terceira rodada do US Open, Novak Djokovic conheceu algumas horas depois o seu próximo adversário na competição. Trata-se do britânico Cameron Norrie, que foi bastante exigido pelo argentino Francisco Comesana e precisou de longas 4 horas de partida para marcar as parciais de 7/6 (7-5), 6/3, 6/7 (0-7) e 7/6 (7-4).

Canhoto de 30 anos, Norrie só passou das oitavas de final de um Grand Slam em duas oportunidades, ambas em Wimbledon: foi semifinalista em 2022 e fez quartas em 2025. Em Nova York, seu melhor resultado aconteceu há três temporadas, quando chegou às oitavas.

Já no confronto direto contra Djokovic, o retrospecto do britânico é péssimo. São seis derrotas em seis jogos, duas delas em 2025, e apenas dois sets vencidos em 16 disputados. Será também o terceiro duelo entre eles em Slam, depois dos triunfos do sérvio na semifinal de Wimbledon em 2022 e nas oitavas de Roland Garros neste ano.

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Jonas
Jonas
1 mês atrás

Uma das coisas que admiro na carreira do Djokovic é essa exigência consigo mesmo e com sua equipe. É um cara que já venceu todo tipo de título de peso, é dono dos principais recordes do tênis, mas segue buscando ajustes. O sérvio é um perfeccionista.

Dito isso, Djokovic vai sofrer muito neste torneio. O chaveamento dele reserva dificuldades claras a partir das Oitavas de final e não sei se aguenta o tranco fisicamente. Djoko tem um caminho com Rune ou Tiafoe>Fritz ou Machac>Alcaraz nas SF. Chave duríssima.

Realist
Realist
1 mês atrás
Responder para  Jonas

Normal. Tenis é evolução infinita… sempre se tem algo a melhorar, e essa é uma graças desse esporte.

Luiz Fabriciano
Luiz Fabriciano
1 mês atrás
Responder para  Realist

Mas a questão é: o tênis sim, todos os tenistas? Nem tanto.
Kyrgios é o maior exemplo.
Talvez Medvedev seja o segundo.

samuel
samuel
1 mês atrás
Responder para  Jonas

todos freguezes

Anderson jr
Anderson jr
1 mês atrás

Nunca será… avantee. Paz

Carlos Alberto Ribeiro da Silv
Carlos Alberto Ribeiro da Silv
1 mês atrás

Parabéns ao Djokovic pela determinação em sempre buscar o seu melhor. Tem dois jogadores ainda vivos na chave masculina com idades próximas a dele, ambos nascidos em 1990, que são o Jan-Lennard Struff e o David Goffin. Mas estes jogam sem nenhuma pressão, o que vier pra eles é lucro. Que o Nole continue com essa determinação e força em sempre superar os seus limites, que assim terá chance de alcançar algum outro título importante e, com certeza, servirá de inspiração para muita gente.

VERA BARCELOS
VERA BARCELOS
1 mês atrás

Djokovic com certeza É sim perfeccionista. Não admite mais ou menos. Ou é ou não é, por isto É o que é. Idemo Nole!

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