Nova York (EUA) – Jogadores e fãs sofreram com o calor escaldante de 35 graus no meio da tarde desta quarta-feira no US Open. A orientação era para se refrescar e se abrigar do calor.
O russo Andrey Rublev, a adolescente americana Iva Jovic e Victoria Azarenka pediram atendimento médico na quadra. Rublev, que precisou de cinco sets e mais de quatro horas para derrotar Arthur Rinderknech, disse que havia bebido tanta água que sentiu que tinha “um bebê” em seu estômago.
A ucraniana Marta Kostyuk derrotou a britânica Harriet Dart e passou os intervalos com toalha de gelo em volta do pescoço, bolsa de gelo na cabeça e duas toalhas molhadas sob as pernas. Kostyuk até enviou toalhas de gelo para sua equipe técnica, na lateral da quadra.
“Estou suando loucamente. Hoje foi uma loucura”, disse Frances Tiafoe, que viu seu adversário abandonar o jogo no terceiro set do confronto da segunda rodada. Tiafoe usou e descartou cinco camisas durante o jogo no Estádio Arthur Ashe e deixou a quadra carregando os tênis na mão, que estavam encharcados.
O alemão Alexander Zverev, o número 4 do mundo, venceu em dois sets Alexandre Muller, da França, mas mesmo assim sentiu os efeitos do calor e da umidade da tarde. “Eu estava muito, muito suado. A quadra inteira estava inundada por mim, mas me senti bem fisicamente”, disse o vice-campeão de 2020.
Zverev disse que desenvolveu sua própria rotina para combater o calor sufocante. “Procuro me acostumar com as condições antes da partida. Tento ficar ao ar livre o máximo que posso”, explicou. “Tento não ficar no ar condicionado, tento não ficar em salas que são muito mais frias do que as condições de jogo. Passo todo o meu tempo ao ar livre.”
Regra do calor extremo
Durante o dia, os tetos dos estádios Arthur Ashe e Louis Armstrong estavam parcialmente fechados. Os oficiais também invocaram a regra do calor extremo, que permite que os jogadores façam uma pausa de 10 minutos para recarregar as energias. Para os homens, a regra entrou em vigor entre o terceiro e o quarto sets; para as mulheres, entre o segundo e o terceiro.
Isso valeu pouco para Tomas Etcheverry, que vomitou na quadra durante sua vitória em cinco sets e quatro horas contra o compatriota argentino Francisco Cerúndolo. “A temperatura era de 38 graus e a isso temos que adicionar mais quatro graus dentro da quadra”, disse Etcheverry.
“Você tinha que se hidratar bem, tentar tomar o máximo de sais e hidratos possível e eu exagerei, por isso acabei vomitando. É perigoso não só para os jogadores, mas também para o público.”
Azarenka teve de medir a pressão arterial durante a partida em que venceu Clara Burel, apesar de jogar na sessão noturna no Estádio Louis Armstrong. A ex-número 1 do mundo chegou a chorar antes de dar a entrevista em quadra, usando óculos escuros devido a enxaqueca e fotofobia. “Eu sei que parece estranho e constrangedor usar óculos escuros, mas eu tenho uma enxaqueca crônica e é muito difícil de lidar”, disse ela.
À medida que as temperaturas caíam na última parte da noite, os raios surgiram como uma nova ameaça e o confronto entre Casper Ruud e Gael Monfils na Grandstand, descoberta, foi suspenso por razões de segurança.
Para alívio geral, a previsão para esta quinta-feira é de que a temperatura máxima não passe dos 25°C e na sexta, deve cair mais ainda, com máxima de 23.
Enquanto isso, alguns jogadores só jogando na rodada noturna, fugindo do calor e da maior velocidade da quadra.
Rodada noturna tava 30 graus kkkkkk úmido
Porque tanta inveja, cara?
Vomitar na quadra e fogo….
Vomitar é sempre horrivel
É desumano jogarem nessas condições.
aqui onde moro, 35 ºC é um dia normal
là também é normal no verão
Joga tênis por 5 horas em altíssimo nível pra gente ver como voce se sai
Boa
Ja fui no Tokyo Dome num Congresso do Billy Grahm na década de 1990. Era um estádio de beisebol com ar condicionado! E funcionava como se estivesse numa sala qualquer. Fica a dica.