Boisson reconhece superioridade de Gauff e se emociona com a torcida

Foto: Corinne Dubreuil/FFT

Paris (França) – A impressionante campanha de Lois Boisson em Roland Garros chegou ao fim nesta quinta-feira. Em sua primeira participação na chave principal de um Grand Slam, a francesa de 22 anos e 361ª do ranking entrou como convidada e acumulou cinco vitórias até parar na semifinal diante da número 2 do mundo, Coco Gauff, que venceu com autoridade por 6/1 e 6/2 na quadra Philippe Chatrier.

“É claro que é ótimo estar na semifinal, mas estou um pouco decepcionada com o resultado de hoje”, disse Boisson na coletiva de imprensa após a partida. “Mas ela jogou muito bem. Foi simplesmente boa demais para mim hoje e é isso”.

A francesa destacou a intensidade e a consistência de Gauff como diferenciais que a impediram de desenvolver seu próprio estilo em quadra. “Ela jogou muito bem. Não sei nem como dizer, mas ela atacava pela direita, pela esquerda, pela direita de novo. Eu só sentia que estava correndo para todos os lados na quadra hoje, foi difícil”, reconheceu. “Ela foi muito sólida e eu não consegui impor meu jogo porque ela simplesmente estava em outro nível”.

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Apesar da derrota, Boisson fez história como a primeira francesa a chegar à semifinal de simples em Roland Garros desde Marion Bartoli, em 2011. Ao longo da campanha, venceu nomes expressivos como Jessica Pegula e Mirra Andreeva, ambas do top 10, e foi impulsionada pelo apoio da torcida local em todos os momentos. “O público realmente apoia os jogadores franceses”, destacou. “Joguei três vezes na Chatrier e nunca havia vivido uma atmosfera assim. Foi incrível. Eles nos impulsionam quando as coisas ficam difíceis em quadra. Quando o público está presente, isso faz a diferença”.

Próximos passos e calendário mais forte

Recuperada de uma grave lesão no ligamento cruzado anterior do joelho, que a afastou de Roland Garros no ano passado, Boisson agora se projeta para um novo momento na carreira. Com os pontos conquistados, garantiu um salto no ranking e aparecerá no mínimo na 68ª posição na próxima segunda-feira. Isso permite que ela dispute torneios mais fortes com maior frequência.

“Não pensei muito no que vem a seguir, porque acabei de sair da quadra”, comentou. “Mas é claro que a programação vai mudar. Não será mais o que estava planejado no início, considerando o ranking que terei. Por enquanto, não pretendo fazer mudanças drásticas, porque acho que se cheguei até aqui, é porque as coisas estavam funcionando bem. Não vejo razão para alterar muita coisa”.

Mesmo com o gosto amargo da eliminação, a francesa mostrou maturidade e perspectiva ao olhar para o futuro. “Não vai levar muito tempo, porque assim é o tênis. A gente precisa seguir em frente semana após semana. Então é melhor não demorar demais para digerir uma derrota”, explicou. “Mas nunca vivi uma semana tão intensa, física e emocionalmente. Por isso, é importante tirar um tempo para me recuperar. Não só pela derrota, mas por tudo o que vivi nessas duas semanas”.

 

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