Márcio Arruda
De Paris, especial para TenisBrasil
Último brasileiro restante na chave de duplas masculinas em Roland Garros, Orlando Luz faz seu melhor resultado em Grand Slam. Ele está nas quartas de final, ao lado do croata Ivan Dodig. A parceria já conseguiu três vitórias de virada no torneio e volta à quadra nesta quarta-feira, por volta das 7h30 (de Brasília) para enfrentar o espanhol Marcel Granollers e o argentino Horacio Zeballos, cabeças de chave 5 em Paris.
O gaúcho conversou com TenisBrasil após a classificação para as quartas e destacou a experiência de seu parceiro. Dodig, de 40 anos, tem dois títulos de Roland Garros, em 2015 com o mineiro Marcelo Melo e em 2023 ao lado do norte-americano Austin Krajicek.
“Quando soube que poderia jogar com ele, fiquei muito feliz e estou tentando absorver cada palavra que ele tem para falar. A experiência conta nos momentos decisivos, que a gente não consegue ver tão claros. E ele como já viveu e já passou, acaba me deixando mais tranquilo para jogar”, disse Orlando Luz. “Já estou aqui no meio dos jogadores, do Bopanna, do Melo… São caras que já fizeram muito pelo tênis e estão com o mesmo gás”.
“Sou um cara que joga mais como um simplista na dupla, fico do fundo de quadra. E com a experiência que ele tem, é muito difícil as coisas não darem certo se a gente se impor no jogo. Se a gente ficar esperando, os outros fazem a primeira bola. Acredito que a experiência junto com o físico tem dado certo”, explica o jogador de 27 anos.
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Luz e Dodig estrearam vencendo os franceses Geoffrey Blancaneaux e Valentin Royer. Depois, passaram pelos alemães Kevin Krawietz e Tim Puetz, cabeças 3 do torneio. E nas oitavas, venceram outro brasileiro, Fernando Romboli e seu parceiro australiano John-Patrick Smith. “Falei para o Ivan que a gente tem que começar a ganhar o primeiro set (risos). Mas estou feliz que as coisas estão dando certo. Quando acontece, nos próximos jogos, a gente já está com uma bagagem diferente, sabendo que dá para virar”.
Vitória sobre Romboli e Smith nas oitavas
Na vitória sobre Romboli e Smith por 4/6, 7/6 (7-5) e 6/4, os adversários chegaram a sacar para o jogo no segundo set. “O quase pode mudar a semana… Muito feliz por ter caído para o nosso lado. O Romboli vem fazendo grandes resultados. Ele e o Smith estavam sacando muito bem e era muito difícil de devolver e a gente não conseguia jogar os games”.
“Eles tiveram uma baixada de nível no 5/4, acredito que o Smith sentiu um pouco o momento de fechar e não colocou tantos primeiros saques. Foi quando a gente conseguiu realmente tocar na bola, o que não vinha acontecendo. E daí para frente, vimos o caminho abrindo e conseguimos mudar a tática, dando os lobs e não deixando tão fácil os games para eles”, comentou o gaúcho.
“A energia e a positividade desde o começo, mesmo quando as coisas não estavam indo tão bem, foi essencial. O tempo todo, passava pela minha cabeça: ‘estou jogando Roland Garros, é onde eu queria estar, é meu sonho se realizando’ e eu não iria deixar alguém levar uma vitória para cima de mim sem que eu lutasse até o último ponto e deu certo”, acrescentou o atual 64º do ranking.
“O tênis, e principalmente a dupla, é feito de momentos. Eles estavam melhor até o 5/4. Depois dali, a gente soube virar o momento quando eles perderam o saque. Antes não tinha como jogar no saque dele. E no terceiro set foi só uma quebra, no 4/3, acho que eles tiveram uma quatro ou cinco vantagens. Oitavas de Roland Garros ninguém quer perder, vai ter momentos que você está um pouco acima, vai ter momentos que vai sentir a pressão. É a primeira vez jogando em um estádio tão grande, é diferente, a dimensaão da quadra e as pessoas… Muito feliz que a gente soube administrar e aproveitar a chance que a gente teve”.
que charme ele ficou nessa foto de Rayban. nosso Big Orlando. um gatinho. muita sorte amanhã as 7:30, todos ligadinhos e torcendo por ele e pelo Dodig.
O Dodig tá como uma cara que deu 5 tentativas e nenhum resultado, o cara tá acabado.