Destaque em Paris, Boisson mira calendário forte sem perder a identidade

Foto: Pauline Ballet/FFT

Paris (França) – Maior surpresa nas quartas de final de Roland Garros, a francesa Lois Boisson vive uma mudança de patamar durante as duas últimas semanas em Paris. Convidada para o torneio, ela já acumula quatro vitórias, a mais recente sobre a número 3 do mundo, Jessica Pegula. A atual 361ª do ranking terá um grande salto na classificação da WTA e poderá disputar torneios mais fortes com maior frequência, mas garante que isso não a fará mudar sua identidade nem sua maneira de jogar, com variações, trazendo a rival à rede e aplicando belíssimos lobs.

“Não vou mudar nada. As coisas vão continuar do mesmo jeito. A única diferença é que meu ranking vai me permitir jogar torneios maiores e mais importantes. Isso é tudo que vai mudar”, afirmou Boisson, que deve alcançar sua melhor posição na carreira, por volta do número 120 do mundo, podendo subir ainda mais, dependendo de seus próximos resultados. Sua próxima rival é a russa Mirra Andreeva, número 6 do ranking. E se vencer, pode saltar para o 68º lugar.

Boisson vive um momento especial, que ganha ainda mais destaque após uma difícil recuperação física. No ano passado, ela havia vencido seu primeiro título WTA 125 em Saint-Malo e era cotada para receber um convite para Roland Garros, mas sofreu uma grave lesão de ligamento cruzado anterior no joelho que a afastou das quadras por quase nove meses. Agora, dá a volta por cima no maior palco do tênis francês, e faz isso sem abrir mão de sua essência.

Com apenas 22 anos, Boisson faz sua estreia em chaves principais de Grand Slam e já alcança um feito histórico, superando sua primeira adversária do top 20 logo no primeiro encontro com uma jogadora desse nível. “Eu não acreditaria se alguém me dissesse isso há duas semanas”, disse após a vitória por 3/6, 6/4 e 6/4 sobre Pegula. “Eu confio em mim mesma, mas, com certeza, se alguém falasse isso, eu diria que não era possível. Agora é real, e estou muito feliz com isso”.

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A francesa também comentou o nervosismo no fim da partida contra Pegula, especialmente no match-point. “Naquele momento, senti uma tensão enorme. E quando vi que minha direita foi vencedora, toda a pressão simplesmente se dissipou. Fiquei muito feliz por vencer e por poder jogar as quartas de final”.

Ela também ressaltou o valor simbólico de avançar em casa. “É absolutamente incrível estar nas quartas. Minha esperança é ver cada vez mais franceses nesse nível nos próximos anos. Estar nas quartas aqui representa muito, e como eu disse, espero ir ainda mais longe”.

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25 GS
25 GS
1 dia atrás

Tem potencial para chegar no top 10 se apresentar essas jogadas em outras quadras que não seja o saibro.

Afonso
Afonso
1 dia atrás

foi essa moça que uma jogadora disse que ela precisava de desodorante?

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