PLACAR

Bia define planos para temporada ainda mais longa

Foto: Luiz Cândido/CBT

por Mário Sérgio Cruz, de Brasília

Depois de disputar seus dois últimos jogos da temporada na Billie Jean King Cup, Beatriz Haddad Maia já traça planos para o ano que vem. A atual número 1 do Brasil e 11ª do mundo terá uma semana para se desconectar do tênis. E logo depois, já inicia a preparação física e os cuidados com o corpo, antes de retomar a rotina de treinos em quadra. A temporada de 2024 será ainda mais longa, não só pelos Jogos Olímpicos de Paris, mas também por conta da reestruturação do calendário da WTA. A partir do ano que vem serão dez torneios WTA 1000, um a mais que em 2023, e cinco desses eventos terão duas semanas de duração.

“A nossa pré-temporada e descanso acabam sendo enxutos, porque a gente termina o ano agora em novembro, mas já viaja para a Austrália no dia 23 ou 24 de dezembro. Então eu vou ter uma semana de férias, onde vou conseguir desfrutar. E na segunda semana já vou retomar os preventivos e a preparação física e começar a cuidar do corpo para me preparar para o próximo ano”, disse Bia Haddad Maia a TenisBrasil durante coletiva de imprensa em Brasília. Ela venceu seus dois jogos no fim de semana e ajudou o Brasil a superar a Coreia do Sul por 4 a 0, avançando ao Qualificatório Mundial da Billie Jean King Cup do ano que vem.

“Em relação à temporada de 2024, sei que vai ser um pouco mais longa, porque é ano olímpico e os WTA 1000 vão durar duas semanas, então é bastante tempo fora de casa, são muitas semanas. O maior desafio é jogar o ano todo saudável, gostaria de me consolidar no top 10. Esse é meu primeiro objetivo. E a partir daí, brigar por coisas maiores. E jogar as Olimpíadas faz parte desse objetivo”, acrescentou a jogadora de 27 anos, que deverá disputar os Jogos Olímpicos pela primeira vez em sua carreira profissional. As competições do tênis em Paris serão de 27 de julho a 4 de agosto.

“O ano olímpico é especial para todos os brasileiros, independente da modalidade. Em relação à preparação é igual, independente do torneio que eu entro da mesma forma e encaro com a mesma mentalidade. Mas me sinto motivada e isso me dá bastante força para caprichar nessa pré-temporada e cuidar do corpo”.

‘Poderia ter jogado melhor nos WTA 1000’, avalia a tenista
Falando especificamente dos WTA 1000, os torneios de Doha e Dubai em fevereiro passam a ter o mesmo peso e ambos terão uma semana de duração cada um, assim como nos torneio de Toronto e Cincinnati em agosto. Já Indian Wells e Miami em março, Madri e Roma em maio, além de Pequim em outubro terão duas semanas. A WTA ainda irá informar ao longo do ano a localização do último torneio deste porte na temporada. Nos dois últimos anos, o destino escolhido foi Guadalajara, no México.

Bia terminou o ano a 25 pontos de voltar ao top 10, posição que ocupou em junho após a semi de Roland Garros, e reconhece que poderia ter ido mais longe nesses torneios. Sua melhor campanha foi em Roma, onde chegou às quartas.

“Aprendi muito com as derrotas que eu tive, especialmente nos torneios 1000. Acredito que poderia ter performado melhor naquelas semanas, mas elas me deixaram mais preparadas para essas semanas que eu tive sucesso. E acho que as duplas também me ajudaram a seguir competitiva durante os torneios”, comenta a tenista, que foi campeã em Madri com Victoria Azarenka e vice em Indian Wells ao lado de Laura Siegemund nas duplas.

“Resiliência é a palavra. Como em toda a temporada, a gente passa por altos e baixos e eu sei que a gente vive num mundo muito imediatista e quer sempre os resultados logo, mas temos que continuar focando no trabalho e no processo. Não tem fórmula mágica. Eu consegui ter um ano vitorioso pela paciência e pelo trabalho que a gente vem fazendo”.

Férias, descanso e talento musical


E como será a programação de Bia nas férias? É o momento de descansar, rever a família e até mesmo exercitar seus talentos artísticos. “Vou buscar ir para a praia, relaxar, estar com meus avós e minhas primas. Tocar música, se eu estiver com algum instrumento no momento. Acho que é um momento de poder relaxar e me desconectar um pouco. O descanso também faz parte do treino”.

“Habilidade para tocar, eu não tenho nenhuma (risos)! Tudo o que eu tenho é vontade de melhorar, meu talento musical é péssimo e minha voz é pior ainda! Mas eu tento e me esforço para tocar violão. E minha maior paixão é piano, mas confesso que nos últimos dias foi um pouco frustrante, porque eu toco muito pouco e é difícil desenvolver a técnica. É um sonho que eu tenho, depois que eu parar de jogar tênis, poder melhorar meu lado artístico”.

PUBLICIDADE

VÍDEOS

Wimbledon seleciona os melhores backhands de 1 mão

Os históricos duelos entre Serena e Venus em Wimbledon

PUBLICIDADE