O tênis italiano coloca mais um nome no top 100 nesta segunda-feira com o título de Luciano Darderi, 21 anos, em Córdoba. Para explicar como a Itália deu a volta por cima e, no curtíssimo prazo de 20 anos, transformou completamente o quadro do tênis masculino, o Podcast de TenisBrasil desta semana de Carnaval convidou César Kist, que é hoje o responsável pelos programas de desenvolvimento do tênis na América do Sul perante a Federação Internacional.
Kist conta ao editor José Nilton Dalcim como a Itália enxergou a importância do trabalho de base, criou uma centena de centros regionais e outros quatro centros de excelência, além de trazer mudanças inteligentes no sistema de treinamento. “Eles enxergaram que a formação dos golpes do tenista precisa acontecer até os 12 anos”, conta Kist, destacando também o envolvimento das escolas com os esportes de raquete.
Escolha seu agregador de podcasts e ouça agora:
Não tirando o mérito da federação italiana, mas não sei se o Darderi eh o melhor exemplo. Ele nasceu, mora e treina na Argentina.
Mas a ARGENTINA também firma grandes tenistas…
Ele foi com a família para a ITÁLIA e treinou tênis lá também…
Você escreve como se a Argentina junto com os EUA, não fossem os maiores celeiros de tenistas talentosos das AMÉRICAS…
Na verdade estou exaltando a Argentina :)
Sou muito fã da escola Argentina de tênis!
Bons exemplos a serem seguidos
Muitos torneios ITF e Challenger fazem que um grande número de jogadores sejam ajudados com convites, os que prevalecem são lapidados e adquirem uma comissão Técnica para acompanhá-los.
Ainda a maioria dos torneios são na Europa, o que facilita.
A Itália sempre foi um grande centro de formações de tenistas, sempre ali no top 10, 15 de países com mais tenistas entre os 1000 e 1500 melhores do mundo. Outro fator que contribui bastante pra esse sucesso italiano hoje em dia é a quantidade de torneios futures e challengers em território itálico e isso possibilitou aos italianos viajarem para torneios fora, principalmente dentro da Europa e norte da Àfrica, onde acontecem torneios praticamente toda a semana. Com isso, a Itália hoje é a 3a nação com mais tenistas entre os 1000 do mundo com 81 tenistas nessa faixa de ranking, e 121 entre os 1500 sendo o segundo nessa faixa. Hoje rivaliza com EUA, França, Argentina, Alemanha e Espanha como maiores formadores de tenistas no mundo. O Brasil, apesar das dificuldades e circunstâncias históricas e muitas permanecem atualmente, não faz feio não se comparado aos países com maior tradição de formadores de tenistas no mundo. Estamos sempre ali entre os 10, 15. Hoje temos 28 tenistas entre os 1000, mas já tivemos 46 em 2011.
Luciano Darderi é 100% argentino