Gauff revela admiração por Keys, sua próxima adversária em Paris

Foto: Jimmie48/WTA

Paris (França) – Após vencer a russa Ekaterina Alexandrova pela quarta rodada em sets diretos, Coco Gauff comentou sua relação com as demais tenistas norte-americanas do circuito e analisou mais uma boa campanha sua em Roland Garros. A jovem de apenas 21 anos atinge as quartas de final pela quinta vez em Paris e disse que a sensação segue a mesma, mas se sente mais calma.

“Acho que são bem parecidas. Eu me sinto menos nervosa nas partidas e conheço as oscilações de um jogo de tênis. Ainda sinto que evoluo com cada partida. Se eu acertar esses pequenos detalhes, acredito que possa me sair ainda melhor do que no ano passado”, afirmou.

Satisfeita com o triunfo de parciais 6/0 e 7/5, a norte-americana analisou as condições inconstantes de tempo e acredita que a preparação é diferente para cada dia. “Parecem torneios diferentes, a depender do clima. Mas jogar essa competição com essas condições já é algo esperado”, analisou a norte-americana.

“No primeiro dia em que joguei aqui, acho que foi o pior que eu me senti durante a temporada de saibro. Estava muito frio e ventava, a bola estava desgovernada. Ao passar da semana, os dias têm sido mais quentes e hoje esteve mais frio. Quanto mais se joga aqui, mais você consegue comparar situações adversas com experiências passadas’, comentou.

A norte-americana detalhou seu grande momento nos últimos meses e ressaltou a consistência que tem demonstrado: “Aprendi nos últimos dois torneios, em Madrid e Roma, que é muito importante lutar por cada ponto e acreditar em si mesma até o final. Então, se quero manter minha consistência no circuito, preciso continuar fazendo isso”.

Perguntada sobre o desempenho de suas compatriotas no Slam francês, Gauff aproveitou para elogiá-las e compartilhar momentos importantes que viveu com algumas delas, revelando que seus pais são amigos dos pais de Hailey Baptiste e relembrou ocasiões em que disputou duplas com a amiga de Washington, quando eram ainda juvenis. “É ótimo ver ela se saindo bem. Sinto que ela está em seu melhor nível e continuará a se superar”, declarou.

A atual número 2 do mundo também demonstrou admiração por Madison Keys, sua adversária nas quartas de final, e mencionou momentos em que esteve próxima dela como fã. “Eu estava perseguindo ela no Masters 1000, em Miami, como uma juvenil. Não sei se ela se lembra disso”, contou. Amanhã, Gauff deixa a idolatria de lado e ambas disputam uma vaga nas semifinais.

Em menção a Frances Tiafoe, que também chegou às quartas de final, a norte-americana relembrou o episódio recente, na rodada inaugural de Roland Garros, em que entrou na quadra sem raquetes, pois as havia esquecido no vestiário, assim como fez o compatriota. “Tive que aceitar a brincadeira. Entendi que não tinha nada a dizer, pois havia brincado muito quando ele esqueceu suas raquetes e então, menos de seis meses depois, eu fiz a mesma coisa em um palco ainda maior. Mas aprendi minha lição e espero que não aconteça novamente”.

Em seguida, Gauff explicou a declaração de Tiafoe, que havia dito que ela era a “Pequena Miss Madura”. “Não vou desmentir isso. A maioria das pessoas diz que sou madura. Eu definitivamente me sinto mais madura do que alguns dos meus amigos. Eu me orgulho de ser um bom exemplo, provavelmente porque tenho dois irmãos caçulas. Acho que jogar tênis força algumas pessoas a amadurecerem mais rápido, mas não ele”, brincou.

Sobre o encontro com Venus Williams e Sloane Stephens

Na última sexta-feira, Coco Gauff dividiu um estúdio de TV com Venus Williams e Sloane Stephens. A jovem compartilhou sua admiração pelas grandes personalidades e mencionou um episódio marcante de sua infância.

“Foi surreal. Admiro Venus e Sloane há muito tempo. Lembro de jogar contra Sloane quando tinha 8 anos. Ela apareceu em uma festa de aniversário e me senti a menina mais incrível por ela ter vindo. É muito legal estar ao lado das duas. Fiquei muito honrada pelo entusiasmo que demonstraram em estar comigo. E é claro que eu estava ainda mais empolgada”, relatou.

Mensagem para João Fonseca

Assim como Zverev, Gauff comentou a ascensão do carioca João Fonseca e deu ênfase à importância da experiência para um atleta talentoso como o brasileiro. “Estou muito empolgada para ver como ele estará daqui a alguns anos”, comentou.

“Sinto que é sobre experiência. Por mais que você se sinta melhor do que os jogadores de alto nível, a diferença é que eles sabem o que fazer em momentos difíceis. É claro que ele é muito talentoso e está indo muito bem. O tênis masculino exige uma condição física diferente e, com apenas 18 anos, ele está chegando à terceira rodada em Grand Slam”, enalteceu.

 

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