Após AO, Wozniacki só voltará ao circuito em março

Foto: Darren Carroll/USTA

Melbourne (Austrália) – De volta ao circuito profissional desde agosto do ano passado após mais de três anos de aposentadoria, a dinamarquesa Caroline Wozniacki tem adotado um calendário mais enxuto nesta nova fase da carreira. Nos últimos cinco meses, ela participou de apenas quatro torneios, disputando ao todo oito partidas e vencendo metade.

Neste ano, ela jogou somente uma vez, caindo na estreia do WTA 250 de Auckland para a ucraniana Elina Svitolina, naquela que foi sua única aparição oficial antes do Australian Open. E engana-se quem pensa que a ex-número 1 do mundo mudará o ritmo após o primeiro Grand Slam da temporada, já que ela deverá pular os torneios do Oriente Médio em fevereiro e retornar às competições somente em março para a disputa dos WTA 1000 de Indian Wells e Miami, conforme revelou o pai da tenista, Piotr Wozniacki, à imprensa dinamarquesa.

“É claro que podemos discutir se isso é bom ou ruim. Mas Caroline decidiu não jogar tantos torneios este ano. Acho que é a decisão certa. Ela também é uma jogadora diferente agora porque tem filhos e uma família. Ela sabe o que tem que fazer este ano e estabeleceu metas muito específicas, como jogar todos os Grand Slam e a Olimpíada”, afirmou ao site Esktra Bladet.

A decisão da tenista, no entanto, contrasta com um dos seus principais objetivos, já que ela precisa somar pontos suficientes no ranking para alcançar a zona de classificação para os Jogos de Paris. Atualmente na 252ª posição, ela teria que obter ótimas campanhas até Wimbledon para recuperar terreno ou então contar com um convite da organização por ser uma campeã de Grand Slam.

Vale lembrar que as chaves olímpicas de simples terão apenas 64 jogadores cada, sendo que 56 se classificam diretamente pelo ranking, respeitando a cota máxima de quatro atletas por país. Outras seis vagas estão reservadas para os finalistas dos Jogos Pan-Americanos, Asiáticos e Africanos e apenas duas ficam disponíveis para possíveis convites.

“Ela quer jogar as Olimpíadas e espero que ela seja permitida com todas as regras que estão em vigor. Esperamos que todos os blocos de Lego estejam no lugar certo para que ela possa conquistar a tão sonhada medalha para o seu país e para si mesma. Esse é o objetivo mais importante”, enfatizou Piotr.

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