Davydenko defende pagamentos diferentes entre homens e mulheres

Foto: Z Konstantin/Wikimedia Commons

Moscou (Rússia) – Debate que sempre divide opiniões no circuito, a igualdade de pagamento entre homens e mulheres no circuito ganhou mais um capítulo. Ex-número 3 do mundo, o russo Nikolay Davydenko foi firme e defendeu que os valores distribuídos aos tenistas devem ser diferentes dependendo do gênero.

“Os tenistas (homens) trabalham três vezes mais que as mulheres, especialmente nos Grand Slam, por isso acho muito injusto que recebam o mesmo prêmio. Os homens têm que lutar muito mais para vencer um torneio importante”, afirmou o ex-tenista profissional russo, que hoje tem 43 anos.

“As mulheres não jogam partidas de cinco sets. Serena Williams venceu Grand Slams nos quais perdeu apenas 10 games durante todo o torneio. Ela venceu as partidas marcando parciais de 6/0, 6/1, 6/2 sem sequer suar ou se sentir estressada. Os homens perdem 10 games só no primeiro jogo, temos que lutar mais”, observou Davydenko.

Para ele, a diferença no número de sets deveria se refletir na premiação, uma vez que defende ser muito mais duro encarar partidas em melhor de cinco do que em melhor de três. “Às vezes você joga cinco sets na primeira rodada e acaba perdendo em seguida”, comentou o russo, defendendo a diferença no pagamento entre homens e mulheres.

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Sennaffogo
Sennaffogo
10 horas atrás

Concordo em parte com o que o Davydenko falou. Se estamos falando apenas de Grand Slams, eu estou 100% com ele, e já tivemos N exemplos de coisas que ele citou, especialmente “Às vezes você joga cinco sets na primeira rodada e acaba perdendo em seguida”. Este ano mesmo no US Open 2024, tivemos 10 jogos de 5 sets logo na primeira rodada, além de vários jogos de 4 sets, portanto, realmente acho que ele tem razão quando diz que os homens têm que lutar mais pelas vitórias nos Grand Slams. Em outros torneios, como Masters 1000, WTA 500 e 250, etc., aí creio que a premiação deve ser igual, pois a luta é a mesma para ambos os gêneros.

Realista
Realista
8 horas atrás
Responder para  Sennaffogo

Não é apenas sobre produtividade, o Fernando Prado sintetizou bem logo abaixo.
O valor de um prêmio, depende da arrecadação vinda do público e visibilidade fornecida para as marcas patrocinaram.
Como exemplo que não tem a ver como produtividade, podem colocar o mercado da moda. O maior modelo masculino teria que trabalhar muito mais para chegar a ganhar como uma Gisele Bundchen.

Sergio
Sergio
5 horas atrás
Responder para  Sennaffogo

Discordo. Se os homens têm de jogar 3,4 ou 5 sets nos Grand Slams é por uma razão óbvia. Os homens são, por natureza, mais fortes e resistentes do que as mulheres. Por isso, acho eu, não teria cabimento que as mulheres tivessem que fazer um esforço deste tamanho para ganhar os seus jogos. Logo, o esforço é proporcional a cada um de acordo com o seu gênero. E, se o esforço é proporcional disso resulta que cada um está fazendo o seu máximo. E se ambos (homens e mulheres) fazem o seu máximo, então ambos merecem o mesmo valor em premiação.

José Afonso
José Afonso
2 horas atrás
Responder para  Sergio

Sergio, no sistema econômico capitalista – que a maior parte do mundo adotou – ganha mais não quem se esforça mais, mas quem gera mais valor.

É por isso que um jogador de futebol ganha às vezes mil vezes mais que um professor ou que um atleta de outro esporte pouco assistido.

As mulheres devem ganhar menos, igual ou até mais que os homens, a depender do valor que geram em público presente, audiência de TV, patrocínios e demais questões afins.

Simples assim.

Oscar Riote
Oscar Riote
10 horas atrás

O título da uma ideia diferente do que ele pensa e faz parecer ruim uma coisa normal.
Ela não está defendendo valores diferentes ou superiores ao homem, mas iguais pelo tempo trabalhado.

Fernando S P
Fernando S P
9 horas atrás

Está errado o Davydenko. Os pagamentos deveriam ser determinados pela curva de demanda. O valor de algo, sem barreiras, é determinado pela popularidade e interesse do público (demanda) e pela disponibilidade de recursos ou talentos (oferta). No caso dos esportes, os prêmios e contratos muitas vezes refletem o tamanho da audiência, os patrocinadores e a atratividade do evento, mais do que simplesmente o esforço ou o tempo de jogo.

Seria necessário um estudo mais aprofundado, mas muitas pessoas não estão abertas a um debate mais científico. Muitas vezes as opiniões são influenciadas por preconceitos ou percepções superficiais.

Nando Parrado
Nando Parrado
5 horas atrás
Responder para  Fernando S P

Eu me lembro de uma série chamada Las Pelotaris 1926, onde os caras só pagavam ingresso pra ver as mulheres de saia jogando, e uma das jogadoras estavam puta da vida, pois ela achava injusto receber o mesmo que os homens, quando na verdade quem pagava o ingresso pagava apenas para vê-las.
Pois é, é a mesma coisa do tênis, só que para os homens. Os homens atraem mais a audiência, e isso é fato, não precisa de pesquisa. Me lembro uma vez que em uma temporada o jogo mais assistido foi a final do feminino entre Serena e mais alguém, porém o top 100 todo resto era só jogos dos homens.
Não tem lógica a premiação ser igual, é quase como os homens trabalhando para as mulheres.

Eduardo Pinho
Eduardo Pinho
5 horas atrás
Responder para  Fernando S P

Exato. É o que sempre digo. Pra não haver briga, tem que vender ingressos separados para os torneios masculino e feminino e a premiação deve ser exatamente igual, só que em % da arrecadação.

Maurizio Ruzzi
Maurizio Ruzzi
3 horas atrás
Responder para  Fernando S P

Exato. Nesse caso o que domina é a demanda, afinal são apenas dois produtos, o tênis masculino e o tênis feminino. Esses dados já são bem conhecidos, a audiência do tênis masculino é consideravelmente maior, os jogadores atraem mais público e mais patrocinadores. Uma experiência interessante é analisar o número de views no YouTube de vídeos de tênis masculino e feminino.

Quando há eventos separados (como a série masters da ATP e o equivalente da WTA), os eventos WTA simplesmente não geram nem perto da receita necessária para pagar prêmios equivalentes aos da ATP.

Apenas nos majors, onde tanto tickets como direitos de transmissão são vendidos em conjunto, que essa conversa é possível. É uma péssima ideia, porque força uma igualdade artificial que apenas gera ressentimento. Os jogadores do masculino sabem que geram mais receita, sabem que estão perdendo remuneração. E aqui não estamos falando de coitados e coitadas, em geral atletas que disputam torneios do grand slam são muito bem remunerados.

A única igualdade que interessa é no investimento de esportes de base, garantindo que meninos e meninas tenham as mesmas oportunidades no esporte. Arbitrar pagamento igual para atletas que em geral recebem de acordo com o interesse que despertam é completamente absurdo.

Rafael Stuart
Rafael Stuart
9 horas atrás

Errado não está.

Realista
Realista
9 horas atrás

Numa sociedade moderna e justa, precisamos visar a igualdade.
No momento os homens recebem menos que as mulheres nos slams, justificado tanto na maior produtividade quanto retorno financeiro. Os tenistas homens receberem mais é igualar o que está desigual atualmente, não é se colocar como superior.

José Afonso
José Afonso
8 horas atrás

A questão nem é essa. No sistema econômico capitalista – que a maior parte do mundo adotou – ganha mais não quem se esforça mais, mas quem gera mais valor.

É por isso que um jogador de futebol ganha às vezes mil vezes mais que um professor ou que um atleta de outro esporte pouco assistido.

As mulheres devem ganhar menos, igual ou até mais que os homens, a depender do valor que geram em público presente, audiência de TV, patrocínios e demais questões afins.

Simples assim. Qualquer coisa diferente disso é uma espécie de comunismo no esporte.

Anderson Barbosa Paim
Anderson Barbosa Paim
7 horas atrás

Concordo plenamente

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